quarta-feira, março 10, 2010
MÍRIAM LEITÃO
Visão da Petrobras
O Globo - 10/03/2010
A Petrobras espera que até o final de maio seja aprovada no Senado a nova legislação que permitirá fazer a capitalização. Do contrário, ficará tarde demais para ser este ano. A tendência do governo é fazer uma oferta privada de ações e não pública. A ministra Dilma Rousseff é hoje presidente do Conselho de Administração da empresa e nada a obriga a se afastar do posto, para fazer campanha.
Falei ontem com o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, sobre a operação de aumento de capital da Petrobras. A estatal diverge de alguns pontos da coluna de sábado.
Eles não acham que a transferência dos 5 bilhões de barris de petróleo para a empresa trará qualquer prejuízo a alguém. Acham que a União, que tem o monopólio, pode transferi-lo para terceiros. De que forma? A Lei 9.478, Lei do Petróleo, fala em leilão de concessão, mas na visão do diretor Barbassa essa é apenas uma das formas. Uma nova legislação criaria novas possibilidades, como a partilha e a “cessão onerosa”.
Onerosa porque a empresa vai pagar pelos barris. Dúvidas: vai pagar quanto, quando e como? Quanto: quem vai dizer serão as empresas contratadas, como expliquei aqui. Quando: isso vai depender da aprovação do projeto do pré-sal no Senado.
Como: será com os títulos que o governo vai emitir para capitalizar a Petrobras: — A União poderá capitalizar a empresa com títulos ou com dinheiro, e os minoritários também poderão acompanhar a capitalização com dinheiro ou com títulos do Tesouro, se eles assim preferirem — disse Barbassa.
A operação será em duas etapas: o governo transfere os títulos, e depois, quando fizer a “cessão onerosa” dos 5 bilhões de barris do pré-sal, a Petrobras pagaria à União com esses títulos, como expliquei.
Mas a estatal não acha que essa operação será lesiva a quem quer que seja: — Duas empresas, uma contratada pelo Tesouro, outra por nós, vão avaliar o preço desse petróleo. Mas atribuir valor a um bem que está em área de difícil acesso, como o pré-sal, é difícil. Por isso, no contrato haverá uma cláusula estabelecendo que em um ou dois anos haverá revisão dessa precificação.
No fim do ano, a empresa já estará produzindo no piloto de Tupi 100 mil barris/dia, e o diretor acha que isso ajudará muito este processo de revisão do preço. Um conselho de minoritários, constituído para acompanhar o assunto, verá se é necessária uma terceira avaliação.
Barbassa disse também que ainda não está decidido se o aumento do capital será uma oferta pública ou uma oferta privada: — Ainda não foi tomada essa decisão, mas a inclinação é que seja uma oferta privada, ou seja, só poderão comprar ações os já acionistas da empresa.
A questão é que o calendário começa a ficar apertado: — A operação deveria ser estruturada e feita até julho, porque em agosto o mercado de capitais internacional entra de férias. Ninguém opera em agosto. Em setembro o Brasil estará muito perto da eleição. E será uma eleição pesada em três níveis, não seria recomendável fazer a operação. Em outubro será a eleição.
O melhor cenário, segundo o diretor, é que o Senado avalie e vote dentro de 45 dias ou até meados de maio, para que a empresa possa estruturar a capitalização.
Perguntei se a ministra Dilma Rousseff, que estará concorrendo às eleições, vai se afastar do Conselho de Administração da Petrobras. Ela é a presidente do Conselho.
No mercado, há quem ache temerário mantê-la, entre outras coisas porque haveria um claro problema de governança na empresa: — Ao que eu saiba não (vai sair). Não é uma obrigação que ela saia.
Barbassa rebateu o argumento de que ao fazer a transferência desses 5 bilhões de barris — a cessão onerosa — o governo Federal estaria roubando os estados produtores, porque eles não vão receber participação especial: — Discordo, porque a União, que tem o monopólio, pode dispor desses ativos. O imposto não é um direito adquirido dos estados. Em relação aos campos já licitados, mesmo de pré-sal, como Tupi, Iara, Guará, Júpiter, Carioca, Bem-Te-Vi, que foram em regime de concessão, os estados receberão royalties e participação especial, mas o que cai fora do bloco concedido pode ser um outro regime.
Barbassa não quis falar o que acha de o governo estar torcendo o nariz para a possível participação dos cotistas do FGTS no aumento de capital. Admite, no entanto, que a primeira operação de venda de ações para o fundo foi boa.
Ele confirma que o governo tem interesse em aumentar a sua participação no total das ações da empresa, e talvez isso explique a inclinação pelo modelo de oferta privada, em vez de oferta pública de ações.
— Isso é positivo. Mostra que o controlador confia no ativo, já que o Tesouro tem hoje já ações suficientes que lhe dão o controle. Acaba sendo um incentivo aos demais acionistas.
Sobre o baixo desempenho das ações da empresa, que estão bem abaixo da valorização do Ibovespa, Barbassa disse que é assim mesmo: — Quando é esperada uma emissão de ações de grande porte, o mercado joga para baixo na expectativa da aprovação da operação.
A Petrobras espera que até o final de maio seja aprovada no Senado a nova legislação que permitirá fazer a capitalização. Do contrário, ficará tarde demais para ser este ano. A tendência do governo é fazer uma oferta privada de ações e não pública. A ministra Dilma Rousseff é hoje presidente do Conselho de Administração da empresa e nada a obriga a se afastar do posto, para fazer campanha.
Falei ontem com o diretor financeiro da estatal, Almir Barbassa, sobre a operação de aumento de capital da Petrobras. A estatal diverge de alguns pontos da coluna de sábado.
Eles não acham que a transferência dos 5 bilhões de barris de petróleo para a empresa trará qualquer prejuízo a alguém. Acham que a União, que tem o monopólio, pode transferi-lo para terceiros. De que forma? A Lei 9.478, Lei do Petróleo, fala em leilão de concessão, mas na visão do diretor Barbassa essa é apenas uma das formas. Uma nova legislação criaria novas possibilidades, como a partilha e a “cessão onerosa”.
Onerosa porque a empresa vai pagar pelos barris. Dúvidas: vai pagar quanto, quando e como? Quanto: quem vai dizer serão as empresas contratadas, como expliquei aqui. Quando: isso vai depender da aprovação do projeto do pré-sal no Senado.
Como: será com os títulos que o governo vai emitir para capitalizar a Petrobras: — A União poderá capitalizar a empresa com títulos ou com dinheiro, e os minoritários também poderão acompanhar a capitalização com dinheiro ou com títulos do Tesouro, se eles assim preferirem — disse Barbassa.
A operação será em duas etapas: o governo transfere os títulos, e depois, quando fizer a “cessão onerosa” dos 5 bilhões de barris do pré-sal, a Petrobras pagaria à União com esses títulos, como expliquei.
Mas a estatal não acha que essa operação será lesiva a quem quer que seja: — Duas empresas, uma contratada pelo Tesouro, outra por nós, vão avaliar o preço desse petróleo. Mas atribuir valor a um bem que está em área de difícil acesso, como o pré-sal, é difícil. Por isso, no contrato haverá uma cláusula estabelecendo que em um ou dois anos haverá revisão dessa precificação.
No fim do ano, a empresa já estará produzindo no piloto de Tupi 100 mil barris/dia, e o diretor acha que isso ajudará muito este processo de revisão do preço. Um conselho de minoritários, constituído para acompanhar o assunto, verá se é necessária uma terceira avaliação.
Barbassa disse também que ainda não está decidido se o aumento do capital será uma oferta pública ou uma oferta privada: — Ainda não foi tomada essa decisão, mas a inclinação é que seja uma oferta privada, ou seja, só poderão comprar ações os já acionistas da empresa.
A questão é que o calendário começa a ficar apertado: — A operação deveria ser estruturada e feita até julho, porque em agosto o mercado de capitais internacional entra de férias. Ninguém opera em agosto. Em setembro o Brasil estará muito perto da eleição. E será uma eleição pesada em três níveis, não seria recomendável fazer a operação. Em outubro será a eleição.
O melhor cenário, segundo o diretor, é que o Senado avalie e vote dentro de 45 dias ou até meados de maio, para que a empresa possa estruturar a capitalização.
Perguntei se a ministra Dilma Rousseff, que estará concorrendo às eleições, vai se afastar do Conselho de Administração da Petrobras. Ela é a presidente do Conselho.
No mercado, há quem ache temerário mantê-la, entre outras coisas porque haveria um claro problema de governança na empresa: — Ao que eu saiba não (vai sair). Não é uma obrigação que ela saia.
Barbassa rebateu o argumento de que ao fazer a transferência desses 5 bilhões de barris — a cessão onerosa — o governo Federal estaria roubando os estados produtores, porque eles não vão receber participação especial: — Discordo, porque a União, que tem o monopólio, pode dispor desses ativos. O imposto não é um direito adquirido dos estados. Em relação aos campos já licitados, mesmo de pré-sal, como Tupi, Iara, Guará, Júpiter, Carioca, Bem-Te-Vi, que foram em regime de concessão, os estados receberão royalties e participação especial, mas o que cai fora do bloco concedido pode ser um outro regime.
Barbassa não quis falar o que acha de o governo estar torcendo o nariz para a possível participação dos cotistas do FGTS no aumento de capital. Admite, no entanto, que a primeira operação de venda de ações para o fundo foi boa.
Ele confirma que o governo tem interesse em aumentar a sua participação no total das ações da empresa, e talvez isso explique a inclinação pelo modelo de oferta privada, em vez de oferta pública de ações.
— Isso é positivo. Mostra que o controlador confia no ativo, já que o Tesouro tem hoje já ações suficientes que lhe dão o controle. Acaba sendo um incentivo aos demais acionistas.
Sobre o baixo desempenho das ações da empresa, que estão bem abaixo da valorização do Ibovespa, Barbassa disse que é assim mesmo: — Quando é esperada uma emissão de ações de grande porte, o mercado joga para baixo na expectativa da aprovação da operação.
JOSÉ SIMÃO
Socuerro! O Dourado é o Zeca Urubu!
