Esta semana, por exemplo, em reunião do grã-tucanato, Serra ameaçou processar quem insistir em colocá-lo como candidato à sucessão de Kassab:
— Para que serve isso? Só para saírem pesquisas falando da minha rejeição!
Está certo o José Serra!
Como está certo o seu arquiinimigo Chalita, candidato do PMDB, ao não aceitar minhas provocações. Veja:
— Walter Feldman, que passou 2011 todo em Londres como observador das Olimpíadas 2012 — fazendo o quê, não sei —, chega te chamando de nojento. Meu amigo Andrea Matarazzo te chama de elitista que não sabe onde fica a cracolândia, como se ele também conhecesse. Qual a sua resposta?
— Os dois não passam de bocas de aluguel do Serra. E eu não perco tempo com eles. Quero é debater com Serra, não com seus marionetes.
Nota triste
Como há gente ruim no mundo!
É a inveja, só pode, que está tirando a ministra Ana de Hollanda da Cultura.
Para mim, já era assunto resolvido.
Eis que, esta semana, a presidente Dilma confidenciou a uma amiga minha que as pressões políticas são muito fortes para que ela dispense Aninha do cargo.
Dias contados
Dilma, infelizmente, vai deixar passar alguns dias para fazê-lo.
Logo agora que a ministra começa a conhecer melhor os problemas do setor.
Máfia
Mas eu não vou aceitar isso calado!
Vou dar aqui nomes de todos os petistas que estão conspirando contra a ministra Ana de Hollanda.
São os mesmos que conspiraram contra Juca Ferreira.
Nota alegre
E esta outra notícia eu dou sem a menor tristeza.
A presidente não se esqueceu coisa nenhuma do Negromonte.
Deixe ele pensar que sim!
Seu nome está marcado no calendário da reforma gradual e segura do Ministério.
A indispensável
Marta Suplicy, a, para Dilma, “indispensável” no Senado, caminha a passos largos para deixar de sê-lo!
Numa conversa com companheiros, Lula previu que se a senadora for para o Ministério, ela vai abraçar com entusiasmo a candidatura de Fernando Haddad.
Obsessão
Lula, por sinal, tem sido samba de uma nota só.
Só aceita conversar sobre a eleição na capital de SP.
A vitória de Haddad passou a ser uma questão de honra para o ex-presidente.
Que coisa! Assassinos!
Indignado, o ministro Padilha me contou que, além da omissão de socorro, houve crime de “racismo institucional”, no caso da morte do secretário Duvanier Paiva Ferreira, do Ministério do Planejamento.
— Duvanier e sua mulher foram barrados no hospital porque eram negros! — disse-me o ministro.
Investigações, processos e a urgente regulação dos hospitais privados — são as primeiras das providências tomadas pelo governo, sob a orientação direta da presidente Dilma.
Particularmente, nunca pensei que um dia experimentaria este sentimento: o de ter vergonha de, como negro, viver num país em que se deixa morrer gente por discriminação racial.
Aconteceu com um negro que exercia cargo de autoridade.
Fechamento do hospital é pouco!
Cadeia, já!
É o mínimo! Critério
Dilma Rousseff, no intervalo de uma das reuniões setoriais de anteontem, comenta:
— Vocês viram a repercussão positiva para o governo por eu ter nomeado uma pessoa altamente qualificada para o Ministério da Ciência e Tecnologia, em vez de colocar um político?
E ameaçou:
— Estou pensando em fazer isso daqui para frente, a começar pelo Ministério do Trabalho.
Triste realidade
Eu tinha muitas notas engraçadas para colocar aqui, mas confesso que, depois da minha conversa com o ministro da Saúde sobre o crime praticado pelo hospital Santa Luzia, aqui de Brasília, passei a ter uma crise nervosa de náusea e pânico.
Só vamos acabar com racismo no dia em que reconhecermos sua existência.
Há racismo, sim, no Brasil! É necessário punição. Nada de teorias: cadeia!
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