Alta quilometragem
RENATA LO PRETE
FOLHA DE SÃO PAULO - 25/05/10
Na tentativa de dar novo impulso a José Serra nas pesquisas, o comando da campanha tucana decidiu que, independentemente de outras providências, sua agenda será vitaminada nas próximas semanas. Nesta, além de Brasília, onde ele participa hoje de sabatina na CNI, e de Pernambuco, onde estará na sexta, devem ser incluídos Rio, Gramado (RS) e Cuiabá (MT).
O PSDB quer submeter Serra a uma superexposição que "prepare o terreno" para o programa partidário, a ser estrelado pelo candidato, já oficializado em convenção, no final de junho. Antes disso ele aparecerá também em inserções do DEM e do PPS.
O PSDB quer submeter Serra a uma superexposição que "prepare o terreno" para o programa partidário, a ser estrelado pelo candidato, já oficializado em convenção, no final de junho. Antes disso ele aparecerá também em inserções do DEM e do PPS.
Pra valer. Serra tem manifestado impaciência diante da ausência de debates. Eventos como o da CNI excluem o confronto direto entre os candidatos. O tucano acredita que a experiência pode beneficiá-lo no embate com Dilma Rousseff (PT).
Entendeu? Novo argumento ouvido entre tucanos em favor de Aécio Neves como companheiro de chapa de Serra: se concorrer ao Senado, ele discursará nos eventos antes de Antonio Anastasia (PSDB), seu debutante candidato a governador de Minas, o que poderia dispersar a plateia. Como vice, no entanto, Aécio encerraria os comícios locais.
Donzela. Do senador Osmar Dias (PDT), cobiçado por tucanos e petistas para composição eleitoral no Paraná, negando no Twitter os rumores de que já teria decidido seu destino: "Estão todos muito afoitos. Não há aliança fechada com ninguém".
Enquanto isso Lula, que tempos atrás recebeu Osmar Dias na tentativa de selar o casamento PT-PDT, vai se encontrar nos próximos dias com o governador Orlando Pessuti, cujo PMDB tornaria mais robusto o palanque de Dilma no Estado.
Ajuda aí 1. José Sarney (PMDB-AP) aproveitou tempo a sós com Michel Temer (PMDB-SP) em Nova York para pedir que o presidente da sigla ajude a desatar o nó eleitoral no Maranhão.
Ajuda aí 2. O problema da vez é o DEM. Aliado de todas as horas da governadora Roseana (PMDB), o partido ameaça pular do barco se não lhe for dada vaga na chapa majoritária. Antes de ir a NY, Temer já havia discutido o caso com o presidente do DEM, Rodrigo Maia.
Boi na linha Roseana, que tenta reverter a opção do PT do Maranhão pró-Flávio Dino (PC do B), pode sofrer outro revés. A cúpula petista, desde sempre refratária à ideia de fazer intervenção no Estado, a despeito da pressão de Lula, agora testa a hipótese de negociar um acordo segundo o qual o partido não apoiaria formalmente nem Dino nem Roseana.
Revezamento. Deborah Guerner, promotora do Ministério Público do DF que, segundo o gravador-geral Durval Barbosa, recebeu propina e vazou informações privilegiadas para o então governador José Roberto Arruda, ficará longe do trabalho até 2 de junho. Ela está de licença médica. Voltará ao batente um dia depois de encerrado o mandato de Leonardo Bandarra à frente do MP. Deborah e Bandarra, segundo Durval, atuavam juntos em favor de Arruda.
Visita à Folha Emílio Odebrecht, presidente do Conselho de Administração da Odebrecht S.A., visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava com Márcio Polidoro, diretor de Comunicação.
com LETÍCIA SANDER e DANIELA LIMA
tiroteiro
Nenhuma surpresa quanto à conduta dos Sarney. Já o PT tem dois caminhos: ficar com Flávio Dino (PC do B) ou se acabar no curral da oligarquia do Maranhão.
tiroteiro
Nenhuma surpresa quanto à conduta dos Sarney. Já o PT tem dois caminhos: ficar com Flávio Dino (PC do B) ou se acabar no curral da oligarquia do Maranhão.
DO DEPUTADO DOMINGOS DUTRA (PT-MA), sobre relatos de oferta de dinheiro a correligionários em troca de apoio à reeleição de Roseana Sarney (PMDB).
contraponto
Estranho no ninho No lançamento da candidatura de Paulo Skaf ao governo, na sexta passada, o presidente da Fiesp estava ladeado por toda a caciquia do PSB: o presidente nacional, Eduardo Campos, o dirigente da sigla em São Paulo, Márcio França, e os líderes na Câmara e no Senado, entre outros. Diante do pelotão de políticos, André, um dos cinco filhos de Skaf, observou:
-Veio todo mundo, né?
E, apontando para o proeminente nariz do pai:
-Veio até um tucano...
contraponto
Estranho no ninho No lançamento da candidatura de Paulo Skaf ao governo, na sexta passada, o presidente da Fiesp estava ladeado por toda a caciquia do PSB: o presidente nacional, Eduardo Campos, o dirigente da sigla em São Paulo, Márcio França, e os líderes na Câmara e no Senado, entre outros. Diante do pelotão de políticos, André, um dos cinco filhos de Skaf, observou:
-Veio todo mundo, né?
E, apontando para o proeminente nariz do pai:
-Veio até um tucano...
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