FOLHA DE SÃO PAULO - 10/03/10
Kathryn Bigelow é a pior ex-mulher do mundo: ficou com a guarda dos filhos e com os Oscars!
BUEMBA! BUEMBA! Macaco Simão Urgente! O esculhambador-geral da República! Direto do País da Piada Pronta! E sabe como se chama o presidente interino da Nigéria? GOODLUCK Jonathan! Rarará! Vai precisar mesmo!
E continua a semana da mulher. Perereca Week! Deus criou o mundo em seis dias, no sétimo descansou, na segunda criou a mulher. E aí ninguém mais descansou. Rarará!
E agora o mundo é das mulheres. Antigamente a mulher só falava três coisas: "Pra dentro, menino", "Xô, galinha" e "A janta tá na mesa". Agora ela fala três coisas: "Xô, marido", "Bota o menino pra dentro" e "Quando eu voltar, eu quero a janta na mesa". E um amigo fez uma coisa horrível no Dia da Mulher: levou a mulher pra jantar fora, depois levou a um motel, aí tirou a roupa dela e cochichou: "VOCÊ ENGORDOU?".
E aquele Dourado do "BBB"? Ele deve ter ficado possesso: "Eu quero um Dia Internacional do Homem, porra!". Esse negócio de dia da mulher é coisa de viado. E a Vigilância Sanitária ainda não interditou esse Dourado!? Que tá a cara do Zeca Urubu do desenho do Pica-pau. E aquele personal trainer Cadu tá a cara do Brutus do desenho do Popeye!
E o Oscareta 2010?? Kathryn Bigelow (ai, esse nome não dá pra minha língua, não) ganhou o Oscar por "Guerra ao Terror". Ela é ex-mulher do Cameron, do "Avatar". Ela é a pior ex-mulher do mundo: ficou com a casa, com a guarda dos filhos, com o cachorro, com o jardineiro e com as estatuetas do Oscar! E ainda falou pra ele: "AH, VAI DAR!".
E o Serra? Como diz o Serra Vampiro Anêmico: "Tenho que decidir agora?". Rarará! E adorei a charge do Samuca com o Serra no espelho: "Sou candidato ou não sou?". E o espelho: "Já estou perdendo a paciência". Essa charge só tem um erro: vampiro não reflete a imagem no espelho. Rarará! Tucanos à beira de um ataque de nervos! E sabe por que tá tendo tanto terremoto? Porque o Ronalducho Fofômeno resolveu jogar e tá abalando as placas terrestres. Rarará! É mole? É mole, mas sobe! Ou, como disse aquele outro: é mole, mas trisca pra ver o que acontece.
Antitucanês Reloaded, a Missão. Continuo com a minha heroica e mesopotâmica campanha "Morte ao Tucanês". Cartaz numa rua de São Paulo: "Hoje! Churrasquinho de gato! Ciamês: 1,99. DA PESTE: 0,99!". Ueba. Mais direto, impossível. Viva o antitucanês. Viva o Brasil!
E atenção! Cartilha do Lula. O Orélio do Lula. Mais um verbete pro óbvio lulante. "Psicopata": companheiro veterinário especialista em doenças mentais. O lulês é mais fácil que o ingrêis. Nóis sofre, mas nóis goza. Hoje só amanhã. Que eu vou pingar o meu colírio alucinógeno.
MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
PIB deve crescer 4,7% no 4º tri, diz Credit
Folha de S.Paulo - 10/03/2010
O resultado do PIB do quarto trimestre de 2009, que será divulgado amanhã pelo IBGE, deve apresentar crescimento de 4,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, de acordo com a projeção do Credit Suisse.
O mercado espera crescimento de 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) do último trimestre do ano passado.
A expansão acontece após três trimestres seguidos de retração, devido aos impactos da crise financeira internacional. No terceiro trimestre, a economia brasileira havia tido retração de 1,2% ante o mesmo período de 2008.
"O crescimento confirma a forte recuperação da atividade econômica no Brasil, em particular dos investimentos", afirma Nilson Teixeira, economista-chefe do banco.
O perfil da recuperação, segundo Teixeira, liderada pela demanda doméstica, é diferente das retomadas passadas, que em geral foram lideradas pelas exportações. "Esse perfil tende a se repetir nos próximos trimestres, embora em ritmo menos acelerado do que o observado até agora", diz.
Na comparação com o terceiro trimestre, a previsão é de crescimento em todos os componentes do PIB sob a ótica da demanda, com destaque para a expansão dos investimentos. "Os investimentos continuarão crescendo nos próximos anos."
EM REDE
A multinacional brasileira CMA, especializada em tecnologia para o mercado financeiro, acaba de instalar um sistema para facilitar o acesso de estrangeiros à BM&FBovespa. A solução tecnológica, um "hub", permite que uma única corretora internacional opere com várias corretoras nacionais, que tenham conexão com a rede da CMA. A empresa fez parcerias com companhias de tecnologia dos Estados Unidos, da Europa e da América Latina, para conectar corretores do mundo todo ao Brasil, segundo Romualdo Salata, diretor-geral da CMA. "Apesar da globalização tecnológica, o investidor estrangeiro ainda tem dificuldades em encontrar um canal para operar no Brasil", afirma Salata. A parceria deverá permitir operações diretas entre corretoras nacionais e mais de 500 corretores internacionais.
UNIVERSO FEMININO 1
A paridade entre mulheres e homens no mercado de trabalho ainda é desigual, mas a presença feminina é crescente em cargos decisórios e estratégicos em todo o mundo, segundo pesquisa feita pela Deloitte. O setor público tem sido mais rápido em reconhecer mulheres talentosas do que o privado.
UNIVERSO FEMININO 2
Quase 10% dos chefes de Estado membros das Nações Unidas são mulheres. Mas só 3% das mil maiores empresas multinacionais têm uma mulher presidente. Elas já ocupam 20% das cadeiras parlamentares. No setor privado, só 13,5% dos executivos das 500 maiores americanas são mulheres.
ESTUDO FISCAL
O Núcleo de Estudos Fiscais da Direito GV, coordenado pelo professor Eurico Marcos Diniz de Santi, recebe hoje o diretor da EESP, Yoshiaki Nakano, e o senador Rogelio Rueda Sanchéz, que deverão debater as experiências brasileira e mexicana sobre os respectivos projetos de reforma fiscal.
VOADORES
No dia 15, Constantino de Oliveira Jr. (Gol), José Efromovich (OceanAir), José Mario Caprioli (Trip), Líbano Barroso (TAM) e Pedro Janot (Azul) debaterão sobre competitividade da aviação, entraves e necessidades do mercado, em SP, na 8ª edição do Fórum Panrotas Tendências do Turismo.
Bolsa de Valores de Nova York tem alta de 61% após fundo do poço
Em 9 de março de 2009, a Bolsa de Nova York atingiu o menor patamar desde 2006, marcada pela pior crise global em mais de 60 anos. Passado um ano, muitas das incertezas econômicas permanecem, mas a maior parte das perdas foi recuperada.
Nos últimos 12 meses, o índice Dow Jones, o mais importante de Nova York, valorizou-se em 61,4%. Nesse período, nenhuma de suas 30 ações está no negativo, e a maior alta é a do Bank of America, que subiu 348%.
Mas, assim como a alta hoje é acentuada, a queda, que teve início ainda em 2007, também foi. Para ter uma ideia, apesar de toda a subida recente, o papel do Bank of America ainda vale 69% menos do que o pico, em 2006.
Situação semelhante à do Dow Jones, que está em um nível 25% inferior ao do pico.
CLUBE DOS MILIONÁRIOS
Os milionários dos Estados Unidos estão de volta. O número de famílias no país, com patrimônio líquido de US$ 1 milhão ou mais, cresceu 16% no ano passado, atingindo 7,8 milhões, segundo levantamento do Spectrem Group. Apesar do aumento, esse número ainda está aquém do pico de 9,2 milhões contabilizados em 2007, antes da crise financeira. Já a população com patrimônio de mais de US$ 5 milhões avançou para 980 mil, o que representa crescimento de 17% na comparação com 2008. "Os milionários do país estão retornando da recessão", disse George Walper Jr., presidente do Spectrem.
O resultado do PIB do quarto trimestre de 2009, que será divulgado amanhã pelo IBGE, deve apresentar crescimento de 4,7% na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, de acordo com a projeção do Credit Suisse.
O mercado espera crescimento de 4,5% no PIB (Produto Interno Bruto) do último trimestre do ano passado.
A expansão acontece após três trimestres seguidos de retração, devido aos impactos da crise financeira internacional. No terceiro trimestre, a economia brasileira havia tido retração de 1,2% ante o mesmo período de 2008.
"O crescimento confirma a forte recuperação da atividade econômica no Brasil, em particular dos investimentos", afirma Nilson Teixeira, economista-chefe do banco.
O perfil da recuperação, segundo Teixeira, liderada pela demanda doméstica, é diferente das retomadas passadas, que em geral foram lideradas pelas exportações. "Esse perfil tende a se repetir nos próximos trimestres, embora em ritmo menos acelerado do que o observado até agora", diz.
Na comparação com o terceiro trimestre, a previsão é de crescimento em todos os componentes do PIB sob a ótica da demanda, com destaque para a expansão dos investimentos. "Os investimentos continuarão crescendo nos próximos anos."
EM REDE
A multinacional brasileira CMA, especializada em tecnologia para o mercado financeiro, acaba de instalar um sistema para facilitar o acesso de estrangeiros à BM&FBovespa. A solução tecnológica, um "hub", permite que uma única corretora internacional opere com várias corretoras nacionais, que tenham conexão com a rede da CMA. A empresa fez parcerias com companhias de tecnologia dos Estados Unidos, da Europa e da América Latina, para conectar corretores do mundo todo ao Brasil, segundo Romualdo Salata, diretor-geral da CMA. "Apesar da globalização tecnológica, o investidor estrangeiro ainda tem dificuldades em encontrar um canal para operar no Brasil", afirma Salata. A parceria deverá permitir operações diretas entre corretoras nacionais e mais de 500 corretores internacionais.
