sábado, setembro 17, 2011

CLAUDIO HUMBERTO

“A crise tem origem no Executivo”
MINISTRO GASTÃO VIEIRA (TURISMO), AO CULPAR LULA PELO MENSALÃO, EM 2009

LÍBIA: EMPREITEIRAS IMPUSERAM SILÊNCIO AO BRASIL 
Enquanto o mundo todo condenava o governo do ditador Muammar Kadafi, o preço do silêncio do governo brasileiro sobre as atrocidades na Líbia foi a soma dos 
R$ 11 milhões que as empreiteiras Odebrecht, OAS, Andrade Gutiérrez e Queiroz Galvão doaram ao PT, na campanha de 2010, com centenas de milhões de dólares que essas empresas têm a receber no país do tirano pelas obras que realizam. 

CONTA ABERTA 
A Odebrecht constrói o aeroporto de Trípoli e anel viário. 
Retirou 3,5 mil operários de lá. Andrade e Queiroz fazem obras de infra-estrutura.

ÁLBUM DE FAMÍLIA 
Para atender aos amigos empreiteiros, Lula bajulou o ditador Muammar Kadafi, chamado de “meu amigo, meu irmão, meu líder”. 

JATINHO NA CONTA 
Agradecidos, os empreiteiros têm se revezado com seus jatinhos para as frequentes viagens de Lula, além de contratarem suas “palestras”.

CONIVÊNCIA 
O Itamaraty admite apenas ter “conhecimento dos negócios de empresas brasileiras” e “mantém diálogo fluído” pelas embaixadas.

JUSTIÇA MANDA ITAÚ DEVOLVER COBRANÇA ABUSIVA 
Continua o baixo astral no banco Itaú, aquele que tentou esconder o assalto a 170 cofres de sua agência da Av. Paulista. Agora, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro negou recurso do banco contra a sentença que o condenou a depositar 
R$ 58 na conta de cada correntista que tenha pago “tarifa de renovação de cadastro”, em 2009. A ação foi movida pelo Ministério Público do Estado. Decisão unânime.

REPASSE ILEGAL 
Segundo o promotor Pedro Rubim Fortes, a cobrança da tarifa no Itaú é ilegal: bancos não podem repassar custos de deveres legais ao cliente.

CARA DE PAU 
O banco Itaú vinha cobrando dos clientes uma tarifa para investigá-los, conferindo endereços e checando seus nomes no SPC e Serasa.

TIREM AS CRIANÇAS 
Ex-secretário de Educação, o ministro Gastão já começou estuprando os bons modos. Soltou um “puta responsabilidade” numa entrevista.

QUEDA DO MURO 
Agora o Brasil terá que se definir: a ONU reconheceu o Conselho Nacional de Transição da Líbia, o argumento levantado pelo chanceler Antonio Patriota para explicar a indecisão brasileira contra Kadafi. 

COM TESTEMUNHAS 
À margem da Assembleia-Geral da ONU, Dilma terá quarta-feira um tetê-à-tête com o francês Nicholas Sarkozy, a pedido dele, que fará lobby pelos caças Rafale. Diferente de Lula, ela levará testemunhas. 

MOVIMENTO FRENÉTICO 
A casa da ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil) no Lago Sul, em Brasília, está sendo palco de febris reuniões do círculo íntimo da presidente Dilma. A turma é discreta, não deixa carros oficiais na porta.

A PÃO E ÁGUA 
Sutilmente, a presidente Dilma mandou secar a liquidez de recursos dos ministérios ocupados por figuras que não lhe são caras. Era o caso do ex-ministro do Turismo Pedro Motel Novais, que nunca lhe foi caro.

DINHEIRO PARA POUCOS 
Ordem de Dilma: dinheiro somente – e fartamente – para as áreas de energia, PAC, Dnit e Copa do Mundo. E em mãos “confiáveis”, como é o caso da ministra Miriam Belchior (Planejamento), czarina do PAC.

BARATA A BORDO 
Passageiro viveu o horror no voo 5850 da Webjet, Rio-Brasília, quinta (15). Pagou lugar marcado, mas eram “livres”. Sobrou o fundo do avião. Sentado, algo subiu-lhe às costas. Tirou o paletó: era uma barata, que matou a sapatadas. Os comissários apenas fizeram cara feia. Para ele.

CONEXÃO FRANÇA 
Organizadores da Lavagem da Madeleine em Paris explicam que só captaram R$ 200 mil dos R$ 710 mil autorizados, para a 
“importante divulgação da cultura brasileira”. Paris cheia de brasileiros que o diga.

MORDAÇA A FOGO 
Sofre ameaça de morte o radialista Wilton Andrade, da Milenius FM, em Itaporanga D’Ajuda (SE), por denunciar malfeitorias na região. Teve o carro incendiado e recebe ligações ameaçadoras.

PENSANDO BEM... 
Parafraseando Dilma, por enquanto estamos só no “tomando lá”.“A crise tem origem no Executivo”. 

PODER SEM PUDOR
VAIA SILENCIOSA 
Tancredo Neves queria popularizar sua candidatura a presidente no Colégio Eleitoral e foi a um comício em Goiânia (GO). Diante da rejeição ao vice, por suas ligações ao regime militar, Tancredo pediu ao governador Íris Rezende para evitar vaias a José Sarney. Íris negociou e conseguiu que a esquerda não o vaiasse, mas no dia do comício, praça lotada, apareceram faixas tipo “Fora, Sarney!”. Ante o olhar de reprovação de Tancredo, Íris deu de ombros:
– Vaiar, ninguém vaiou...

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