Indústria consome só 3% a mais de energia em 2011
O consumo industrial de energia cresceu apenas 3% em 2011, reflexo de redução de investimentos e fechamento de fábricas no país.
O resultado é muito inferior às estimativas de mais de 4% do início do ano passado, segundo Cristopher Vlavianos, da gestora independente Comerc Gestão, que calcula o índice.
O número registrado ao final do ano também se distancia da alta de 4,2% verificada no primeiro semestre.
"O aumento do consumo no ano ficou muito aquém do esperado. A maior queda foi nas empresas que competem com o mercado externo", diz.
Além do impacto da crise na Europa, que compromete exportações, o alto preço da energia no país contribui para o crescimento modesto, segundo Carlos Faria, da Anace (Associação Nacional dos Consumidores de Energia).
"Esse consumo em 2011 também ocorreu porque no Brasil há uma das energias mais caras do mundo. A associação viu muitas companhias postergarem investimentos de ampliação e até fecharem instalações, influenciadas por energia", diz Faria.
O setor de siderurgia e metalurgia teve alta de 5,9%, enquanto o têxtil teve a maior queda, abalado por importações. A CCEE (câmara de comercialização) aponta consumo de 494,9 mil GWh em 2011, ante 478,9 mil GWh em 2010.
PREÇO NO GRÁFICO
O preço da energia elétrica convencional para entrega a curto prazo no Brasil teve, em janeiro, forte queda de 35,2%, atribuída às chuvas do mês, segundo a Brix, plataforma eletrônica de negociação.
No período, o preço mais alto foi de R$ 68,23 MWh, no dia 3 de janeiro.
O índice Brix fechou o mês a R$ 20,03 MWh com desvalorização de 9,57%.
O preço da energia de curto prazo é determinado pela soma dos valores do prêmio praticado no mercado, apontado pelo índice Brix, com o PLD (Preço de Liquidação das Diferenças), que é o valor técnico divulgado pela CCEE.
"Tivemos muita chuva, que influenciou o preço", diz Marcelo Mello, da Brix. O índice representou quase 50% do preço total da energia.
SOB NOVOS ARES
O escritório Machado Meyer, Sendacz e Opice Advogados implantou neste ano uma estrutura de gestão diferente e nomeou uma nova sócia-administradora.
Raquel Novais, da área tributária, é a primeira mulher a comandar um dos quatro maiores escritórios de direito do país.
Foi criado um comitê diretivo que será coordenado por Novais e formado por sócios de cada grande área da firma, além de representantes dos escritórios regionais.
O grupo vai gerir a operação diária do escritório, de forma a alinhar práticas jurídicas e administrativas, segundo Novais. O conselho do Machado Meyer, que completa 40 anos em junho, tomará decisões estratégicas.
Para assumir a gestão por dois anos, Novais participou de um processo de transição durante 2011 e fez um curso de extensão em Harvard voltado para liderança em escritórios de direito.
"Nosso objetivo é continuar a desenvolver as áreas de negócio do escritório e a gestão de pessoas, que, como prestadoras de serviços, são nosso maior ativo", diz Novais. A nova administradora priorizará programas como os de incentivo a advogadas na carreira e a estagiários.
NÚMEROS
320 advogados
50 sócios
150 estudantes/estagiários
7 escritórios*
*São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Nova York
ENTRAVES NO PETRÓLEO
Licenças para novas perfurações ficaram mais difíceis de serem obtidas após o vazamento de petróleo no Golfo do México em 2010, segundo 54% dos executivos ouvidos pela EIU (Economist Itelligence Unit).
O levantamento mostra que apenas 8% dos 185 entrevistados acreditam que as dificuldades não aumentaram.
A ampliação das políticas regulatórias será um dos principais obstáculos nos próximos 12 meses para 32% das empresas ouvidas.
O estudo também aponta que os EUA são vistos como o país que oferecerá um ambiente regulatório mais favorável para as companhias. Canadá e Brasil aparecem em seguida.
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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