UNIVERSO FEMININO 1
A paridade entre mulheres e homens no mercado de trabalho ainda é desigual, mas a presença feminina é crescente em cargos decisórios e estratégicos em todo o mundo, segundo pesquisa feita pela Deloitte. O setor público tem sido mais rápido em reconhecer mulheres talentosas do que o privado.
UNIVERSO FEMININO 2
Quase 10% dos chefes de Estado membros das Nações Unidas são mulheres. Mas só 3% das mil maiores empresas multinacionais têm uma mulher presidente. Elas já ocupam 20% das cadeiras parlamentares. No setor privado, só 13,5% dos executivos das 500 maiores americanas são mulheres.
ESTUDO FISCAL
O Núcleo de Estudos Fiscais da Direito GV, coordenado pelo professor Eurico Marcos Diniz de Santi, recebe hoje o diretor da EESP, Yoshiaki Nakano, e o senador Rogelio Rueda Sanchéz, que deverão debater as experiências brasileira e mexicana sobre os respectivos projetos de reforma fiscal.
VOADORES
No dia 15, Constantino de Oliveira Jr. (Gol), José Efromovich (OceanAir), José Mario Caprioli (Trip), Líbano Barroso (TAM) e Pedro Janot (Azul) debaterão sobre competitividade da aviação, entraves e necessidades do mercado, em SP, na 8ª edição do Fórum Panrotas Tendências do Turismo.
Bolsa de Valores de Nova York tem alta de 61% após fundo do poço
Em 9 de março de 2009, a Bolsa de Nova York atingiu o menor patamar desde 2006, marcada pela pior crise global em mais de 60 anos. Passado um ano, muitas das incertezas econômicas permanecem, mas a maior parte das perdas foi recuperada.
Nos últimos 12 meses, o índice Dow Jones, o mais importante de Nova York, valorizou-se em 61,4%. Nesse período, nenhuma de suas 30 ações está no negativo, e a maior alta é a do Bank of America, que subiu 348%.
Mas, assim como a alta hoje é acentuada, a queda, que teve início ainda em 2007, também foi. Para ter uma ideia, apesar de toda a subida recente, o papel do Bank of America ainda vale 69% menos do que o pico, em 2006.
Situação semelhante à do Dow Jones, que está em um nível 25% inferior ao do pico.
CLUBE DOS MILIONÁRIOS
Os milionários dos Estados Unidos estão de volta. O número de famílias no país, com patrimônio líquido de US$ 1 milhão ou mais, cresceu 16% no ano passado, atingindo 7,8 milhões, segundo levantamento do Spectrem Group. Apesar do aumento, esse número ainda está aquém do pico de 9,2 milhões contabilizados em 2007, antes da crise financeira. Já a população com patrimônio de mais de US$ 5 milhões avançou para 980 mil, o que representa crescimento de 17% na comparação com 2008. "Os milionários do país estão retornando da recessão", disse George Walper Jr., presidente do Spectrem.
ELIO GASPARI
De Edwin.Morgan@edu para T.Shannon@gov
O Globo - 10/03/2010
Se algum diplomata americano não souber quem sou eu, o Departamento de Estado terá caído muito de qualidade. Fui embaixador dos Estados Unidos no Brasil de 1912 a 1933. Faça a conta, 21 anos.
Nenhum embaixador nosso ficou tanto tempo num país. Terminada minha missão, continuei em Petrópolis, morando no palácio do Grão-Pará. De lá, fui para o cemitério municipal, onde permaneço.
Antes de escrever esta carta conversei com o Lincoln Gordon (Harvard, 1933; eu sou da turma de 1890). Ele acabou de chegar aqui e conversamos bastante.
Os Estados Unidos e o Brasil vivem uma ocasião rara nas suas relações. Pela primeira vez em muito tempo, precisamos dos brasileiros e é bom que seja assim. Eles podem nos ajudar com o Irã, nos ajudam a conter aqueles dois indígenas dos Andes e seríamos muito ingênuos se deixássemos Lula cair na zona de influência dos europeus, tão desregrados nas suas paixões por esquerdistas latino-americanos com "panache" romântico.
Acho que em Washington vive-se um momento de infantilidade nesse caso em que a Organização Mundial do Comércio autorizou os brasileiros a retaliar por conta do nosso protecionismo com o algodão. O senhor disse que "retaliações provocam contrarretaliações".
Nosso governo acaba de anunciar que ficou "decepcionado" com a medida dos brasileiros.
Não podemos ameaçar bilateralmente um país que litigou conosco num foro multilateral e prevaleceu. Sei das nossas conversas com empresários americanos aí no Brasil. Cuidado, embaixador. O maior deles foi o Percival Farquhar. Eu o vi trabalhar no Rio, sobretudo na imprensa. O Farquhar foi dono de quase toda a infraestrutura de transportes públicos, portos, telefonia e eletricidade do Brasil. Perdeu muito, amargurou-se e passou a me odiar, atacando até mesmo minha orientação sexual. Eu mostrei a ele que a embaixada era do governo, e não sua.
Se lhe digo para não dar muita importância aos nossos homens de negócio, rogo-lhe que dê menos atenção ainda aos empresários brasileiros que vão ao seu encontro. A meu juízo, o senhor não deveria tratar com eles assuntos que tramitam ao nível dos dois Estados, mas sou da velha escola, do colarinho duro e do cabelo gomalinado.
Eu conheci episódios que incluíram tristes e gordas propinas para negociadores brasileiros. Sei de outros que nos fizeram concessões de graça, mas não posso contar porque soube desses casos depois que cheguei aqui. Esse tempo acabou. Quando entramos no litígio do algodão, sabíamos que podíamos perder. Tendo perdido, os brasileiros têm o direito de retaliar. Nós não devemos ameaçá-los nem ficar "decepcionados". Basta negociar, negociar e repetir que estamos negociando.
O presidente Obama estabeleceu uma relação invejável com Lula. Coisa sem precedente. Não desperdice a oportunidade.
Despeço-me pedindo um favor. Registre em algum lugar da memória da nossa embaixada que é falsa a história segundo a qual eu inventei a caipirinha. Será que alguém é capaz de acreditar que seria necessário um gringo para juntar limão à cachaça? Acho que a lenda nasceu porque eu oferecia daiquiris nas minhas recepções. Afinal, servi em Cuba antes de vir para este adorável país.
Com meus cumprimentos e os votos pelo seu êxito
Edwin Vernon Morgan
Se algum diplomata americano não souber quem sou eu, o Departamento de Estado terá caído muito de qualidade. Fui embaixador dos Estados Unidos no Brasil de 1912 a 1933. Faça a conta, 21 anos.
Nenhum embaixador nosso ficou tanto tempo num país. Terminada minha missão, continuei em Petrópolis, morando no palácio do Grão-Pará. De lá, fui para o cemitério municipal, onde permaneço.
Antes de escrever esta carta conversei com o Lincoln Gordon (Harvard, 1933; eu sou da turma de 1890). Ele acabou de chegar aqui e conversamos bastante.
Os Estados Unidos e o Brasil vivem uma ocasião rara nas suas relações. Pela primeira vez em muito tempo, precisamos dos brasileiros e é bom que seja assim. Eles podem nos ajudar com o Irã, nos ajudam a conter aqueles dois indígenas dos Andes e seríamos muito ingênuos se deixássemos Lula cair na zona de influência dos europeus, tão desregrados nas suas paixões por esquerdistas latino-americanos com "panache" romântico.
Acho que em Washington vive-se um momento de infantilidade nesse caso em que a Organização Mundial do Comércio autorizou os brasileiros a retaliar por conta do nosso protecionismo com o algodão. O senhor disse que "retaliações provocam contrarretaliações".
Nosso governo acaba de anunciar que ficou "decepcionado" com a medida dos brasileiros.
Não podemos ameaçar bilateralmente um país que litigou conosco num foro multilateral e prevaleceu. Sei das nossas conversas com empresários americanos aí no Brasil. Cuidado, embaixador. O maior deles foi o Percival Farquhar. Eu o vi trabalhar no Rio, sobretudo na imprensa. O Farquhar foi dono de quase toda a infraestrutura de transportes públicos, portos, telefonia e eletricidade do Brasil. Perdeu muito, amargurou-se e passou a me odiar, atacando até mesmo minha orientação sexual. Eu mostrei a ele que a embaixada era do governo, e não sua.
Se lhe digo para não dar muita importância aos nossos homens de negócio, rogo-lhe que dê menos atenção ainda aos empresários brasileiros que vão ao seu encontro. A meu juízo, o senhor não deveria tratar com eles assuntos que tramitam ao nível dos dois Estados, mas sou da velha escola, do colarinho duro e do cabelo gomalinado.
Eu conheci episódios que incluíram tristes e gordas propinas para negociadores brasileiros. Sei de outros que nos fizeram concessões de graça, mas não posso contar porque soube desses casos depois que cheguei aqui. Esse tempo acabou. Quando entramos no litígio do algodão, sabíamos que podíamos perder. Tendo perdido, os brasileiros têm o direito de retaliar. Nós não devemos ameaçá-los nem ficar "decepcionados". Basta negociar, negociar e repetir que estamos negociando.
O presidente Obama estabeleceu uma relação invejável com Lula. Coisa sem precedente. Não desperdice a oportunidade.
Despeço-me pedindo um favor. Registre em algum lugar da memória da nossa embaixada que é falsa a história segundo a qual eu inventei a caipirinha. Será que alguém é capaz de acreditar que seria necessário um gringo para juntar limão à cachaça? Acho que a lenda nasceu porque eu oferecia daiquiris nas minhas recepções. Afinal, servi em Cuba antes de vir para este adorável país.
Com meus cumprimentos e os votos pelo seu êxito
Edwin Vernon Morgan
MERVAL PEREIRA
Contradições
O GLOBO - 10/03/10
O prestígio internacional do presidente Lula está abalado depois de sua absurda mudez diante da morte do dissidente cubano Orlando Zapata Tamayo em uma prisão, após 85 dias de greve de fome, e de sua aproximação com a ditadura teocrática de Mahmoud Ahmadinejad no Irã.
