CLAUDIO HUMBERTO

“Sou um dos poucos candidatos que sabe o que é pegar ônibus”
Netinho de Paula (PCdoB), ex-pagodeiro e vereador, candidato a prefeito de São Paulo 

PLANALTO PRESSIONA PARA DEMITIR DIRETOR DO DNOCS

A ministra-chefe Gleisi Hoffmann (Casa Civil) pressiona o ministro Fernando Bezerra (Integração) para demitir Elias Fernandes, diretor-geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (Dnocs). Em encontro recente com o ministro, Glesi entregou um documento que teria referências pouco abonadoras sobre a atuação de Fernandes. Ele foi indicado ao cargo pelo líder do PMDB na Câmara, Henrique Alves.

QUE PROBLEMA?

Henrique Alves (RN) nega qualquer problema envolvendo o protegido no Dnocs, que não seria demitido sem o seu conhecimento.

FIASCO CENTENÁRIO

Em outubro de 2009, o Dnocs celebrou seu centenário sem chegar perto da meta de tornar mais ameno o drama da seca no Nordeste.

SECA S/A

O Dnocs sempre lidera listas de órgãos públicos a serem extintos, mas os parlamentares nordestinos fincam pé e o impedem.

SERVENTIA

Além dos cargos e das verbas, o Dnocs foi utilizado ao longo de sua história para beneficiar propriedades rurais de políticos da região.

NO CNJ, EMPRESA LIGADA A ORACLE FICOU EM 2º

Após admitir a anulação do contrato de R$ 68,6 milhões do consórcio CDS/NTC, o Conselho Nacional de Justiça silenciou. A hipótese de desclassificação do consórcio, que é parceiro da multinacional Oracle, pode beneficiar a Maxtera Tecnologia Sistema, que ficou em segundo lugar na licitação. O representante, Helio Zveiter, confirmou que seu pai trabalha para a mesma Oracle, mas se recusou a informar o cargo.

OUVIDOS MOUCOS

A nervosa assessoria do CNJ parecia fugir de indagações feitas há dois dias, por exemplo, sobre servidores afastados por divergir da licitação.

DE TRÁS PARA FRENTE

O Conselho Nacional de Justiça fez a licitação para equipamentos a toque de caixa, em nove dias, sem ao menos ter “sala forte” instalada.

ESPECIALIZAÇÃO

Para instalar a “sala forte” de informática, ao custo de R$ 8,5 milhões, o CNJ não fez licitação para contratar a empresa Aceco TI Ltda.

ELE É PHD

Acusado de envolvimento no dossiê contra José Serra, na campanha de 2006, o novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, que é economista, logo, logo será conhecido como “professor aloprado”.

PAZ NA TERRA

Rio de Janeiro e a Bahia disputam os piores salários da Polícia Civil no País: o governo do petista Jaques Wagner paga R$ 1,7 mil. O governo Sérgio Cabral (PMDB) paga R$ 1,5 mil, o último da lista.

REFORMA JÁ FOI

No primeiro, as “faxinas” representaram a reforma ministerial que a presidente Dilma pretendia. Por enquanto, ela apenas vai substituir os ministros que deixam os cargos para disputar as eleições de outubro.

SE DIRIGIR…

O paulista piloto de stock car João Paulo Escudero Mauro, 20, está preso em Miami após matar um pedestre com sua Mercedes a quase 100 km. Tinha bebido e usado cocaína. Aqui teria recusado bafômetro.

…PREFIRA O BRASIL

Um ano após matar um ciclista em Boa Vista, o procurador Sandro Bueno teve a carteira apreendida pela Justiça de Roraima. Bêbado, fugiu sem prestar socorro e rodava por aí, aguardando julgamento.

PREFIXO: PP-MORTE

O site claudiohumberto.com.br revelou ontem, em primeira mão, que o helicóptero prefixo PP-MF, que caiu no Lago Paranoá, em Brasília, é o mesmo que, em 2006, num acidente em Barueri (SP), matou dois filhos do dono da empresa de táxi aéreo Sigma. Depois foi reformado.

DESRESPEITADOS E REPRIMIDOS

Passageiros foram admoestados, ontem, no aeroporto de Congonhas (SP), ao filmarem o painel para fazer prova de atrasos de vôos. Um até foi obrigado a apagar as imagens diante de um meganha do aeroporto.

PLANOS DE MORTE

Negociador salarial no governo federal, Duvanier Paiva morava na 303 Sul, em Brasília, ao lado do Hospital de Base, que é público. Passou mal e preferiu distantes hospitais particulares, que o rejeitaram porque ele só tinha a Geap como plano de saúde. E ainda reclamam do SUS...

PENSANDO BEM…

…José Serra não está no Canadá, como brincaram no Twitter. Continua no muro. 

PODER SEM PUDOR

NÃO É DE HOJE

Se, de fato, o passado nos ajuda a compreender o presente e, até certo ponto, prever o futuro, então o contribuinte brasileiro já deveria ter se conformado com a troca do “P”, de provisória, pelo “P” de permanente na CPMF. Em “Títulos no Brasil Colonial”, o historiador Otávio Torquínio de Souza lembra que, “proclamada a independência [1822] e no curso do Primeiro Reinado, ainda se pagava a tributação resultante do terremoto de Lisboa... de 1755”!