quinta-feira, julho 23, 2009

PAULO ROBERTO FALCÃO

Drible e deboche

ZERO HORA - RS - 23/07/09

Aconteceu de novo. Na semana passada, um jogador do Vasco foi advertido pelo árbitro por ter passado o pé duas vezes sobre a bola antes de tentar o drible. Sentindo-se autorizado pela atitude do juiz, os adversários também xingaram o garoto responsável pela firula. O incidente ocorreu no jogo da Série B, entre Vasco e ABC, em São Januário. O árbitro Luiz Alberto Bites, de Goiás, advertiu o jovem Phillipe Coutinho alegadamente para preservá-lo da ira dos jogadores do ABC, depois de vê-lo passar o pé duas vezes por cima da bola antes de tentar um drible.

O juiz, equivocadamente, interpretou como deboche, pois o Vasco vencia o jogo. Foi um exagero tão grande que o presidente da Comissão Nacional de Arbitragem, Sérgio Corrêa, condenou publicamente a atitude: “Disse que não é função dele coibir lances como aquele. Ele tem é que punir quem agride. Futebol é espetáculo”.

Também acho, mas não sou tão liberal assim com o deboche. Se o jogador dribla sem nenhum objetivo, apenas para ridicularizar o adversário, pode estar abusando da sua habilidade e de uma eventual vantagem de sua equipe em campo. Este tipo de lance não pode ser aprovado, pois quase sempre resulta em resposta violenta do adversário. Evidentemente, a violência também precisa ser condenada, mas o melhor é não haver a provocação.

Só que cabe muito mais ao treinador orientar os jogadores sobre isso do que ao árbitro.

Irregularidade

Paulo Autuori ainda não conseguiu dar o Grêmio a capacidade de atuar fora de casa como atua no Olímpico. Ontem, mesmo jogando contra 10 jogadores desde os 16 do segundo tempo, o Grêmio não conseguiu criar situações de gol para buscar o empate. O Avaí fez o seu gol e segurou o resultado.

Queda

Depois de livrar dois gols, o mínimo que se podia esperar do Inter era a manutenção do resultado. Mas, novamente, o time teve queda de rendimento no segundo tempo e deixou o São Paulo empatar.

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