O jornal espanhol “El País”, hoje o mais influente da Europa, que havia lhe dado o título de “homem do ano”, retirou simbolicamente seu apoio com uma crítica em editorial, afirmando que o governo brasileiro poderia exercer mais pressão sobre o regime cubano, em especial na área de defesa de direitos humanos.
Antes disso, já havia publicado um artigo do editor da respeitada revista de assuntos internacionais “Foreign Policy”, Moisés Naím, que colocou Lula como um dos cinco grandes hipócritas de 2009.
Os outros quatro hipócritas, segundo Naím, seriam: Os banqueiros, que sempre desdenharam o Estado e acreditavam no mercado e que, apesar de terem sido salvos pelo Estado na recente crise internacional, não aprenderam a lição; O ex-primeiro-ministro inglês Tony Blair, que declarou ter “profunda repulsa” por ditadores para justificar a necessidade de tirar Saddam Hussein do poder, mesmo que não tivesse armas de destruição em massa, mas, poucos dias depois, foi ao Azerbaijão para dar uma palestra na empresa do empresário mais rico do país, e se reuniu com o ditador Ilham Aliyev, amigo de seu anfitrião; “Os galãs” do Partido Republicano americano, que acusaram Bill Clinton de conduta inaceitável no affair Monica Lewinsky, e agora aparecem envolvidos em escândalos sexuais, como o governador da Carolina do Sul, Mark Sanford, ou o senador John Ensign; E os magistrados britânicos que deram ordem de prisão à ministra de Relações Exteriores de Israel, Tzipi Livni, acusada de crimes de guerra nos conflitos entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza, mas não acusaram Obama, Bush e Blair, por exemplo, pelos milhares de mortos no Iraque e Afeganistão.
Lula entrou na lista por não criticar as condutas autoritárias de seu amigo Hugo Chávez, e de criticar as eleições democráticas ocorridas em Honduras, enquanto defende a eleição fraudada de Mahmoud Ahmadinejad no Irã.
A leniência de Lula com a ditadura de Cuba, explicitada pela amistosa visita a Fidel no mesmo dia da morte de Zapata, reforça certamente a lista de justificativas.
Ontem, a agência de notícias Associated Press (AP) divulgou uma entrevista com Lula em que ele volta a falar sobre a prisão de dissidentes cubanos. O presidente brasileiro trata Cuba como se não fosse uma ditadura, e faz comparações absurdas com o sistema judiciário brasileiro: “Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos de prender as pessoas em função da legislação de Cuba, como quero que respeitem a do Brasil”.
Ou então: “Eu gostaria que não ocorresse (prisão de presos políticos), mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os prendeu, como não quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil”.
O mais grave, porém, é que Lula tratou como bandidos os presos políticos cubanos, e mais uma vez culpou o morto: “Eu acho que greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto dos direitos humanos para libertar pessoas. Imagine se todos os bandidos que estão presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade”.
Esses comentários do presidente Lula são preocupantes porque denotam que ele faz uma confusão terrível entre regimes democráticos e ditaduras, tratandoos igualmente.
É uma confusão mais grave do que a que faz entre o público e o privado. Recentemente, para justificar as inspeções que finge fazer em obras do PAC, mal acobertando a antecipação da campanha eleitoral, disse que só com “o olho do dono” as coisas andam.
Essa confusão conceitual de Lula pode ser definida pelo princípio da contradição de Aristóteles. Com duas proposições contrárias, se uma é verdadeira a outra é falsa.
Se Lula se diz um democrata, não pode aceitar a ditadura cubana. Se aceita, não é democrata.
O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, garante que não procede o comentário, publicado na coluna de domingo, de que esteja armando “umas bombinhas”, por onde passa no exterior, contra o provável candidato tucano à Presidência da República, José Serra, e muito menos que essa atitude seja parte de uma campanha sua para ser vice-presidente na chapa oficial de Dilma Rousseff.
De acordo com Meirelles, analistas que seguem o Brasil “leem o que Serra fala; eles leram a entrevista do senador Sérgio Guerra ( presidente do PSDB); leem o que o Nakano fala (Yoshiaki Nakano, ex-secretário de Fazenda de São Paulo no governo Mario Covas), o que o Bresser Pereira fala (ex-ministro da Fazenda e da Administração)”.
Meirelles diz que, quando esses analistas lhe perguntam o que acha das declarações do presidente do PSDB à revista “Veja”, de que se o partido ganhar vai mudar tudo na economia; ou de uma declaração do Serra, de que o câmbio tem que ser desvalorizado, e que os juros têm que cair, “eles sabem que não fecham as contas, dá inflação”.
O que eu faço, diz o presidente do Banco Central, é exatamente descartar isso.
Digo que independente do que algumas pessoas possam falar, acho que, devido aos ganhos de crescimento econômico, a melhora de padrão de vida da população, hoje o suporte político para estabilidade econômica não dá margem para grandes mudanças.
“E quando insistem, digo que o PSDB tem excelentes economistas, que fizeram grande trabalho no governo.
“Eu mesmo sugiro que conversem com o Armínio (Fraga, ex-presidente do Banco Central)”, conta.
O deputado do PT que está trabalhando na legislação que descriminaliza o uso de drogas é Paulo Teixeira, de São Paulo.
ANCELMO GÓIS
Melhor assim
O Globo - 10/03/2010
Discreto, como manda a diplomacia, Celso Amorim, ex-presidente da Embrafilme e pai de dois cineastas, manifestou ao chanceler do Irã, Manouchehr Mottaki, preocupação com a prisão de Jafar Panahi, diretor de “O balão branco” e “O círculo”.
Ela está podendo
Dilma Rousseff conversava ontem com o diretor do Greenpeace, o sul-africano Kumi Naidoo, quando uma secretária entrou e disse que Lula queria falar com ela. A ministra respondeu: — Por favor, diga ao presidente que estou aqui cumprindo uma missão dele.
Segue...
Passados 15 minutos, a secretária voltou, insistiu com o recado e obteve a mesma resposta: — Por favor, diga ao presidente que estou aqui cumprindo uma missão dele.
Retrato do velho
Acredite. No meio dessa barafunda tucana, há gente defendendo que o candidato do partido seja... FH, 78 anos.
Dono da verdade...
Por falar em FH, veja o que o ex-presidente disse segunda, na Casa do Saber, no Rio: — Todo presidente, em princípio, se acha maravilhoso, majestático, dono da verdade, tipo “não tem ninguém igual”. Quando sai se dá conta, pouco a pouco, de que não é bem assim.
Os sem cinema
Sérgio Cabral vai distribuir 800 mil ingressos de cinema a alunos da rede estadual do Rio a partir do dia 15 agora.
Roteiro turístico
Procedente da Argentina, quem visita o Brasil é o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle.
Em Buenos Aires, chamaram a atenção da revista alemã “Der Spiegel” os passeios de Michael Mronz, parceiro do ministro, gay assumido.
De volta ao lar
A Rádio Vestiário do Flamengo diz que Joana Machado estaria grávida de Adriano.
Daí o retorno do casal.
O craque nega. A conferir.
Até lá
Depois de boates nos EUA, na Argentina e na Alemanha, o funk carioca “Rap das armas” agora é o mais tocado numa academia de ginástica no Cazaquistão.
Outro lado
Luciana Gimenez diz que a coluna interpretou mal sua frase sobre o terremoto no Chile: — Não brinco com tragédia.
A vida como ela é
Acredite. Ontem, numa reunião do governo do Rio sobre a implosão do presídio Frei Caneca, sábado, às 11h, apareceu uma noiva que vai se casar na mesma hora numa Igreja Batista ao lado da penitenciária.
A mulher chorou, disse que não teria como cancelar o casamento, para 800 convidados.
Segue...
Até o pastor, presente, apelou: “Tenho fé que o governador vai mudar a hora da implosão.” A história comoveu os envolvidos na operação, que toparam mudar o horário para 12h15m.
Fumaça no palco
Estreia dia 13 de abril, no Rio, uma peça com Marcos Winter sobre... maconha. Vai se chamar “Diálogos de marijuana”.
Dirigida por Emílio Gallo, fala do cotidiano de um maconheiro.
Morar bem
O número de licenças concedidas em janeiro pela prefeitura do Rio para novas construções foi o maior em cinco anos.
Foram licenciados 333.567m².
No mais
O Confiança, time que o Fluminense enfrenta hoje pela Copa do Brasil, tem um torcedor ilustre: João Ubaldo Ribeiro.
Ubaldo passou a infância em Aracaju e vibrou com o “Dragão do Bairro Industrial”, como o clube é conhecido por suas origens proletárias na conquista do campeonato sergipano de 1951.
Mas...
No ano seguinte, o Confiança sucumbiu à força do CotinguibaSE , o “Tubarão da Praia”.
ZONA FRANCA
Sexta, no Pestana Rio Atlântica, haverá o Simpósio Mega Eventos Esportivos & Desenvolvimento Urbano Sustentável, organizado pela Câmara Brasil-Alemanha do Rio.
Sérgio Rodrigues lança “Sobrescritos”, na Travessa de Ipanema, hoje.
Júlio Lopes, diretor da Mais Criações, assina o conceito e a montagem da estrutura da Olimpíada do Conhecimento-Firjan.
Ruth Tupinambá assina os figurinos da peça “As estrelas não dormem”, no Teatro Café Pequeno, no Leblon.
Calper já vendeu mais de 85% do Lumina Corporate, em Nova Iguaçu.
A Dragonfly Blue abre showroom em Ipanema.
Sheik abre exposição hoje no Oi Futuro de Ipanema.
