Grupo Habib's irá abrir 15 lojas até o final deste ano
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 08/09/2010
O grupo Habib's irá abrir 15 lojas até o final deste ano, entre as redes Ragazzo, de comida italiana, e Habib's.
A empresa fechará o ano com 40 novas unidades, sendo dez de comida italiana. Ao todo, os investimentos somam R$ 48 milhões, dos quais 60% são próprios. O restante consiste na abertura de franquias.
A rede Ragazzo, lançada há cerca de três anos pelo grupo, terá a sua primeira unidade fora do Estado de São Paulo. Até o final deste ano, será inaugurada uma loja em Curitiba (PR).
O cronograma de expansão da rede italiana, cujo faturamento médio superou o das lojas de comida árabe, irá continuar por Salvador e Rio.
"Esperamos abrir cem lojas da marca nos próximos cinco anos, seguindo o conceito de preços acessíveis. Queremos a base da pirâmide", afirma Alberto Saraiva, presidente do grupo.
Com a expansão, a Ragazzo totalizará 25 lojas, ante 350 da rede Habib's. O grupo projeta crescimento de 15% para este ano.
REVELAÇÃO
Com valores que variam de R$ 1.000 a R$ 100 mil, começa amanhã e vai até domingo a versão de fotografias da SP-Arte.
Mais de 150 artistas brasileiros e estrangeiros, como Miguel Rio Branco, Thomas Farkas e Marina Abramovic, e 500 obras participam da quarta edição do evento no Shopping Iguatemi.
Recente no tradicional mercado de arte, o mercado de fotografia ainda apresenta preços inferiores devido à tiragem maior e ao menor número de colecionadores, que está em expansão, segundo Fernanda Feitosa, diretora da feira.
"Na SP-Arte, por serem obras únicas, os valores são maiores mesmo, vão de R$ 1.000 a R$ 1 milhão", diz.
Em 2009, o evento recebeu 7.000 visitantes, o dobro do número da primeira edição, em 2007. O mercado de fotos tem espaço para crescer, segundo Feitosa.
"Os museus americanos só começaram a comprar foto para seus acervos a partir da Segunda Guerra."
A entrada é gratuita.
Nova fábrica Um acordo para instalar uma fábrica da montadora chinesa Chery, em Jacareí (SP), será finalizado na próxima semana. As negociações começaram há um ano. A planta vai ocupar uma área de 1,5 milhão de m2, às margens da rodovia Presidente Dutra. Cerca de mil empregos devem ser criados na primeira fase, segundo a prefeitura.
Brasil é alvo de lei anticorrupção dos EUA
Mais empresas, inclusive brasileiras, estão sujeitas à lei americana de prevenção à corrupção do que supõem muitos executivos no Brasil.
No mês passado, uma empresa brasileira, a Universal Leaf Tabaco, foi condenada nos EUA por ter pago propina a funcionário público na Tailândia. A Leaf, que teve de desembolsar US$ 4,4 milhões para resolver o caso, é subsidiária de uma companhia americana. Mas há casos com ligação mais tênue com os EUA, que também foram investigados pelo governo daquele país.
De acordo com a lei de prevenção à corrupção, a FCPA (Foreign Corrupt Practice Act), são alvo de processo de investigação empresas americanas, mesmo fora dos EUA, e estrangeiras, que negociam ações nas Bolsas americanas ou que usam os EUA, ou qualquer estrutura americana, como e-mails, para fazer negócios.
Já houve três casos com brasileiras, entre elas a Nature Sunshine, que teria pago propina a agente da Polícia Federal para desembaraçar mercadorias no Brasil.
Empresas americanas, que vão entrar em empresa brasileira, têm pedido "due dilligence" específica, segundo Antenor Madruga, sócio do escritório Barbosa, Müssnich & Aragão.
"Querem verificar se a empresa tem código de conduta anticorrupção ou se faz vista grossa a essa prática", diz.
Frases
Não compensa pagar propina. Além da questão moral, há o dano à imagem da empresa e os altos custos envolvidos [para reparar a reputação]
[Empresas americanas] querem verificar se brasileiras têm prática de corrupção
ANTENOR MADRUGA
sócio do Barbosa, Müssnich & Aragão
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