Após um período de maior recolhimento, Dilma Rousseff comandará na semana que vem o balanço consolidado de dois anos do PAC, com direito a power point, exibição de vídeos e lançamento de nova campanha publicitária. Duas parciais já foram apresentadas pela ministra-candidata no Rio Grande do Sul e no Amazonas. Dado o atraso das obras mais vistosas, como hidrelétricas e estradas, o carro-chefe da numeralha será o saneamento básico. Dilma prometerá a conclusão de 470 obras nessa área até o fim do ano.
O evento também servirá para mostrar a ministra a todo vapor, a despeito do tratamento contra o câncer. Para enfatizar esse aspecto, será retomada a agenda de viagens pelos Estados com a caravana do PAC.
Adiou. Relator no STF do caso da violação do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa, Gilmar Mendes recuou da disposição de realizar em 4 de junho o julgamento do pedido de abertura de processo criminal contra o ex-ministro Antonio Palocci. Além de Menezes Direito, em licença, outros ministros indicaram que estarão ausentes na próxima semana. Mendes considera que o caso não deve ser resolvido com quórum baixo.
Tô dentro. José Eduardo Dutra procurou Ricardo Berzoini para se apresentar como candidato à sucessão do presidente do PT, caso a vaga não fique com Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula.
Tô fora. Se viabilizar sua candidatura, Dutra deixará o comando da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras, bem no início da CPI, cujas investigações deverão incluir seu período na presidência da estatal (2003-2005).
Nem te ligo 1. Enquanto o governo apronta a numeralha do PAC, a oposição intensifica suas vistorias das obras nos Estados. Na semana que vem, PSDB e PPS irão se juntar à iniciativa do DEM.
Nem te ligo 2. A ordem no DEM é ignorar o fato de que deputados do partido assinaram a PEC de Jackson Barreto (PMDB-SE) abrindo a porta para o terceiro mandato de Lula. "Essa PEC não existe. Se o Jackson quer aparecer, não vamos servir de escada", afirma o presidente do partido, Rodrigo Maia (RJ).
Eu não. José Sarney (PMDB-AP) nega ter pedido a cassação das credenciais da equipe do humorístico "CQC", que o chamou de "dinossauro". O assunto, diz, é de responsabilidade da primeira-secretaria do Senado.
Tem jogo. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), disse ao ministro José Múcio (Relações Institucionais) que é possível reverter a nomeação de Arthur Virgílio (PSDB-AM) para a relatoria da CPI das ONGs. Segundo Jucá, a base teria até como destituir Heráclito Fortes (DEM-PI) da presidência.
Buraco do tatu. Ao instalar Virgílio na CPI das ONGs, como resposta à blindagem do governo na comissão da Petrobras, a oposição acertou o empréstimo de técnicos do TCU para vasculhar dados da estatal que o ex-relator Inácio Arruda (PC do B-CE) varrera para debaixo do tapete.
Padrinhos mágicos. A oposição espera ainda contar com alguma camaradagem dos ministros que emplacou no TCU, maioria no tribunal.
O outro. Ex-prefeito de São José dos Campos, o deputado Emanuel Fernandes (PSDB-SP) coletou 150 assinaturas na Câmara em favor da indicação do ex-diretor do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) Márcio Barbosa para a direção geral da Unesco. O governo apoia o egípcio Farouk Hosny.
Visitas à Folha. Lázaro de Mello Brandão, presidente do Conselho de Administração do Bradesco, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Luiz Carlos Trabuco Cappi, diretor-presidente do Bradesco, e Márcio Artur Laurelli Cypriano, membro do Conselho de Administração.
Andres L. Valencia, embaixador do México, visitou ontem a Folha. Estava com Salvador Arriola, cônsul-geral.
com VERA MAGALHÃES e SILVIO NAVARRO
Tiroteio
"Agora que foi aprovada a portabilidade na telefonia celular, vem aí a portabilidade de deputados e senadores."
Contraponto
Tamanho G Durante encontro na terça-feira em Salvador, Lula brincava com Hugo Chávez dizendo que, de tanto visitar a Bahia, o venezuelano passou a ser presenteado pelo governador Jaques Wagner (PT) com camisas que antes eram destinadas ao presidente brasileiro.
Lula ficou um instante quieto, enquanto Chávez sorria, e então completou:
-Mas eu não sinto ciúmes... Como você está engordando, acabaria herdando as minhas camisas de qualquer jeito!
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