A DECISÃO DE LULA de devolver ao Paraguai o canhão El Cristiano, que está no Museu Histórico Nacional, no Rio, rende um grande debate entre historiadores. Adler Homero, do Iphan-Rio, fez até um manifesto: “Devolver não vai mudar a história e será um imenso desrespeito com os milhares de soldados brasileiros mortos.” José Neves Bittencourt, do Iphan-Minas, escreveu em seu blog: “Devolver um troféu de guerra é um ato de desrespeito difícil de descrever.” O superintendente do Iphan-Rio, Carlos Fernando Andrade, discorda: “Lutamos pelo repatriamento de todas as obras.” Para devolver o El Cristiano, Lula terá de destombá-lo. O canhão foi fundido em Assunção, em 1867, e apreendido por forças brasileiras depois de dois anos em combate
THELMA GUEDES, a autora da novela “Cama de gato”, da TV Globo, recebe o novo casal Ângelo Antônio e Juliana Didone no lançamento de seu livro “O outro escritor”, na Argumento
FERNANDA MONTENEGRO, a grande dama do nosso teatro, posa num chamego com a filha Fernanda Torres, que reestreou no Rio a peça “A casa dos budas ditosos”
Discreto, como manda a diplomacia, Celso Amorim, ex-presidente da Embrafilme e pai de dois cineastas, manifestou ao chanceler do Irã, Manouchehr Mottaki, preocupação com a prisão de Jafar Panahi, diretor de “O balão branco” e “O círculo”.
Ela está podendo
Dilma Rousseff conversava ontem com o diretor do Greenpeace, o sul-africano Kumi Naidoo, quando uma secretária entrou e disse que Lula queria falar com ela. A ministra respondeu: — Por favor, diga ao presidente que estou aqui cumprindo uma missão dele.
Segue...
Passados 15 minutos, a secretária voltou, insistiu com o recado e obteve a mesma resposta: — Por favor, diga ao presidente que estou aqui cumprindo uma missão dele.
Retrato do velho
Acredite. No meio dessa barafunda tucana, há gente defendendo que o candidato do partido seja... FH, 78 anos.
Dono da verdade...
Por falar em FH, veja o que o ex-presidente disse segunda, na Casa do Saber, no Rio: — Todo presidente, em princípio, se acha maravilhoso, majestático, dono da verdade, tipo “não tem ninguém igual”. Quando sai se dá conta, pouco a pouco, de que não é bem assim.
Os sem cinema
Sérgio Cabral vai distribuir 800 mil ingressos de cinema a alunos da rede estadual do Rio a partir do dia 15 agora.
Roteiro turístico
Procedente da Argentina, quem visita o Brasil é o ministro das Relações Exteriores alemão, Guido Westerwelle.
Em Buenos Aires, chamaram a atenção da revista alemã “Der Spiegel” os passeios de Michael Mronz, parceiro do ministro, gay assumido.
De volta ao lar
A Rádio Vestiário do Flamengo diz que Joana Machado estaria grávida de Adriano.
Daí o retorno do casal.
O craque nega. A conferir.
Até lá
Depois de boates nos EUA, na Argentina e na Alemanha, o funk carioca “Rap das armas” agora é o mais tocado numa academia de ginástica no Cazaquistão.
Outro lado
Luciana Gimenez diz que a coluna interpretou mal sua frase sobre o terremoto no Chile: — Não brinco com tragédia.
A vida como ela é
Acredite. Ontem, numa reunião do governo do Rio sobre a implosão do presídio Frei Caneca, sábado, às 11h, apareceu uma noiva que vai se casar na mesma hora numa Igreja Batista ao lado da penitenciária.
A mulher chorou, disse que não teria como cancelar o casamento, para 800 convidados.
Segue...
Até o pastor, presente, apelou: “Tenho fé que o governador vai mudar a hora da implosão.” A história comoveu os envolvidos na operação, que toparam mudar o horário para 12h15m.
Fumaça no palco
Estreia dia 13 de abril, no Rio, uma peça com Marcos Winter sobre... maconha. Vai se chamar “Diálogos de marijuana”.
Dirigida por Emílio Gallo, fala do cotidiano de um maconheiro.
Morar bem
O número de licenças concedidas em janeiro pela prefeitura do Rio para novas construções foi o maior em cinco anos.
Foram licenciados 333.567m².
No mais
O Confiança, time que o Fluminense enfrenta hoje pela Copa do Brasil, tem um torcedor ilustre: João Ubaldo Ribeiro.
Ubaldo passou a infância em Aracaju e vibrou com o “Dragão do Bairro Industrial”, como o clube é conhecido por suas origens proletárias na conquista do campeonato sergipano de 1951.
Mas...
No ano seguinte, o Confiança sucumbiu à força do CotinguibaSE , o “Tubarão da Praia”.
ZONA FRANCA
Sexta, no Pestana Rio Atlântica, haverá o Simpósio Mega Eventos Esportivos & Desenvolvimento Urbano Sustentável, organizado pela Câmara Brasil-Alemanha do Rio.
Sérgio Rodrigues lança “Sobrescritos”, na Travessa de Ipanema, hoje.
Júlio Lopes, diretor da Mais Criações, assina o conceito e a montagem da estrutura da Olimpíada do Conhecimento-Firjan.
Ruth Tupinambá assina os figurinos da peça “As estrelas não dormem”, no Teatro Café Pequeno, no Leblon.
Calper já vendeu mais de 85% do Lumina Corporate, em Nova Iguaçu.
A Dragonfly Blue abre showroom em Ipanema.
Sheik abre exposição hoje no Oi Futuro de Ipanema.
A DECISÃO DE LULA de devolver ao Paraguai o canhão El Cristiano, que está no Museu Histórico Nacional, no Rio, rende um grande debate entre historiadores. Adler Homero, do Iphan-Rio, fez até um manifesto: “Devolver não vai mudar a história e será um imenso desrespeito com os milhares de soldados brasileiros mortos.” José Neves Bittencourt, do Iphan-Minas, escreveu em seu blog: “Devolver um troféu de guerra é um ato de desrespeito difícil de descrever.” O superintendente do Iphan-Rio, Carlos Fernando Andrade, discorda: “Lutamos pelo repatriamento de todas as obras.” Para devolver o El Cristiano, Lula terá de destombá-lo. O canhão foi fundido em Assunção, em 1867, e apreendido por forças brasileiras depois de dois anos em combate
THELMA GUEDES, a autora da novela “Cama de gato”, da TV Globo, recebe o novo casal Ângelo Antônio e Juliana Didone no lançamento de seu livro “O outro escritor”, na Argumento
FERNANDA MONTENEGRO, a grande dama do nosso teatro, posa num chamego com a filha Fernanda Torres, que reestreou no Rio a peça “A casa dos budas ditosos”
ROBERTO DaMATTA
Transparências de coluna
O ESTADO DE SÃO PAULO - 10/03/10
Já lhe aconteceu, querido leitor, esperar uma coisa e lhe ocorrer uma outra? Às vezes, exatamente o oposto do imaginado? Se você jamais passou por isso, ou você tem muita sorte ou não é humano.
Como todo mundo, eu tenho sofrido muito com essa dissonância entre o esperado (a fantasia, mas nem tanto) e o acontecido (a realidade, mas nem tão forte). Com 9 anos, meu tio Silvio me convidou para caçar onças no Pantanal. Era oficial do Exército e campeão de tiro e, assim que viu o sorriso entusiasmado no meu rosto infantil, perguntou, sério, que tipo de arma eu preferia usar. Com um ar casual, escolhi a pistola Colt 45 e deixei para ele o velho revólver Smith & Wesson 38. Com tudo combinado, aconselhou-me: faça sua mala discretamente e, pelas quatro e meia da manhã, esteja de pé. Seguiremos para o Galeão onde nos espera um avião da FAB. As onças ficam lindas refesteladas ao sol das cataratas.
Não dormi. No quarto-dormitório, ao lado dos meus quatro irmãos e tia Amália, rolei na cama até ouvir tio Silvio acordar. Em meio à obscuridade, vesti minha roupa de viagem e peguei a maleta. Ia saindo, quando dei com tia Amália sentada na cama me olhando severamente.
- Onde você pensa que vai?
- Vou caçar onças no Pantanal com tio Silvio!
- Que caçar onças que nada! Você vai é voltar para a cama. Esse Silvio tem cada uma...
Foi o fim da minha carreira como caçador e o começo de minha trajetória como usuário das frustrações desta vida. Naquela manhã, eu desconfiei que esse descalabro entre o querer e o ter, o pensar e o acontecer, iria me acompanhar para sempre. A transparência era a exceção que confirmava a regra de um ideal que raramente acontece. Isso que chamamos de felicidade.
Mesmo assim, até hoje eu penso que os outros vão seguir os meus roteiros e fantasias. Um amigo me disse que essas desarmonias explicavam o meu encantamento pelo mundo. Só com muito amor no coração é possível continuar acreditando na transparência deste mundo, sujeito ao peso do mal-entendido e dos múltiplos motivos de cada um dos seus sócios. Os homens fazem sua história ? dizia Marx ?, mas não nas circunstâncias que escolhem. Freud repetiu e investigou essa enigmática intransparência: a que jaz, como um zumbi, entre os nossos projetos conscientes e nossos impedimentos inconscientes. E o pior é quando eles chegam sem tia Amália, lá do fundo de nós mesmos. Como um outro intrusivo. Ou uma câmera oculta, reveladora de nossas falcatruas. Não é, Arruda? Não é, veteranos mensaleiros do PT?
Congratulo-me com a maioria dos ministros da Suprema Corte, que por quase unanimidade decidem manter o Arruda no seu spa, digo prisão, que seus defensores chamam de masmorra. Quando assim decidem, eles se comportam como magistrados e, muito mais que isso, como brasileiros! E é como tal que todos temos de agir. Pois, como profissionais, podemos tirar vantagem de tudo, mas seria isso ético quando vestimos nossas camisas de brasileiros?
A transparência começou quando o macaco nu desceu da árvore e entendeu que só poderia sobreviver se inventasse um mundo de fantasia e sonho, de música, poesia e ritual, de verdade e, preferencialmente, de ilusão. Drogado pelos deuses, leis, livros, fórmulas, fábulas e mitos que ele próprio inventou, o bicho-homem tem sobrevivido a tudo. E tem heroicamente ultrapassado as fontes de frustração que ele inventou para si mesmo.
