Telefônica negocia compra da TV Alphaville
Maria Cristina Frias
Folha de S.Paulo - 23/04/2010
A Telefônica está negociando a compra da empresa de televisão a cabo TV Alphaville.
Outros modelos de negócios têm sido avaliados pela operadora. Segundo fontes próximas à negociação, a empresa é irrelevante para a Telefônica, mas haveria sinergia com a TVA, na qual a Telefônica possui 49% de participação na operação de cabo fora de São Paulo e 19,9% dentro do Estado. No modelo MMDS (sistema sem fio) o controle é de 100%.
A aquisição teria sido motivo de disputa entre Net e Telefônica. Até o momento, nenhuma delas teria chegado ao preço pedido pela TV Alphaville.
Especialistas no setor afirmam que o maior interesse seria estratégico: frear o avanço da concorrente.
A TV Alphaville opera por meio de uma rede de mais de 500 km de fibras ópticas e cabos e cobre mais de 20 mil residências na região. O mercado estima que a empresa tenha cerca de 11 mil assinantes, de um público de classes A e B.
Localizada em Tamboré, bairro vizinho de Alphaville, a TVA tem interesse em televisão por assinatura, mas a TV Alphaville também oferece serviços de segurança de condomínios de alto poder aquisitivo e possui pequena operação de banda larga via rádio e cabo.
A legislação brasileira impede que uma companhia estrangeira compre empresa de TV a cabo no país. Mas, na prática, contratos de gaveta têm possibilitado o controle por empresas com sede no exterior.
Terra À Vista
A Brookfield Incorporações se prepara para ampliar sua atuação nos mercados de São Paulo e do Sul do país. Para isso, criou uma nova unidade de negócios com foco nas regiões e comprou terrenos. No interior paulista, a incorporadora está com R$ 641,7 milhões em banco de terrenos, dos quais R$ 188,9 milhões foram lançados, e deve expandir sua atuação em Campinas, Sorocaba, Jundiaí, Jacareí e Santos. "Pretendemos comprar mais", diz Nicholas Vincent Reade, presidente da empresa. Enquanto o mercado investe no Nordeste, a Brookfield foca nos Estados do Sul. "Estamos na contramão. A maior parte do setor está concentrando esforços no segmento econômico." Reade afirma que isso é reflexo da segmentação planejada pela empresa, que decidiu destinar 50% do negócio ao mercado de média renda, cujas compras variam de R$ 130 mil a R$ 500 mil.
Influência brasileira é bem avaliada
Entre os Brics, o Brasil é o país cuja influência internacional é mais percebida como positiva, segundo pesquisa mundial realizada pela Market Analysis em parceria com a Globe Scan/BBC.
De 29 mil entrevistados, 41% acham que o país tem uma boa atuação global.
A China possui a mesma porcentagem de aprovação; no entanto, a parcela dos que acham que a nação asiática influi mais negativamente é de 38%, contra apenas 23% do Brasil. A Índia aparece com avaliação positiva de 36% contra 31% negativos, e a Rússia, com 30% e 37%, respectivamente.
"Tal juízo tem a ver com a noção de previsibilidade. O Brasil está passando uma ótima imagem por ter saído da crise sem maiores abalos", explica Fabián Echegaray, diretor da Market Analysis.
"A questão principal é que existe uma confiança de que o país respeita as regras do jogo, de que tem uma estabilidade política. Não é perfeito, mas está se saindo melhor do que os demais."
A maior popularidade do Brasil é observada entre os seus vizinhos: o país é bem-visto por 77% dos chilenos e 52% dos mexicanos. Turcos e egípcios são os que fazem uma avaliação mais negativa.
Já dos próprios brasileiros, 84% possuem uma percepção positiva da influência do país. "Isso evidencia a elevada autoestima da população", afirma Echegaray.
Fusão no Ar
A United Airlines e a Continental Airlines estão negociando a fusão de suas operações, de acordo com informações passadas por pessoas ligadas ao negócio à Bloomberg. A fusão, que envolveria troca de ações, criaria a maior companhia aérea do mundo em tráfego de passageiros, superando a Delta Air Lines. As empresas não quiseram comentar o assunto. Com base nos preços de fechamento de ontem das ações, o valor de mercado da nova empresa seria de US$ 6,6 bilhões. De acordo com a Bloomberg, o presidente-executivo da United, Glenn Tilton, se tornaria o presidente do conselho da nova companhia, enquanto o seu colega da Continental, Jeff Smisek, passaria a ser o presidente-executivo.
Primeiro
O Banco do Brasil ainda comemora o status recém-adquirido de instituição financeira reconhecida pelo Fed (o banco central dos Estados Unidos), chamado de "Financial Holding Company". O título iguala o BB aos bancos norte-americanos. Com a autorização, o banco pode atuar como banco de varejo no mercado local. O alto escalão do BB festeja o fato de o banco ter sido o primeiro no mundo a obter a distinção desde a crise.
Prefeituras 1
A inclusão de recursos para pavimentação, saneamento, prevenção em áreas de risco e mobilidade urbana no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) será tema da 57ª reunião da Frente Nacional de Prefeitos, em Florianópolis (SC). Bandeira defendida pela entidade, a integração dessa demanda no projeto do governo federal foi comemorada pelos prefeitos.
Prefeituras 2
A subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Miriam Belchior, e a secretária nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, debatem o tema na próxima segunda-feira. A pauta do encontro traz ainda a distribuição dos royalties do petróleo. Mais de 500 gestores, secretários e dirigentes municipais devem participar dos debates.
Na Escola
O projeto da usina hidrelétrica de Santo Antônio (RO) será tema de aula em Harvard. A usina, que irá gerar energia a partir de 2012, será apresentada como exemplo de aproveitamento hidrelétrico na Amazônia. Luiz Gabriel Todt de Azevedo, diretor de sustentabilidade da Odebrecht Energia, que conduzirá a aula, foi convidado por John Briscoe, diretor do Programa de Recursos Hídricos e Meio Ambiente em Harvard.
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