Apenas para argumentar
FOLHA DE SÃO PAULO - 11/12/09
É o que está acontecendo com os royalties do pré-sal. O governador de Pernambuco, à frente de seus colegas do Nordeste, está sendo vitorioso numa campanha para garfar uma gorda porcentagem dos royalties devidos ao Rio como o Estado produtor de 85% do petróleo brasileiro. Neste momento, o Rio pode ter esses royalties reduzidos de 26,25% para 18%, diferença essa que iria engrossar a fatia já considerável dos Estados não produtores. Nem quero pensar no que aconteceria se o Rio resolvesse avançar nos royalties produzidos pela carne de sol com feijão de corda e manteiga de garrafa, imortal prato da cozinha pernambucana. Ou se fizesse isso com as fabulosas agulhas fritas.
Pelo raciocínio do governador, o fato de Pernambuco produzir os ingredientes que resultaram nessas obras-primas não lhe deveria garantir direitos majoritários sobre elas. Donde a União precisa exigir uma fatia maior dos royalties para comê-los com farinha e distribuí-los entre os Estados não produtores dessas iguarias.
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