No Reino de Janbom, onde, como mostrei na semana passada, até os milagres viram problema, a política engendra síndromes de onipotência, policiadas, contudo por alguns meios de reproduzir a realidade. Das fitas aos vídeos que os mostram roubando nosso dinheiro e, de quebra, revelam como o tal Estado centralizado tem como projeto enriquecer e aristocratizar seus altos servidores e jamais servir ao público e à sociedade.
Desmascarados pelas câmeras, o onipotente nega o inegável.
Uma história do Peru colonial, narrada pelo cronista Inca Garcilaso Graciliado de la Vega (1539-1616), antecipa o caso Arruda e outras psicopatologias do mesmo teor.
Ei-la:
Um conquistador chamado Solar, residente em Los Reys (Lima), tinha uma propriedade em Pachacamac. O capataz dessa propriedade enviou ao patrão, por meio de dois índios, dez melões ? frutos das primeiras sementes plantadas no Peru ? e uma carta. Quando entregou a encomenda aos índios, ele os advertiu que não comessem nenhum melão porque, se o fizessem, a carta descobriria e os denunciaria. No meio da viagem, um dos índios sentiu o desejo de provar a fruta do amo: queria saber o seu gosto. Seu companheiro, temeroso, disse que não deveriam fazer isso porque a carta iria contar. O primeiro colocou a carta atrás de um muro ? pois, assim, ela não poderia ver o que eles estavam dispostos a fazer e, sem vê-los, ela nada poderia fazer.
Lembro que índios do Peru não conheciam o que eram as letras. Imaginavam que as cartas que os espanhóis escreviam uns aos outros eram espécies de mensageiros ou espias que diziam, por meio de palavras, o que encontravam pelo caminho.
Comido o primeiro melão, decidiram que era conveniente emparelhar as cargas. Para ocultar o delito, comeram outro melão. Chegados a Lima, apresentaram oito melões ao amo. Este, logo depois de ler a carta, perguntou pelos melões que estavam faltando. Como os índios negaram a falta, ele assinalou que mentiam, pois a carta dizia que haviam sido entregues dez melões e que, portanto, eles haviam comido dois. Ao ver que o amo lhes dizia o que haviam feito escondido não discutiram com ele e saíram dizendo que era com muita razão que os espanhóis eram chamados de bruxos, pois sabiam grandes segredos.
CLÁUDIO HUMBERTO
“Acho isso uma loucura, sem sentido”
TASSO JEREISSATI, SOBRE A DEMORA DE JOSÉ SERRA EM ANUNCIAR A CANDIDATURA A PRESIDENTE
PROJETO FASCISTA SUPRIME DIREITOS E LIMITA JUSTIÇA
O presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante, finalmente vai trombar com o governo. É que Lula tirou da gaveta um antigo projeto, de inspiração fascista, que autoriza o governo a quebrar sigilo bancário e fiscal, confiscar bens, executar dívidas fiscais e até arrombar portas e cofres de contribuintes, tudo sem autorização judicial. Pelo projeto, o governo julgaria processos tributários e decretaria execuções fiscais.
FILME DE HORROR
O projeto de Lula foi defendido ontem pelo ministro Luis Adams (AGU) no conselho federal da OAB, provocando indignação e perplexidade.
LIXO FASCISTA
“É o autêntico lixo autoritário”, criticou o conselheiro Paulo Medina, de Minas, refletindo o sentimento unânime do conselho federal da OAB.
VIOLÊNCIA JURÍDICA
Lula quer que o Fisco penhore bens sem autorização judicial, “fazendo justiça com as próprias mãos”, diz Márcia Melaré, conselheira da OAB.
NEM NA DITADURA
Se o projeto de Lula for aprovado, o governo poderá entrar em contas bancárias e declarações fiscais sem pedir licença nem ao Judiciário.
BANCOOP: GOVERNO AMEAÇA MP COM “LEI MALUF”
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), pediu uma reunião com o presidente do Conselho Nacional do Ministério Público para reclamar do promotor José Carlos Blat, que investiga a roubalheira do PT na Bancoop. Outro objetivo é “lembrar” que o governo Lula pode apoiar a “Lei Maluf”, projeto que prevê punição para promotor cuja denúncia não resulte em condenação dos acusados.
MORDAÇA
Cândido Vaccarezza, que anda falando muito mal do MP, disse a parlamentares que sabe como os promotores “temem a Lei Maluf”.
ACARAJÉ
Na Câmara dos Deputados, três dos quinze novos presidentes de comissões permanentes são da Bahia. Dois do DEM, quatro do PMDB.
O MEDO DE FHC
FHC deu a ideia do ultimato para José Serra assumir a candidatura a presidente, mas recusou a missão: “Vai você!”, disse a um senador.
HERANÇA MALDITA
Datam do ano 2000, no governo FHC, as malfeitorias que provocam a demissão por justa causa de Jânio Pohren, funcionário que presidiu a estatal ECT por mais de dois anos, no governo Lula. Mas o “zelador” Silas Souza – que, claro, “não sabia” – é auditor da ECT há dez anos...
GENTE MALDOSA
O senador Almeida Lima (PMDB-SE) tenta substituir o atual presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, por um amigo que é, digamos, homem de negócios. Ou lobista, como preferem adversários maldosos.
FAÇA O QUE DIGO...
... Não o que faço: o treinador Dunga ameaça não convocar Adriano para a seleção, alegando os problemas do craque com o consumo de álcool, mas não abriu mão do cachê para fazer propaganda de cerveja.
SÓ FALTAVA A AL-QAEDA
Mais essa: o diretor da CIA, Leon Panetta, disse em Washington que alertou o Brasil e a Índia para “risco iminente” de líderes terroristas da Al-Qaeda e do Taliban. Estariam fugindo da “intensa pressão”.
TIO SAM É UMA MÃE
As maiores lojas de eletrônicos dos EUA, como a Best Buy e a B&H, têm brasileiros para atender aos conterrâneos. Sem a carga abusiva de impostos e com dólar baixo, vale a viagem até para comprar lençol.
PETISTAS X PETISTAS
Aliados de Geraldo Magela, que no dia 21 disputa a indicação do PT para concorrer ao governo do DF, atribuem ao rival Agnelo Queiroz a informação de que ele sabia dos vídeos antes mesmo do escândalo.
FESTA NOS ARES
O Ibama vai torrar R$ 58 milhões dos contribuintes para alugar da empresa Helisul Taxi Aéreo, apenas por um ano, helicópteros para “ações de fiscalização ambientais”. Com essa grana, o órgão poderia comprar 557 helicópteros Robinson, que carregam três passageiros.
PEPINO ATÔMICO
Ex-servidores da Indústrias Nucleares do Brasil tentam recuperar na 15ª Vara Federal – RJ, há 16 anos, o “cano” de U$$ 62 milhões que a falida multinacional Nuexco deu num empréstimo de urânio da INB.
PENSANDO BEM...
... À moda de Stanislaw Ponte Preta: ou restaure-se a lei eleitoral ou locupletem-se todos.
PODER SEM PUDOR
O GIL DE JÂNIO
Idolatrado, o campeão de salto triplo Adhemar Ferreira da Silva foi demitido da prefeitura paulista. Queria viajar para treinar mantendo os vencimentos. Diante da reação popular, Jânio Quadros soltou nota oficial: “Compreendo que seja um grande atleta, que muito bem representou o Brasil nas provas olímpicas. Infelizmente era funcionário relapso. A prefeitura ainda não é um clube de atletismo e o povo não é moleque. Por isso fui obrigado a afastá-lo”.
TASSO JEREISSATI, SOBRE A DEMORA DE JOSÉ SERRA EM ANUNCIAR A CANDIDATURA A PRESIDENTE
PROJETO FASCISTA SUPRIME DIREITOS E LIMITA JUSTIÇA
O presidente da OAB nacional, Ophir Cavalcante, finalmente vai trombar com o governo. É que Lula tirou da gaveta um antigo projeto, de inspiração fascista, que autoriza o governo a quebrar sigilo bancário e fiscal, confiscar bens, executar dívidas fiscais e até arrombar portas e cofres de contribuintes, tudo sem autorização judicial. Pelo projeto, o governo julgaria processos tributários e decretaria execuções fiscais.
FILME DE HORROR
O projeto de Lula foi defendido ontem pelo ministro Luis Adams (AGU) no conselho federal da OAB, provocando indignação e perplexidade.
LIXO FASCISTA
“É o autêntico lixo autoritário”, criticou o conselheiro Paulo Medina, de Minas, refletindo o sentimento unânime do conselho federal da OAB.
VIOLÊNCIA JURÍDICA
Lula quer que o Fisco penhore bens sem autorização judicial, “fazendo justiça com as próprias mãos”, diz Márcia Melaré, conselheira da OAB.
NEM NA DITADURA
Se o projeto de Lula for aprovado, o governo poderá entrar em contas bancárias e declarações fiscais sem pedir licença nem ao Judiciário.
BANCOOP: GOVERNO AMEAÇA MP COM “LEI MALUF”
O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), pediu uma reunião com o presidente do Conselho Nacional do Ministério Público para reclamar do promotor José Carlos Blat, que investiga a roubalheira do PT na Bancoop. Outro objetivo é “lembrar” que o governo Lula pode apoiar a “Lei Maluf”, projeto que prevê punição para promotor cuja denúncia não resulte em condenação dos acusados.
MORDAÇA
Cândido Vaccarezza, que anda falando muito mal do MP, disse a parlamentares que sabe como os promotores “temem a Lei Maluf”.
ACARAJÉ
Na Câmara dos Deputados, três dos quinze novos presidentes de comissões permanentes são da Bahia. Dois do DEM, quatro do PMDB.
O MEDO DE FHC
FHC deu a ideia do ultimato para José Serra assumir a candidatura a presidente, mas recusou a missão: “Vai você!”, disse a um senador.
HERANÇA MALDITA
Datam do ano 2000, no governo FHC, as malfeitorias que provocam a demissão por justa causa de Jânio Pohren, funcionário que presidiu a estatal ECT por mais de dois anos, no governo Lula. Mas o “zelador” Silas Souza – que, claro, “não sabia” – é auditor da ECT há dez anos...
