UPPs impactam preço de seguro de carro no Rio
O desenvolvimento do projeto de UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e a elevação no combate aos desmanches ilegais de carros no Rio de Janeiro começam a impactar os valores de seguros de automóveis, segundo a FenSeg (Federação Nacional de Seguros Gerais).
Com queda de 6,78%, o Estado está entre os de maior recuo médio nos preços de dezembro de 2010 a novembro de 2011, segundo análise da federação, com base em dados do IBGE. A variação média nacional subiu 5,99%.
"Fatores como os índices de roubo e furto e os custos de reparos de automóveis danificados interferem na composição do preço", diz Neival Freitas, diretor da federação.
Recife registrou a maior queda média, de 18,04%, enquanto São Paulo teve o maior aumento, de 17,24%.
Ambos podem ser explicados pela variação dos preços dos consertos. Enquanto São Paulo teve uma elevação de mais de 12%, Recife subiu apenas 6% no período, abaixo da média nacional (10,76%), segundo Freitas.
Além de fatores como idade do motorista e trajeto habitual do veículo, a tendência de redução das taxas de juros pelo governo também interfere na composição de preços no setor.
Com a queda, as empresas também tendem a elevar os valores para driblar o encolhimento da receita financeira.
O índice de roubo e furto de veículos no Brasil caiu 6,9% em 2011, segundo a empresa de rastreamento Tracker. Carros tiveram queda de 8,4%. Motos e utilitários, porém, registraram altas.
NAVEGAÇÃO EM ÓLEO E GÁS
A Mare Investimentos e a Mantiq (empresa do Santander dedicada à gestão de private equity) concluíram o fechamento de seu primeiro fundo, com a captação de R$ 585 milhões. Dedicado a investimentos na cadeia de suprimentos, equipamentos e serviços, de óleo e gás, o fundo recebeu recursos de nove investidores institucionais, dentre eles os maiores fundos de pensão do país, públicos e privados.
"Estamos em fase final de um segundo fundo que devemos fechar no final de fevereiro. Como o primeiro, inclui investimentos em infraestrutura e logística e terá prazo de oito anos", diz o sócio-diretor e ex-presidente do BNDES, Demian Fiocca. Será voltado a investidores qualificados e distribuído por bancos.
"A captação no exterior está de pé e virá depois de concluirmos no mercado brasileiro", diz Rodolfo Landim, sócio-diretor e ex-presidente da OGX.
"O regime de cogestão não é usual, mas os dois times têm um conhecimento único. A receptividade foi muito boa, pois o alvo mínimo era R$ 400 milhões", diz Geoffrey Cleaver, da Mantiq.
JOVEM VONTADE
O jovem de 20 a 30 anos da classe AB quer viajar e fazer MBA, segundo estudo da B2 Agência, empresa de promoção e eventos especializada na faixa etária.
A renda média desse público reúne, segundo entrevistados, recursos próprios e oferecidos pelos pais. Mais de 60% ainda moram com a família. Entre os desejos de consumo estão tablets e apartamentos.
FRUTA SOB MEDIDA
Em meio à crise europeia, que abalou o setor exportador de frutas brasileiro, a MBR expandiu o modelo "taylor-made", de personalização da relação com fornecedores.
A empresa, que exporta produtos como figo, gengibre e limão, ampliou o relacionamento direto com o ponto de venda. "Visitamos supermercados na Europa e temos representante no Oriente Médio", diz Renato Miralla, sócio da empresa.
Para que o fornecedor foque a produção, evitando outros prejuízos em tempos de demanda comprometida, a empresa faz a gestão comercial, da busca do cliente ao controle de qualidade.
"Em tempo de crise, ajuda fazer com que o fornecedor se especialize e se concentre", afirma.
Carioca A Orizon, de serviços de integração de processos em saúde suplementar, inaugura nesta semana uma filial no Rio de Janeiro. Na unidade, serão realizadas triagem e análise de contas médicas. A empresa tem como acionistas Bradesco Seguros, Cielo e Cassi.
Esportiva A XP Investimentos criou uma divisão para prestar assessoria financeira a atletas. Batizada de XP Sports, a área auxiliará os esportistas a planejarem seus investimentos ao longo da carreira. A expectativa da empresa é atender cem atletas até o final do ano.
CASA DIGITAL
Mais da metade dos consumidores brasileiros (55%) querem trocar de marca de fogão, segundo pesquisa da empresa de pesquisa CVA Solutions, com 6.000 pessoas.
Outros 50% querem trocar de micro-ondas e 40%, de lavadora de roupas e geladeira.
Além de critérios como assistência técnica eficiente, começam a aparecer na lista de desejos dos consumidores inovações em equipamentos com conteúdo digital, como um refrigerador que envia lista de compras.
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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