Não mais o cara?
FOLHA DE SÃO PAULO - 09/04/10
"Analistas veem sinais de distensão em acordo militar entre Brasil e EUA", postou a BBC Brasil, de Washington. Peter Hakim, do Inter-American Dialogue, diz ser "correção de rumo" após os conflitos sobre Irã e bases na Colômbia. E que o acordo coincide com a distensão também na frente comercial.
Para Adam Isacson, do Center for International Policy, os EUA tentam "reconquistar" o aliado. Confirmado por "fontes do Departamento de Estado", o acordo deve manter a "posição cautelosa do Brasil na relação militar com os EUA" e, segundo Mark Weisbrot, do Center for Economic and Policy Research, não deve sofrer oposição dos vizinhos.
Por outro lado, Christopher Sabatini, da Americas Society, escreveu no Huffington Post contra a "retórica" do Departamento de Estado, ao insistir, por exemplo, na "relação paternal com o Brasil". Argumenta que "não é preciso concordar com ele, mas diplomacia de megafone não é o que fazemos com a Europa Ocidental, e o Brasil está certo de reclamar".
E a "Foreign Policy" postou a lista dos encontros confirmados de Obama com outros líderes, na cúpula da semana que vem em Washington. Nada de Brasil. O chinês Hu Jintao, o indiano Manmohan Singh e o sul-africano Jacob Zuma, sim. Lula, "parece", não.
LATINOS E A CHINA
Mauricio Cárdenas, da instituição Brookings, de Washington, alertou para a dependência latino-americana da China, em evento do Fórum Econômico Mundial coberto pelo "Financial Times". Citou a "relutância" na crítica à manipulação do yuan como indício da "vulnerabilidade" e lembrou que a Argentina reagiu ao dumping chinês e sofreu retaliação. Sugeriu seguir "o exemplo do Brasil, que criou um mercado interno muito mais forte, reduzindo a pobreza e aumentando a classe média".
Mas o ministro das finanças da Colômbia, também no evento, destacou que seu país só não repete o crescimento de "Chile, Peru e Brasil" por ter um "nível muito baixo de integração com a Ásia". E culpou os EUA.
Na "Economist", o yuan no centro do redemoinho
EUA E O YUAN
O "New York Times" deu a manchete on-line "China parece prestes a tornar sua taxa cambial mais flexível", como cobram os EUA. Cita como fontes "pessoas com conhecimento do consenso que emerge em Pequim".
De sua parte, o estatal "China Daily" postou que a visita do secretário do Tesouro americano a Pequim "sugere que os países estão perto de resolver o conflito".
BRASIL E O YUAN
A nova "Economist" saúda o primeiro passo dado pelo secretário Timothy Geithner -que adiou uma retaliação e abriu caminho para Pequim adotar a flexibilização cambial aos poucos, negociada no G20. Para a revista, países mais afetados que os EUA, "como Índia e Brasil", hoje "calados", devem pressionar a China nas discussões do G20, agora focadas no yuan, como propôs Washington.
HU JINTAO VEM AÍ
O site do "Wall Street Journal" e a agência estatal Xinhua noticiaram entrevista da chancelaria chinesa sobre a viagem do presidente Hu Jintao ao Brasil, para a cúpula dos Brics, e também Venezuela e Chile.
O "WSJ" sublinha que o vice-chanceler "omitiu qualquer comentário sobre abordar o dólar como moeda de reserva", na cúpula, e até falou que os Brics não visam a "qualquer confronto com terceiros países". Já a agência ressalta as relações comerciais e o "bom momento" na cooperação com Brasil e Venezuela.
O BEIJO DA MORTE?
ft.com
No alto da home do "Financial Times", com a foto acima, "Petróleo pode dar o beijo da morte na recuperação". O preço foi a US$ 87 o barril, "o maior desde outubro de 2008, levantando preocupação de que os três dígitos estão no horizonte". O Goldman Sachs já projeta US$ 110 para o ano que vem, o que "ameaçaria a recuperação global", segundo analistas.
QUANTOS?
Fátima Bernardes e Ana Paula Padrão transmitiram ontem o "Jornal Nacional" e o "Jornal da Record" ao vivo, no mesmo horário, da área do deslizamento em Niterói, no Rio. Na escalada do "JN", "A dúvida que aflige uma nação inteira. "Ai, meu Deus do céu, o que é isso?" "Minha família está toda aqui, cara, toda debaixo do lado de lá." Quantos brasileiros morreram debaixo do lixo?"
cnn.com
"CONGESTIONAMENTO"
Em longa reportagem em vídeo, a CNN contrastou o cotidiano do motoboy Anderson Silva ao do empresário Amilcare Dallevo, da Rede TV!, que se movimenta em São Paulo por helicóptero próprio. O primeiro é descrito como "um soldado que vai para a guerra". O segundo diz que o helicóptero "é uma necessidade, aqui em São Paulo
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