GENTE MALDOSA
O senador Almeida Lima (PMDB-SE) tenta substituir o atual presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, por um amigo que é, digamos, homem de negócios. Ou lobista, como preferem adversários maldosos.
FAÇA O QUE DIGO...
... Não o que faço: o treinador Dunga ameaça não convocar Adriano para a seleção, alegando os problemas do craque com o consumo de álcool, mas não abriu mão do cachê para fazer propaganda de cerveja.
SÓ FALTAVA A AL-QAEDA
Mais essa: o diretor da CIA, Leon Panetta, disse em Washington que alertou o Brasil e a Índia para “risco iminente” de líderes terroristas da Al-Qaeda e do Taliban. Estariam fugindo da “intensa pressão”.
TIO SAM É UMA MÃE
As maiores lojas de eletrônicos dos EUA, como a Best Buy e a B&H, têm brasileiros para atender aos conterrâneos. Sem a carga abusiva de impostos e com dólar baixo, vale a viagem até para comprar lençol.
PETISTAS X PETISTAS
Aliados de Geraldo Magela, que no dia 21 disputa a indicação do PT para concorrer ao governo do DF, atribuem ao rival Agnelo Queiroz a informação de que ele sabia dos vídeos antes mesmo do escândalo.
FESTA NOS ARES
O Ibama vai torrar R$ 58 milhões dos contribuintes para alugar da empresa Helisul Taxi Aéreo, apenas por um ano, helicópteros para “ações de fiscalização ambientais”. Com essa grana, o órgão poderia comprar 557 helicópteros Robinson, que carregam três passageiros.
PEPINO ATÔMICO
Ex-servidores da Indústrias Nucleares do Brasil tentam recuperar na 15ª Vara Federal – RJ, há 16 anos, o “cano” de U$$ 62 milhões que a falida multinacional Nuexco deu num empréstimo de urânio da INB.
PENSANDO BEM...
... À moda de Stanislaw Ponte Preta: ou restaure-se a lei eleitoral ou locupletem-se todos.
PODER SEM PUDOR
O GIL DE JÂNIO
Idolatrado, o campeão de salto triplo Adhemar Ferreira da Silva foi demitido da prefeitura paulista. Queria viajar para treinar mantendo os vencimentos. Diante da reação popular, Jânio Quadros soltou nota oficial: “Compreendo que seja um grande atleta, que muito bem representou o Brasil nas provas olímpicas. Infelizmente era funcionário relapso. A prefeitura ainda não é um clube de atletismo e o povo não é moleque. Por isso fui obrigado a afastá-lo”.
QUARTA NOS JORNAIS
- Globo: Dilma infla dados e Petrobras é obrigada a dar explicações
- Folha: Lula compara preso político de Cuba aos bandidos de São Paulo
- Estadão: Lula defende regime cubano e compara dissidente a criminoso
- JB: Os riscos da facilidade em compras na internet
- Correio: PGR reprova prisão domiciliar para Arruda
- Valor: Empresas chegam a dobrar o lucro em ano de retração
- Estado de Minas: Brasil terá maior safra da história
- Jornal do Commercio: Hora de comprar a casa própria
terça-feira, março 09, 2010
NELSON DE SÁ - TODA MÍDIA
"Bullying"
FOLHA DE SÃO PAULO - 09/03/10
O site do "Financial Times" noticiou a primeira rodada de retaliações aos EUA com o enunciado "Brasil arrisca guerra comercial". O jornal ouviu, do representante comercial de Washington, "estamos desapontados". Já "o Brasil deixou claro que está aberto a um acordo antes de efetivar as tarifas". Para um consultor, "a única forma de evitar a trombada é os EUA oferecerem algo significativo ao Brasil".
Ecoou também no "Wall Street Journal" e no topo das buscas pelo Yahoo News, com AP.
E o "Financial Times" já postou ontem mesmo uma primeira opinião sobre o episódio, na tradicional seção Lex. Avalia que a medida pouco afeta o comércio, tanto americano como brasileiro, mas:
"Muitos anos atrás, um delegado de comércio dos Estados Unidos "negociando" com representantes da Austrália se debruçou sobre a mesa e disse: "Nós comemos países como o seu no café da manhã". Mais e mais, agora, os parceiros comerciais dos EUA estão enfrentando o bullying", a intimidação.
O MAIOR MEDO
Segundo a Bloomberg, "o maior medo" nos EUA não está nas retaliações anunciadas, mas na segunda rodada, quando "o Brasil começaria a quebrar patentes", copyright, com apoio da Organização Mundial do Comércio.
O site do Departamento de Comércio dos EUA destacou que o secretário embarcou ontem para Brasília.
O PAÍS DOS IMPOSTOS
Em contraste com outros portais e telejornais brasileiros, na manchete do G1 e depois do "Jornal Nacional", a retaliação ao protecionismo americano foi noticiada pela Globo como um "aumento de impostos" determinado pelo governo do Brasil.
Relacionou-se a notícia, na cobertura, ao aumento no preço dos remédios.
MAIS GUERRA?
O Irã abriu conflito entre as revistas "Foreign Affairs" e "Foreign Policy". A primeira publicou artigo defendendo manter "todas as opções na mesa", guerra inclusive. A segunda atacou o texto, em seu site, num longo artigo com o enunciado "É hora de esfriar a cabeça sobre o Irã"
SANÇÕES, NÃO
Por "Financial Times" e outros, a advogada iraniana Shirin Ebadi defendeu a "mudança de foco, dos embargos para os direitos humanos", na estratégia ocidental sobre o Irã. Nobel da Paz em 2003, ela diz que "sanções econômicas seriam em detrimento do povo do Irã". Semanas atrás, via agências, Ebadi pediu que Lula se reúna com a oposição quando visitar seu país.
Por outro lado, ela defendeu sanções "contra empresas que estão apoiando ativamente a censura e a repressão da oposição". Citou Nokia-Siemens (Finlândia/Alemanha), que atua em internet, e Eutelsat (França), de comunicação por satélite. O jornal sublinha que seus comentários "vêm no momento em que os EUA buscam apoio para uma quarta rodada de sanções".
LULA & OPOSIÇÃO
O portal Terra ouviu líderes da oposição sobre um posto para Lula no exterior, como secretário-geral da ONU ou presidente do Banco Mundial, e destacou que José Agripino Maia (DEM) "surpreendeu", dizendo:
"Uma posição como essa, que venha a ser exercida por um brasileiro e possa trazer benefício, não pode deixar de contar com meu apoio. [Mas,] por critério de ordem técnica, me custa crer que venha a acontecer."
MEIRELLES LÁ
No alto da home page do "Valor", a escolha de Henrique Meirelles para chefiar o banco central dos bancos centrais nas Américas, EUA inclusive. Foi notícia no site do "WSJ", ontem, entre outros, sublinhando que o presidente do BC comandou antes o americano BankBoston -e que estuda sair candidato no Brasil
LULA VS. IMPRENSA
Ontem na manchete de papel do jornal "O Globo", "Dilma inaugura hospital construído sem verbas federais". Depois, no site, "Lula ataca "O Globo" e defende Dilma em inauguração". Foi em entrevista à rádio Melodia, ontem, em mais um dia de inauguração no Rio, com Lula e Dilma Rousseff na favela da Rocinha.
O ataque à imprensa e às "elites" correu mundo, da Folha Online à AP, esta com o enunciado "Presidente do Brasil ataca críticos da Olimpíada"
Ecoou também no "Wall Street Journal" e no topo das buscas pelo Yahoo News, com AP.
E o "Financial Times" já postou ontem mesmo uma primeira opinião sobre o episódio, na tradicional seção Lex. Avalia que a medida pouco afeta o comércio, tanto americano como brasileiro, mas:
"Muitos anos atrás, um delegado de comércio dos Estados Unidos "negociando" com representantes da Austrália se debruçou sobre a mesa e disse: "Nós comemos países como o seu no café da manhã". Mais e mais, agora, os parceiros comerciais dos EUA estão enfrentando o bullying", a intimidação.
O MAIOR MEDO
Segundo a Bloomberg, "o maior medo" nos EUA não está nas retaliações anunciadas, mas na segunda rodada, quando "o Brasil começaria a quebrar patentes", copyright, com apoio da Organização Mundial do Comércio.
O site do Departamento de Comércio dos EUA destacou que o secretário embarcou ontem para Brasília.
O PAÍS DOS IMPOSTOS
Em contraste com outros portais e telejornais brasileiros, na manchete do G1 e depois do "Jornal Nacional", a retaliação ao protecionismo americano foi noticiada pela Globo como um "aumento de impostos" determinado pelo governo do Brasil.
Relacionou-se a notícia, na cobertura, ao aumento no preço dos remédios.
MAIS GUERRA?
O Irã abriu conflito entre as revistas "Foreign Affairs" e "Foreign Policy". A primeira publicou artigo defendendo manter "todas as opções na mesa", guerra inclusive. A segunda atacou o texto, em seu site, num longo artigo com o enunciado "É hora de esfriar a cabeça sobre o Irã"
SANÇÕES, NÃO
Por "Financial Times" e outros, a advogada iraniana Shirin Ebadi defendeu a "mudança de foco, dos embargos para os direitos humanos", na estratégia ocidental sobre o Irã. Nobel da Paz em 2003, ela diz que "sanções econômicas seriam em detrimento do povo do Irã". Semanas atrás, via agências, Ebadi pediu que Lula se reúna com a oposição quando visitar seu país.
Por outro lado, ela defendeu sanções "contra empresas que estão apoiando ativamente a censura e a repressão da oposição". Citou Nokia-Siemens (Finlândia/Alemanha), que atua em internet, e Eutelsat (França), de comunicação por satélite. O jornal sublinha que seus comentários "vêm no momento em que os EUA buscam apoio para uma quarta rodada de sanções".
LULA & OPOSIÇÃO
O portal Terra ouviu líderes da oposição sobre um posto para Lula no exterior, como secretário-geral da ONU ou presidente do Banco Mundial, e destacou que José Agripino Maia (DEM) "surpreendeu", dizendo:
"Uma posição como essa, que venha a ser exercida por um brasileiro e possa trazer benefício, não pode deixar de contar com meu apoio. [Mas,] por critério de ordem técnica, me custa crer que venha a acontecer."
