quarta-feira, fevereiro 22, 2012
CLAUDIO HUMBERTO
"O que é que vocês vão fazer com esse problema político?"
Patrícia Schulz, perita suíça, sobre as 200 mil mulheres que morrem fazendo aborto
Demora em designar relator pode ser esperteza
O presidente da Câmara, Marco Maia, tem sido alvo de críticas de deputados e técnicos da Casa pela demora em designar relatores para as medidas provisórias. As propostas são entregues ao relator às vésperas de caducarem, favorecendo os "contrabandos" de emendas que nada têm com a matéria original. Com o prazo quase estourado, medidas acabam sendo aprovadas às pressas, com penduricalhos.
Perigo
Em uma MP sobre produção de café, Eduardo Cunha (PMDB) incluiu facilidades para contratação de obras da Copa e do pré-sal.
Faca
Para emplacar a cunha do deputado Eduardo, a bancada dos espertos ameaçou atrapalhar a votação da MP. Sem saída, o governo cedeu.
Empacada
Proposta do senador Aécio Neves (PSDB-MG) proíbe o contrabando em medidas provisórias. Continua empacada na Câmara, claro.
Oportunidades
Pelo menos cinco medidas provisórias aguardam a designação de relator na Câmara. Sem qualquer perspectiva. Exceto de mais jabutis.
Blocão
Após perder o direito à presidência de comissões permanentes, o PSD agora articula para formar um blocão na Câmara. Além de acertar com PSB e PTB, o partido do prefeito paulistano Gilberto Kassab pretende estender a parceria a outras siglas para aumentar o poder de fogo. A formação do bloco muda a correlação de forças e põe em risco acordo entre PT e PMDB para a sucessão na presidência da Casa em 2013.
Cabo de guerra
Receoso de entregar ao PMDB o comando da Câmara e do Senado, o PT faz vista grossa à criação do blocão. Quer ver o circo pegar fogo.
Em campanha
Candidatíssimo a presidente da Câmara, o líder do PMDB Henrique Alves saiu em defesa do PSD na briga pelo comando de comissões.
Retomada
O ministro Valmir Campelo, que estará aposentado no Tribunal de Contas da União, é forte candidato ao governo do DF em 2014.
Puxadores
Depois da bajulação a Lula, a Gaviões da Fiel já pode pensar no próximo samba-enredo para d. Marisa, que, cantando, representou o marido no desfile: "Quem com botox te vê não te reconhece jamais."
Tobogã
Está pronto o tobogã para o ministro Guido Mantega (Fazenda) deslizar para fora do governo. Em março, ele vai ao Congresso depor sobre o escândalo da Casa da Moeda. Se até lá Dilma não se livrar dele.
Cão de guarda
O presidente porralouca do Equador, Rafael Correa, convocou o povo a defender, dia 8, a "revolução cidadã" contra os protestos da oposição, após arrancar US$40 milhões em multas de jornal que o criticou.
Dança
Pela primeira vez na história da Alemanha, um chefe de Estado, no caso Dilma, visitará o país sem presidente, terça (6), após a renúncia de Christian Wulff. Não existe vice, e a escolha será no domingo (18).
Chapéu
Ex-prefeito de Ariquemes (RO), o ex-deputado Ernandes Amorim deu cano de R$ 1,1 mil na Câmara dos Deputados. Saiu do apê funcional gratuito devendo telefone, luz e gás. Tem 90 dias para pagar.
Sem barganha
O PSOL batalha no Tribunal Regional Eleitoral para conseguir direito a programa partidário nas rádios e TVs de São Paulo. Sem tempo televisivo, o partido perde poder de barganha nas eleições municipais.
Contra-ataque
Diante da movimentação dos ruralistas para fazer mudanças no projeto do Código Florestal, a Frente Parlamentar Ambientalista se reunirá na quarta (29) com movimentos sociais. Discutirão novas estratégias.
Incomunicável
O secretário de Comunicação do PT, o deputado André Vargas, jogou a toalha, alertado por petista sobre seus erros grosseiros no Twitter: "Realmente cometo alguns assassinatos ao (sic) Rui (sic) Barbosa."
PODER SEM PUDOR
Parente e parceiro
O deputado Manuel Gilberto fazia oposição sem tréguas ao governador Moura Cavalcanti ("no Nordeste, quem não é Cavalcanti é cavalgado", dizia), em Pernambuco, e sempre dava um jeito de mostrar intimidade com a obra de Eça de Queiroz. Certa vez, ao responder a aparte do colega Maviel Cavalcanti, primo do governador, ele ironizou:
- Vossa Excelência tem mesmo que defender esse governo, porque, tal qual um personagem de Eça, o deputado é parente, patrício e parceiro.
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