Brasil é o 7º entre os países com maiores reservas
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 16/06/2010
O Brasil está entre as sete economias com o maior nível de reservas em moeda estrangeira, segundo dados de 66 países coletados pelo FMI.
Com pouco mais de US$ 250 bilhões, a maior parte aplicada em títulos do governo dos EUA, o Brasil tem estoque de recursos superior ao da maioria dos emergentes.
O valor está abaixo, no entanto, do acumulado pelas outras três economias que fazem parte do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China).
A China é o país com as maiores reservas, US$ 2,4 trilhões, seguida por Japão (US$ 1 trilhão).
Por ser um seguro contra crises, a acumulação de recursos tem custo. A estimativa é que esse valor seja próximo de US$ 30 bilhões.
O valor atual supera o necessário para evitar ataques especulativos contra o país, segundo o professor Fabio Kanczuk, da FEA (Faculdade de Economia e Administração da USP). Hoje, há recursos para pagar toda a dívida externa (US$ 206 bilhões).
"Estão sobrando recursos. E essas reservas custam caro. Basta ver a diferença entre o juro que a gente recebe e a taxa que o governo paga na dívida interna", diz Kanczuk.
Apesar do custo elevado, as reservas evitaram oscilações mais fortes do dólar nas crises internacionais, segundo o economista Flávio Serrano, do BES Investimentos.
"É relativamente custoso manter esse estoque, mas quanto maior for o colchão de recursos, maior a capacidade de absorver turbulências", diz Serrano.
Ericsson e Telefónica Negociam
Ericsson, fabricante de equipamentos de telecomunicações, e Indra, que desenvolve sistemas, estão para assinar um acordo inédito com a Telefónica.
Pela proposta, uma empresa em sociedade entre a sueca Ericsson e a espanhola Indra assume o desenvolvimento industrial de soluções tecnológicas, originalmente criadas pela Telefónica I+D, unidade de pesquisa e desenvolvimento do grupo Telefónica, com sede em Madri.
A sociedade também vai incorporar a totalidade das ações da Telefônica Pesquisa e Desenvolvimento, a filial brasileira, em que trabalham cerca de cem funcionários.
Fisco Até 12 de junho, só 191.383 empresas se adequaram para ter a nota eletrônica (NF-E) que substituirá o documento em papel, segundo o diretor de Alianças da Mastermaq Softwares, Roberto Dias Duarte. O número é baixo. O processo de adequação de alguns setores começou há quatro anos. As 27 secretarias da Fazenda esperam 1 milhão de empresas registradas em 2010.
NY, NY
O número de novas locações de escritórios em Manhattan, em Nova York, mais do que duplicou nos primeiros quatro meses deste ano. O volume de contratos assinados cresceu 257% de janeiro a abril sobre igual período de 2009, segundo a Cushman & Wakefield. Em metros quadrados, foram cerca de 730 mil no quadrimestre, o equivalente à média de 2002 a 2007.
Caça-talentos
O foco das contratações serão profissionais capazes de influenciar e obter o melhor das equipes -ainda escassos no mundo corporativo.
A conclusão é de Joseph McCool, presidente da The McCool Group LLC, que lança amanhã, em São Paulo, o livro "Escolhendo Líderes" (editora Saraiva/Fesa, com 246 páginas).
Além de ter experiência, o executivo precisa estar disposto a aprender sempre, lembra o autor.
"Se ele parar, sua capacidade de liderar e inspirar os outros diminui."
Números da Energia Brasileira
R$ 490 mi
ESS previsto até mai/2010
O Encargo de Serviços do Sistema cobre a manutenção da confiança e da estabilidade
R$ 14,96 bi
Encargos totais da energia elétrica em 2009
Fonte: Abrace
Inadimplência Cai Em São Paulo
O número de títulos apresentados nos cartórios e os protestados diminuiu na cidade de São Paulo neste ano.
De janeiro a maio, foram protestados 318,5 mil títulos -entre duplicatas, cheques, notas promissórias e outros-, com queda de 23% sobre igual período de 2009.
Os dados são do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos da Seção São Paulo.
O total de títulos apresentados, que inclui os pagos após a notificação, os cancelados e os protestados, caiu 12% no acumulado do ano.
"Os credores, tanto empresas como pessoas físicas, estão tendo menos necessidade de enviar os títulos para protesto", diz José Carlos Alves, presidente do instituto.
Momento MinskyO livro "Estabilizando uma Economia Instável", do economista norte-americano Hyman P. Minsky (1919-1996), apresenta uma teoria sobre investimentos. O autor explica por que a economia global tem períodos de inflação, de aumento na taxa de desemprego e de desaceleração econômica, além dos motivos da crise de crédito, que ele teria previsto.
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