Exportação portuária requer oito documentos no Brasil
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 17/04/11
Empresas brasileiras que pretendem comercializar seus produtos para outros países a partir dos portos nacionais precisam apresentar oito documentos às autoridades do setor.
Na França, por exemplo, são necessários apenas dois documentos para iniciar as vendas para o exterior.
O número coloca o Brasil entre os 50 países de burocracia mais complexa do mundo, segundo dados do Cindes (Centro de Estudos de Integração e Desenvolvimento).
Sem estrutura logística e financeira para superar o problema, pequenas e médias companhias optam por vender apenas para o mercado interno, diz o conselheiro do Centro de Excelência Portuária Hélio Hallite.
"O governo deve adotar os procedimentos internacionais para facilitar o trabalho das empresas", diz Hallite.
A falta de centralização no comando dos portos nacionais é o principal obstáculo para agilizar o processo, diz o economista do Cindes Eduardo Augusto Guimarães.
"As organizações governamentais não entram em um acordo e cada uma delas pede formulários diferentes."
Outro problema do setor, segundo especialistas, é a demora para o descarregamento dos produtos.
De 2008 a 2010, o tempo médio para atracação dos navios aumentou nos quatro maiores portos do Brasil, de acordo com o Cindes.
"A inexistência de infraestrutura também ocorre no caminho até os portos, o que inviabiliza de vez a exportação para empresas de médio porte", afirma Hallite.
O QUE ESTOU LENDO
Aécio Neves (PSDB-MG), senador
O senador Aécio Neves (PSDB-MG) ganhou recentemente um exemplar de "Obama" (Whitman ed., 144 págs.), que considerou interessante.
"É um livro despretensioso, mas curioso para quem lida com o dia a dia da política. Ele traz curiosidades, réplicas de documentos, bilhetes pessoais, peças de campanha e fotos que recriam um pouco dos bastidores da campanha americana e da eleição do presidente dos Estados Unidos", segundo o senador.
DE VOLTA PARA O CLÁSSICO
A H.Stern planeja a abertura de ao menos seis lojas no Brasil neste ano. Dois dos novos pontos serão em São Paulo e os outros quatro, nas regiões Sul e Nordeste.
"Pretendemos abrir o máximo possível [de lojas], mas o capital é da empresa", diz o porta-voz Christian Hallot.
"Abrir capital? Não está nos planos, por enquanto. [Donos de] grifes que abriram no exterior não se mostram muito felizes." Segundo Hallot, novos acionistas nem sempre entendem o negócio e investimentos a serem feitos.
A joalheria lança de uma a duas coleções por ano. Uma delas, sempre em dezembro. Neste ano, em março chegou às lojas a coleção inspirada em Burle Marx e já está prevista outra para maio.
"Notamos uma volta para o classicismo. As mulheres estão querendo joias clássicas." O executivo destaca na nova coleção peças em ouro vermelho ou ouro rosa.
Presente em 37 países, a companhia observa recuperação na Europa, ainda que "demorada", afirma.
"A crise foi um baque para todo mundo, houve, em alguns lugares, perda de 30%, mas ganhamos ante outras empresas porque lançamos coleções novas." Vendas em Israel e América Latina são as que logo se recuperaram.
A rede acaba de lançar em Londres a coleção Oscar Niemeyer, já vendida no Brasil. "Pedimos que escolhesse 70 desenhos e autorização para vê-los com olhar de joalheiro, não de arquiteto. Pegamos traços. Não se pode pôr o Congresso na orelha de uma mulher."
Casa...
A capital paulista registrou queda de 34,6% no mercado de imóveis novos residenciais em fevereiro na comparação com o mesmo mês do ano passado, segundo levantamento que o Secovi-SP divulga amanhã. As vendas ficaram em 1.869 unidades.
...nova
O indicador de desempenho de comercialização VSO (Venda Sobre Oferta) da cidade de São Paulo foi de 13,2% em fevereiro deste ano. No ano passado era de 21,1%.
No quarto
O nicho de dois dormitórios é o de maior comercialização, com escoamento de 777 unidades, equivalente a 41,6% do total, segundo o Secovi-SP.
Chocolate
Após queda no ano passado, o número de ovos de Páscoa vendidos deve voltar a crescer em 2011, segundo análise da Nielsen. Produtos com brinquedos devem ser destaque, diz o analista da empresa Claudio Czarnobai.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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