O GLOBO - 26/11/11
A população mundial atingiu, no início de novembro, sete bilhões de pessoas. Até 2050, a ONU estima que chegaremos a nove bilhões de habitantes. São 213 mil novas bocas por dia, ou 78 milhões por ano.
O maior desafio a ser enfrentado nas próximas décadas será equacionar a oferta de alimentos para os novos habitantes do planeta. Não é tarefa fácil, principalmente se levarmos em conta que temos atualmente cerca de um bilhão de pessoas subnutridas.
Caberá ao Brasil desempenhar importante papel na solução dessa equação. Principalmente nos próximos 20 ou 30 anos, enquanto novas áreas de produção no mundo não venham a ser desenvolvidas.
Além de produzir alimentos em quantidade, qualidade e preço para a sua população, o Brasil precisará responder, cada vez mais, ao desafio de suprir as necessidades de alimentação do mundo. Isso sem falar na produção de energia verde.
Para atender a essa demanda, a expansão virá com o aumento da produtividade de nossas pastagens e com a incorporação, ao processo produtivo, de novas áreas no cerrado. É inevitável.
O Brasil tem conseguido aproveitar suas vantagens comparativas para tornar-se referência no agronegócio global. Temos terra, água, clima, tecnologia e mão de obra qualificada para satisfazer a crescente demanda global por produtos de origem agropecuária.
Há tempos estamos aumentando nossa produção a taxas maiores do que as taxas alcançadas em outras regiões do planeta. Com isso, vamos consolidando nossa posição.
Somos o maior produtor de café, cana de açúcar e laranja do mundo; o segundo maior produtor de soja e o maior exportador mundial de carnes. Em pouco tempo, seremos o principal polo mundial de algodão e de biocombustíveis e um dos principais fornecedores de madeira, papel e celulose.
Há muitos interessados em investir no desenvolvimento do setor. No entanto, faz-se necessário superar alguns obstáculos. O primeiro deles é proporcionar mais segurança aos investidores, resolvendo a questão do novo Código Florestal e a legislação sobre a venda de terras para estrangeiros.
Outro problema é a precariedade de nossa infraestrutura de transporte, armazenagem e logística de exportação. Para se ter uma ideia, o custo do frete no Brasil chega a ser quatro vezes maior que em outros países exportadores do agribusiness, como é o caso dos EUA e da Argentina.
As oportunidades são claras e devemos aproveitá-las. Somos uma nação que precisa crescer, proporcionar emprego e boas condições de vida aos brasileiros.
ANTONIO ALVARENGA é presidente da Sociedade Nacional de Agricultura.
O maior desafio a ser enfrentado nas próximas décadas será equacionar a oferta de alimentos para os novos habitantes do planeta. Não é tarefa fácil, principalmente se levarmos em conta que temos atualmente cerca de um bilhão de pessoas subnutridas.
Caberá ao Brasil desempenhar importante papel na solução dessa equação. Principalmente nos próximos 20 ou 30 anos, enquanto novas áreas de produção no mundo não venham a ser desenvolvidas.
Além de produzir alimentos em quantidade, qualidade e preço para a sua população, o Brasil precisará responder, cada vez mais, ao desafio de suprir as necessidades de alimentação do mundo. Isso sem falar na produção de energia verde.
Para atender a essa demanda, a expansão virá com o aumento da produtividade de nossas pastagens e com a incorporação, ao processo produtivo, de novas áreas no cerrado. É inevitável.
O Brasil tem conseguido aproveitar suas vantagens comparativas para tornar-se referência no agronegócio global. Temos terra, água, clima, tecnologia e mão de obra qualificada para satisfazer a crescente demanda global por produtos de origem agropecuária.
Há tempos estamos aumentando nossa produção a taxas maiores do que as taxas alcançadas em outras regiões do planeta. Com isso, vamos consolidando nossa posição.
Somos o maior produtor de café, cana de açúcar e laranja do mundo; o segundo maior produtor de soja e o maior exportador mundial de carnes. Em pouco tempo, seremos o principal polo mundial de algodão e de biocombustíveis e um dos principais fornecedores de madeira, papel e celulose.
Há muitos interessados em investir no desenvolvimento do setor. No entanto, faz-se necessário superar alguns obstáculos. O primeiro deles é proporcionar mais segurança aos investidores, resolvendo a questão do novo Código Florestal e a legislação sobre a venda de terras para estrangeiros.
Outro problema é a precariedade de nossa infraestrutura de transporte, armazenagem e logística de exportação. Para se ter uma ideia, o custo do frete no Brasil chega a ser quatro vezes maior que em outros países exportadores do agribusiness, como é o caso dos EUA e da Argentina.
As oportunidades são claras e devemos aproveitá-las. Somos uma nação que precisa crescer, proporcionar emprego e boas condições de vida aos brasileiros.
ANTONIO ALVARENGA é presidente da Sociedade Nacional de Agricultura.
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