Com nova lei, mais 3 milhões de imóveis devem entrar para locação
FOLHA DE SÃO PAULO - 23/01/10
A partir de segunda-feira, quando entra em vigor a nova Lei do Inquilinato, cerca de 3 milhões de imóveis devem ingressar no mercado de locação brasileiro entre 2010 e 2011.
A previsão é do Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis), com base em pesquisa realizada nas capitais brasileiras com 250 imobiliárias, 600 corretores independentes e empresários do setor.
O estudo aponta que, antes da lei, muitos proprietários preferiam manter seu imóvel fechado a alugá-lo, segundo João Teodoro da Silva, presidente do Cofeci.
"Uma ação de despejo podia levar até dois anos, com um prejuízo crescente. Nesses casos, além do aluguel, o locatário deixa de pagar IPTU e condomínio. Com a nova lei, esse tempo se reduz para até quatro meses. Quando houver inadimplência, por exemplo, a nova lei prevê que o juiz tem de dar uma liminar de despejo em até 15 dias após o ingresso da ação pelo proprietário", diz Silva.
Para Jaques Bushatsky, diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP, existia no Brasil um temor das leis de locação, que afastava investidores.
A pesquisa mostra que 70% dos proprietários só têm dois imóveis no máximo para locação e até então não podiam correr risco de ter prejuízo. O perfil são pessoas que pouparam para ter renda de aluguel na aposentadoria. Com a redução dos riscos e a agilidade na ação de despejo, esses proprietários devem retornar ao mercado.
"A Lei do Inquilinato era paternalista com o inquilino. Em grande parte dos casos, o proprietário necessita do recurso advindo do aluguel para seu próprio sustento", diz Silva.
A demora no processo judicial afastava o proprietário que investe em aluguel, pois, se houvesse inadimplência, o despejo demorava e o imóvel ficava congelado
JAQUES BUSHATSKY
diretor do Secovi-SP
GUMEX
A semana de moda masculina de Milão apontou para a volta do uso do gel nos cabelos dos homens. O efeito, que remete aos penteados dos anos 1950, pode ser obtido com cosméticos como pomadas e finalizadores com brilho. A tendência em Milão foi um aumento da sobriedade no prêt-à-porter masculino do outono/inverno 2010/2011. Em reação à crise, Dolce & Gabbana realizou desfile sem ostentação. Ternos colados ao corpo, camisas brancas e com pequenos colarinhos. A Prada também mostrou peças muito justas, com malhas pequenas e curtas.
VOLTA ÀS AULAS
A diferença de preços entre um mesmo item da lista de material escolar pode chegar a mais de 1.000%, segundo levantamento do site BuscaPé. É o caso da pasta plástica com elástico, com variação de 1.236%. A mochila da Hello Kitty foi o produto mais procurado neste mês.
NA PRATELEIRA
Lars Olofsson, presidente mundial do Grupo Carrefour, disse ontem ao presidente do Carrefour Brasil, Jean Marc Pueyo, que Brasil e China serão o foco dos investimentos do grupo francês nos próximos anos. No fim de 2009, o "Monde" publicou reportagem que dizia haver pressão de um bloco de acionistas minoritários do Carrefour para que as unidades de Brasil e China fossem vendidas.
NUVEM PASSAGEIRA
Os investidores não devem se preocupar com a desvalorização da Bovespa que ocorreu nesta semana, na opinião de Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating. "Dois fatores isolados causaram a queda: o aperto monetário da China e a declaração de Obama de que vai impor novos limites às operações dos bancos." Segundo o economista, esses efeitos tendem a dissipar-se nos próximos dias.
Renda maior eleva demanda por cadernos de capa dura
As vendas de material escolar estão em ritmo acelerado neste início de ano. No varejo, o desempenho até agora supera em até 15% o resultado do ano passado. O crescimento é explicado pelo aumento do emprego e pela melhora da renda do consumidor.
A Kalunga registra alta de 15% nas vendas em relação ao mesmo período do ano passado. Devido ao aumento da demanda por cadernos, a empresa teve de definir novos lotes de fabricação dos produtos com marca própria, diz Hoslei Pimenta, gerente comercial da rede.
O produto que mais se destaca em vendas é o caderno de capa dura. Para Pimenta, com a melhora da renda, a procura pelos de capa dura está maior, enquanto os outros estão sobrando nas lojas.
Wagner Jacob, diretor comercial da Tilibra, acredita que o aumento da renda favoreceu o acesso da classe C a esses produtos. "As mães passam a presentear os filhos com um caderno bom, de qualidade", afirma Jacob.
A Tilibra vê grande demanda por reposição de vendas, acima da de 2009, principalmente por cadernos com ilustrações licenciadas e por fichários.
No Armarinhos Fernando, a estimativa é que as vendas cresçam cerca de 6% na volta às aulas deste ano. "A linha inteira de cadernos está vendendo bem. Não esperávamos esse movimento", afirma Ondamar Ferreira, gerente de loja da rede.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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