Apertar o cinco Ilimar Franco A crise econômica internacional fez a presidente eleita, Dilma Rousseff, adiar planos e resistir às propostas de criação de novos ministérios. A expectativa, no curto prazo, de desaceleração da economia, recomenda prudência nos gastos públicos. A criação do Ministério das Micro e Pequenas Empresas está adiada. O futuro governo disse não ao ministério dos Jogos Olímpicos, do PCdoB, e à secretaria de Segurança no Trânsito, do PSC. No umbigo do PT A turma do PMDB está achando graça das manifestações de petistas contrários a presença de peemedebistas em cargos importantes do segundo escalão, como no setor elétrico. Na cúpula do principal aliado da presidente eleita, Dilma Rousseff, o que se diz é que o PT devia olhar para o próprio umbigo. Eles lembram que os grandes escândalos do governo Lula tiveram como protagonistas quadros petistas, como no mensalão, nos vampiros, nos aloprados etc. A maioria das grandes trapalhadas também teve petistas na linha de frente, como é o caso do Enem, de Erenice Guerra e da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. Difícil agradar A presidente eleita, Dilma Rousseff, está sendo muito criticada por ouvir demais as indicações de ministros do presidente Lula. O governador Geraldo Alckmin (SP) apanha por ouvir de menos a cúpula tucana na formação do secretariado. Está pintando O deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ) está para reassumir a Secretaria Nacional da Justiça na gestão do ministro José Eduardo Cardozo (Justiça). Ele ocupou o cargo quando dirigia a pasta o governador eleito do RS, Tarso Genro. Os partidos e o governo Dilma Na formação do governo Dilma Rousseff, os partidos tiveram maior peso nas decisões sobre o Ministério do que tiveram com o presidente Lula. O PMDB detonou a nomeação do secretário Sérgio Côrtes (RJ) para a Saúde. O PP emplacou o deputado Mário Negromonte (BA) em Cidades. O PCdoB segurou Orlando Silva no Esporte. O PR acomodou o senador Alfredo Nascimento (AM) no Transportes. O PT embalou o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) para a Saúde. A visão do governo Dilma sobre a APO O entendimento que predomina no staff da presidente eleita, Dilma Rousseff, é de que a Autoridade Pública Olímpica (APO) não é um cargo político, mas gerencial. Logo após a posse, a nova presidente vai chamar o governador Sérgio Cabral (RJ) e o prefeito Eduardo Paes (Rio) para debater o papel da APO. No staff de Dilma, a avaliação é de que o governo federal tenha influência nesse organismo proporcional ao fato de ser o maior financiador dos Jogos de 2016. SOBRE o interesse das alas que disputam o PSDB pelo controle do DEM, fala a deputada Solange Amaral (RJ): “O pessoal está disputando o moribundo”. O DEPUTADO Indio da Costa (DEM-RJ) liga para dizer, sobre informação relativa à disputa entre José Serra e Aécio Neves, que “não tenho nada com isso, é coisa do PSDB”; “não sei de conversa”; e, por fim, “há uma tentativa de criar cizânia onde não há”. RADIOGRAFIA do novo Congresso do DIAP, publicada ontem, vale: a bancada empresarial aumentou de 170 para 242 parlamentares; e, a ruralista de 120 para 159. |
quarta-feira, dezembro 22, 2010
ILIMAR FRANCO
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