FOLHA DE SP - 30/11/11
O Brasil tem sido cuidadoso na análise do projeto. Contratou uma empresa privada especializada para avaliar adequadamente o valor da "tecnologia" a ser aportada pelaFoxconn que, eventualmente, deve ser o valor do seu capital na empresa nacional, num investimento inicial de US$ 4 bilhões, como sugere o dono da empresa, Terry Gou. Ela irá produzir telas para televisores, computadores, tablets etc.
Segundo se sabe, informalmente, a contribuição do BNDES para o capital da empresa seria da ordem de 30% (o que pode atingir US$ 1,2 bilhões).
Como Terry Gou não aporta recursos líquidos, mas só o "valor" estimado da tecnologia, a eventual diferença deverá ser capitalizada por empresários nacionais dispostos a correr o risco do empreendimento.
Aparentemente, o ousado e inovador empresário Eike Batista dispõe-se a colocar US$ 500 milhões, conforme um acordo de confidencialidade que teria assinado com Gou e oBNDES.
De acordo com Gou, outros dois investimentos, de US$ 4 bilhões, serão instalados num futuro não muito remoto para cumprir o acordo firmado pelo governo brasileiro, o que será muito bom.
A Foxconn está montando fábrica em Jundiaí, no Estado de São Paulo, onde pretende produzir iPhones.
Como é conhecido, a empresa não possui marca própria. Produz sofisticados produtos eletrônicos que incorpora em bens finais que são vendidos sob diversos nomes.
No caso do iPhone produzido na China, por exemplo, ela é praticamente uma "maquiadora". O quadro abaixo, construído com números de um trabalho de Yuquing Xing (www.voxeu.org.index.php?q=node/6335) mostra o pequeno valor adicionado deixado na China:
Como será em Jundiaí?
Nenhum comentário:
Postar um comentário