NESTA SEMANA , o índice de desemprego e subemprego nos EUA atingiu 17,5%. Os números oficiais do Departamento do Trabalho registram tanto as pessoas que gostariam de um emprego em tempo integral quanto as que só conseguiram trabalho em tempo parcial. Em outubro de 2000, o índice ficou em 6,6%. Apesar de só haver estatísticas comparáveis a partir de 1994, os economistas estimam que o atual resultado seja o pior desde a Grande Depressão, quando o índice excedeu os 30%. O desemprego básico em outubro foi de 10,2%, a primeira vez em 26 anos em que atingiu a marca dos dois dígitos. Como resultado, o governo Obama, na sexta-feira, prolongou os benefícios desemprego, bem como os cortes de impostos para os compradores de casas, e o Federal Reserve anunciou que manteria em zero a taxa básica de juros. Desde outubro de 2007, porém, 7 milhões de pessoas perderam o emprego. Há hoje quase 16 milhões de desempregados. Quando desempregados e subempregados são computados no mesmo total, um em cada seis trabalhadores norte-americanos não foi capaz de encontrar emprego no mês passado. Os salários das pessoas empregadas cresceram, em média, entre 1,5% e 2,5% nos últimos 12 meses. Esse é um fenômeno novo. Durante a recessão dos anos 70, os salários semanais reais caíram 7% e, durante a recessão dos anos 80, caíram 4%. O quadro geral, no entanto, é de fato muito sombrio. Para os homens, o desemprego é agora de 10,7% -e de 8,1% para as mulheres; para os negros, o índice chega a 15,7%; entre os hispânicos, a 13,1%; entre os adolescentes, a 27,6%. Para as pessoas sem trabalho, encontrar um novo emprego é virtualmente impossível. Os gastos do governo para estimular a economia demoram a chegar ao cidadão médio. Os grandes resgates foram dirigidos às maiores instituições de Wall Street, o que significa que o argumento de "grande demais para falir" prevaleceu quanto a isso. Com uma espantosa falta de sensibilidade, os banqueiros continuaram a se pagar imensas bonificações e nada parecem ter aprendido com as experiências dos 12 últimos meses. O índice industrial médio Dow Jones voltou a ultrapassar os 10 mil pontos, e Wall Street continua a interpretar os números do desemprego no mês passado como "menos ruins do que se esperava". O ritmo de elevação do desemprego claramente se reduziu: 188 mil empregos perdidos no mês passado, ante a média mensal de 645 mil entre novembro de 2008 e abril deste ano. Representam algum alívio para as pessoas que estão procurando emprego desesperadamente, mas não apontam para uma recuperação econômica imediata ou rápida. |
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