Paulo de Tarso Santos deixou a sociedade na agência Matisse, uma das três que dividem a conta do governo Lula. O publicitário alegou motivos pessoais, mas é sabido que se desentendeu com Ottoni Fernandes Júnior, sub do ministro Franklin Martins na Secom. Paulo de Tarso considerava que a Secom vinha privilegiando as outras duas agências (141 Brasil Comunicação e Propeg) na divisão das campanhas.
Vem de longe sua ligação com o PT e com o governo Lula. É dele o jingle "Lula Lá", de 1989. Foi o marqueteiro da campanha de 1994. Com a Matisse, tinha a conta da Secom desde 2003.
Memória 1. Em novembro passado, Paulo de Tarso foi citado pelo economista Cesar Benjamin como participante de um almoço, em 1994, no qual Lula teria relatado a tentativa de "subjugar" um rapaz quando esteve preso durante a ditadura.
Memória 2. Na ocasião, o publicitário registrou em nota a "informalidade" do almoço, mas disse não se lembrar do teor da conversa nem compreender a "intenção" de Cesar Benjamin "de narrar os fatos como narrou".
Grid. Em meio à temporada de anúncios de coordenadores da campanha (sem candidato) do PSDB ao Planalto, inaugurada por José Henrique Reis Lobo (SP), o presidente do partido, Sérgio Guerra (PE), pediu que os senadores Alvaro Dias (PR) e Cícero Lucena (PB) desempenhem o papel, respectivamente no Sul e no Nordeste.
Mapa. Empolgado com o avanço de Dilma Rousseff (PT) no Sudeste apontado no Datafolha, o núcleo da campanha da ministra-candidata pretende turbinar o número de visitas dela à região. Em São Paulo, estão previstas cinco aparições até o fim do mês.
Contra... A carta do ex-vereador Pedro Dallari com críticas a Paulo Skaf publicada na Folha reflete o incômodo de parte do PSB com a possível candidatura do presidente da Fiesp ao governo paulista. A redução da jornada de trabalho, defendida pelo partido e combatida por Skaf, é apenas um ponto de discordância.
...prós. Já outra parte do PSB está mais interessada nas possibilidades de financiamento representadas pela candidatura do presidente da Fiesp. Só se fala nisso nas conversas com o neossocialista.
Conexão. A lista dos sete suplentes que tomaram posse ontem na Câmara Legislativa do DF inclui Roberto Lucena (PMDB), irmão de Gilberto Lucena, dono da Linknet, uma das abastecedoras do mensalão candango. Dos R$ 450 mil que o peemedebista declarou ter gasto na campanha de 2006, R$ 440 mil saíram do caixa da empresa.
Punhado. Roberto Lucena, aliás, foi o único dos novos deputados distritais que chegou à marca de 10 mil votos.
Lobby. Depois de lançar um manifesto contra a intervenção federal no DF, que será julgada pelo Supremo, empresários da região serão recebidos hoje pelo presidente do tribunal, Gilmar Mendes.
Sabendo usar. A Câmara vai implantar a chamada "ecolavagem" em sua frota. A medida prevê gasto equivalente a um copo d'água na limpeza de cada carro oficial.
Seletiva. Pressionada por governadores, a oposição fingiu que não viu a tentativa do governo de derrubar a votação na Câmara da proposta que determina o piso salarial dos policiais militares.
Visita à Folha. Milton Seligman, vice-presidente de Relações Corporativas da AmBev, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Alexandre Loures, diretor de Comunicação da empresa.
Tiroteio
A indefinição do Ciro atrapalha as alianças no interior do Estado. Essa tática de biruta de aeroporto esgota a paciência dos partidos.
Contraponto
Presente devolvido
Acompanhado do deputado federal Maurício Rands (PT), o prefeito de Surubim, Flávio Nóbrega, comandou a cerimônia de entrega da ampliação do cemitério do município, no agreste de Pernambuco. Com o palanque lotado, o prefeito, também petista, iniciou o discurso:
-Nós estamos aqui hoje inaugurando esta obra para oferecê-la ao povo de Surubim...
Antes que ele pudesse iniciar a segunda frase, foi interrompido por uma voz, na qual se percebia algum efeito de álcool, vinda do meio do público:
-Alto lá, cemitério a gente não quer não! Fica pra vocês políticos e pra turma toda de Brasília!
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