segunda-feira, outubro 24, 2011

CLAUDIO HUMBERTO



TCU apura superfaturamento de R$ 33 milhões
Os pregões eletrônicos no Ministério do Esporte viraram um mistério para o Tribunal de Contas da União. A pasta pagou pelo menos R$ 33 milhões a mais em duas licitações recentes, com sobrepreço de R$ 13 milhões para uma empresa americana e R$ 20 milhões para outra, brasileira. O TCU já abriu cinco processos de investigação contra o ministério somente este ano. Um deles corre em segredo de Justiça.


Tá sobrando
A pasta pagará R$ 80,8 milhões para a Capricórnio Têxtil fabricar camisas e bermudas, R$ 20 milhões a mais que os concorrentes.


BBB caro
Vencedora de outro pregão, a Johnson-Controls/Dex instalará câmeras de vigilância nos estádios de 2014 por R$ 58 milhões.


Top secret
Por critérios “técnicos”, o ministério escolheu a americana Johnson. Uma empresa concorrente brasileira cobrava R$ 13 milhões a menos.


Alô, Orlando
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal lança na quarta (26) a campanha “Brasil: País rico é País sem corrupção”.


Vítima da guerrilha quer ‘Verdade’ na Comissão
Orlando Lovecchio Filho, que teve a perna arrancada num atentado da Vanguarda Popular Revolucionária em São Paulo, há 43 anos, vai à Justiça para participar da Comissão da Verdade – grupo governamental que relatará violações dos direitos humanos entre 1946 e 1988. Estudante, Lovecchio interrompeu o sonho de ser piloto e vive com salário mínimo do INSS, concedido pelo governo Lula após muita luta.


O outro lado
Ele já contratou advogado, mas admite que será uma “batalha difícil”. Quer “dar voz” a quem viveu a outra face do sofrimento na ditadura.


Dois pesos
A Comissão de Anistia rejeitou o pedido dele, enquanto o terrorista de esquerda, Diógenes de Oliveira, levou R$400 mil de bolsa-ditadura.


Sem perdão
O longa-metragem “Reparação”, exibido em 2010, mostra a tragédia de Lovecchio, relatada primeiro nesta coluna, há mais de oito anos.


Tiros no pé
Sergio Cabral deveria ser homenageado pelos chamados estados “não produtores”. Seus insultos quase diários ao Congresso ajudaram muito a aprovar o projeto que redistribui as receitas dos royalties de petróleo.


Telefone mudo
Antes de ser operado, o ministro Mendes Ribeiro (Agricultura) ligou para o presidente da Conab, Evangevaldo Santos, que não o atendeu confiando no padrinho, Jovair Arantes (GO), líder do PTB na Câmara. Tudo porque Mendes quer devassar a Cia Nacional de Abastecimento.


Brazil S/A
Com milhares de moradores de favelas sem título de propriedade, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, vai comprar um terreno de 47 mil m² e cedê-lo por cem anos, com isenção de IPTU... à General Eletric.


Gasto inútil
A Infraero gastou milhões na campanha “Fique por Dentro”, mostrando que nada tem a ver com a maioria dos problemas nos aeroportos. A greve, que pouco afetou os aeroportos de Guarulhos, Brasília, e Viracopos, demonstrou isso de forma mais eficiente. E sem custo.


Joia na gaveta
Maior empresária do ramo de diamantes em Minas, Viviane Santos aguarda há seis anos desfecho de processo na 4ª Vara da Justiça Federal, acusada de sonegação. Teve R$ 1 milhão apreendidos.


Mistério na linha
Aposentado tentou sem sucesso resolver um problema por meio do site no INSS, e depois recebeu ligação do BMG “felicitando-o” por crédito pré-aprovado. Seus dados haviam sido cedidos pelo INSS. A autarquia e o banco desconversam, e ainda alertam para “tentativa de golpe”.


Terra de ninguém
A Justiça Federal deu prazo até 4 de novembro para que 144 supostos quilombolas desocupem a Base Naval de Aratu (BA). A decisão é de novembro de 2010, mas o MPF só soube disso em setembro último.


Pizza & macarrão
Até o dia 30, dezenas de restaurantes do Rio promovem um festival gastronômico para comemorar o Dia Mundial do Macarrão, amanhã (25). Mas o título de capital nacional da pizza continua com Brasília.


Porcaria
O Brasil vai exportar porco à China em 2012: não faltará matéria-prima.


Poder sem pudor
Insetos e política
Governador de São Paulo, Franco Montoro era conhecido pelas gafes, por confundir nomes e pessoas. Certa vez, em uma cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, ele reconheceu um político do interior conhecido por Mosquito. Simpático, abraçou o Como é que está sua cidade, Formiga?

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