MEIRELLES LÁ
No alto da home page do "Valor", a escolha de Henrique Meirelles para chefiar o banco central dos bancos centrais nas Américas, EUA inclusive. Foi notícia no site do "WSJ", ontem, entre outros, sublinhando que o presidente do BC comandou antes o americano BankBoston -e que estuda sair candidato no Brasil
LULA VS. IMPRENSA
Ontem na manchete de papel do jornal "O Globo", "Dilma inaugura hospital construído sem verbas federais". Depois, no site, "Lula ataca "O Globo" e defende Dilma em inauguração". Foi em entrevista à rádio Melodia, ontem, em mais um dia de inauguração no Rio, com Lula e Dilma Rousseff na favela da Rocinha.
O ataque à imprensa e às "elites" correu mundo, da Folha Online à AP, esta com o enunciado "Presidente do Brasil ataca críticos da Olimpíada"
ARI CUNHA
Mulheres enganadas
Correio Braziliense - 09/03/2010 |
O Dia Internacional da Mulher ainda é enganação dos espertos. No Brasil, meninas são levadas à prostituição até por juízes e autoridades policiais. Mesmo atestando as barbáries da pedofilia, muito pouco foi feito. A violência doméstica atinge na América Latina e no Caribe até 50% das mulheres. Elas ganham menos mesmo trabalhando tanto quanto os homens. Continuam dizendo que o Dia Internacional da Mulher é homenagem à dona de casa. Como bem colocou William Ross Wallace, “a mão que embala o berço governa o mundo”. Bem cedo, dá banho nos pequenos, prepara a roupa para o colégio. Serve o café da manhã, dá instruções, educa. Para as que têm outra jornada de trabalho, nova lei lhe dá o direito de ficar com o filho seis meses depois do nascimento. As coisas mudam, novos rumos são tomados nesse tempo. Na China ainda há o aborto seletivo, quando as meninas são descartadas. Na Índia, quase 5 mil mulheres são assassinadas por ano por disputa da família por dotes de noivas. A informação é da Anistia Internacional. Na África o direito de o marido bater na mulher é amparado por lei. No Oriente Médio, na África e no Sudeste Asiático ainda há incidência de mutilação feminina. O Dia Internacional é da mulher que conquistou direitos e da que ainda não tem voz. A frase que não foi pronunciada “Assim como na arquitetura, a prova de alta cultura é escrever as coisas mais profundas do modo mais simples.” » Oscar Niemeyer, enquanto pensa na vida Economia » Henrique Meirelles segura os juros para o dinheiro não cair no ralo. Lula gasta e se socorre no Banco Central. Quando não, vai ao cofre da Petrobras. Despesas aumentam e outros ministérios cobrem. Um dia a coisa pode estourar. Cuba » Ainda hoje a ilha recebe carinhos do mundo. Desde o início da revolução, gente morre no paredón. Hoje, de fome. Passa de 70 anos e o povo continua sem o direito fundamental de ir e vir. Fidel está doente. O mano o substitui. O mesmo ritmo de tratar as coisas dentro de casa. Guilhermo Farñas sentencia: “Se a morte de Zapata não foi uma vingança política planejada, ordene a libertação imediata dos réus”. Petróleo » Sair da área da Grã Bretanha e voar até as ilhas Malvinas (para os argentinos) é sinal de atenção. Alguma coisa a Corte de Saint James está procurando longe do seu território. O assunto agora é petróleo. Os argentinos também querem o combustível do arquipélago. Explorar perto do seu quintal é melhor. Boato » Espalharam que o presidente Lula ia se licenciar da Presidência para fazer a campanha de dona Dilma Rousseff. Não entra na cabeça de ninguém. O presidente não faz porque não é de suas obrigações no cargo onde está abandonar a cadeira de presidente. Plásticos » Carrefour começou a campanha pela França. A experiência tem sido boa. O projeto é diversificar por todas as suas lojas no mundo. São bilhões de sacos plásticos dos quais o povo ficará livre. Embalagem » Sempre o saco de mercado é o vilão na comissão de frente. Basta olhar no carrinho de compras quantas embalagens de plástico mais resistentes que os saquinhos vão para o lixo. De arroz, açúcar, café, macarrão, sal. E as que são compradas sem refil: xampu, alguns produtos de limpeza, alimentos em lata. Hora de as indústrias repensarem a venda. Afaga e afoga » Em plenário todos ficaram admirados com os votos de felicidades do senador Heráclito Fortes ao governador do Piauí. Os desejos sinceros pelo transcurso do aniversário de Wellington Dias saíram realmente do coração. Depois dos parabéns, o senador começou a lista de críticas pelas obras inacabadas e o prejuízo que isso traz para o estado. Ah, bom! Legado » José Mindlin lutou nos últimos oito anos de vida para doar sua biblioteca particular à Universidade de S. Paulo. Só que a legislação brasileira é recheada de burocracia e ele morreu sem conseguir ver seu sonho realizado. Em compensação, mais de mil volumes de seu acervo podem ser consultados no endereço www.brasiliana.usp.br. Gilda » Mario da Costa Ramos, do Iate, está em busca de fotos do barco Gilda, usado por JK. Quem puder levar uma cópia da fotografia ao clube é só marcar um horário para bater um papo descontraído com o comodoro. História de Brasília O supermercado do Ipase já está com a construção pronta. Mãos à obra, dr. Randal, e vamos entregá-lo logo aos que moram no “subúrbio”, que não têm, até agora, uma única unidade de vizinhança pronta. Dar uma mãozinha aos que moram do lado de lá do Eixo custa pouco.(Publicado em 26/2/1961) |
FLÁVIA OLIVEIRA - NEGÓCIOS e Cia
Bom para o investimento
O GLOBO - 09/03/10
Na AL, Brasil vive o melhor momento em expectativa para o capital fixo, diz FGV
Nem no auge do ciclo de expansão observado em 2007 e 2008 (até a crise), o horizonte do investimento produtivo no país foi tão positivo quanto hoje. Numa comparação com outras dez economias que integram a Sondagem da América Latina, a Fundação Getúlio Vargas descobriu que o Brasil vive seu melhor momento tanto em relação à média histórica de uma década quanto em relação pico do otimismo no biênio 2007-2008. “O Brasil tem o segundo melhor Indicador de Investimento do grupo. Só perde para o Peru, país que ainda está 0,6 ponto percentual abaixo do ponto máximo de 20072008”, diz o economista Aloisio Campelo, responsável pelo estudo. Num índice que combina as notas dadas por especialistas locais às expectativas de investimento em capital fixo no presente e seis meses à frente, o Brasil terminou janeiro com nota 6,8 (veja o gráfico). Qualquer resultado acima de cinco está na linha do otimismo.
A média histórica do país é de 5,4 pontos; no período 2007-2008, o melhor resultado foi 6,5. O levantamento da FGV mostra Chile e Uruguai, além do Peru, na zona favorável. Já a Venezuela de Hugo Chávez vive maus momentos. O indicador de janeiro está dois pontos percentuais abaixo do pico de 2007-2008 e praticamente um ponto abaixo da média histórica.
Guerra logística na mineração
Responsável pela subsidiária de mineração da ArcelorMittal no Brasil, José Francisco Viveiros fala da briga para viabilizar os negócios das mineradoras de Serra Azul, em Minas Gerais. Em 2008, a região foi alvo de aquisições protagonizadas por Usiminas, MMX, Ferrous e a própria ArcelorMittal, que pagou US$ 810 milhões por sua mina. Esbarram até hoje na dificuldade de escoamento do minério de ferro. Reunidas na Associação dos Mineradores de Serra Azul (Amisa), presidida por Viveiros, as empresas brigam junto à ANTT por direito de passagem em ferrovias como a MRS. Já a logística portuária depende da licitação de um terminal em Itaguaí (RJ), aguardada desde 2006. Até lá, a Amisa permanecerá dependente dos portos de Vale e CSN, que Viveiros classifica como oligopólio. A ArcelorMittal desistiu de vez do acordo com a canadense Adriana Resources, para construção de porto próprio no Rio, após o veto da Secretaria estadual de Desenvolvimento.
PORTO PÚBLICO: “O terminal público para granéis sólidos no porto de Itaguaí foi aprovado há muito tempo pelo conselho da autoridade portuária. Temos a promessa do presidente da Cia Docas do Rio, Jorge Mello, que a licitação para construção e operação ocorrerá no 1° semestre de 2010. A formação de um consórcio com operadores logísticos para disputar a concessão desse porto é uma possibilidade. Estamos conversando”.
PLANO B: “É continuar usando os terminais de Vale e CSN. É o ‘mercado’ que existe. Fica evidente que se trata de um oligopólio”.
PORTO PRÓPRIO: “A ArcelorMittal não renovou o contrato de opção para o porto da Brazore (da Adriana Resources), em novembro passado”.
FERROVIAS: “A privatização não dinamizou o transporte ferroviário. No caso do minério do SE, as concessões (FCA, EFVM e MRS) ficaram nas mãos de grupos interesse nas cargas transportadas. E passaram a usar as ferrovias como extensão de seus negócios, inclusive para prejudicar concorrentes.
A ANTT tem buscado soluções. O direito de passagem, em estudo pela agência é prioridade para nós. A distorção das tarifas é tão grande que nosso investimento em composições ferroviárias próprias (de US$ 50 milhões) retornaria em um ano”.
Custou caro
A crise com a noiva Joana doeu também no bolso de Adriano. Uma empresa de combustíveis contratara o craque como garotopropaganda de uma campanha de varejo. A sessão de fotos seria sexta passada, mas Adriano não apareceu. A empresa desistiu da ação, quando soube da confusão na Chatuba. Adriano deixou de ganhar R$ 400 mil.
Fla pirat
O Flamengo está sendo pressionado a agir contra a Fla Boutique. É que a rede de oito lojas, que se intitula loja oficial, não paga royalties ao rubro-negro. Já o contrato da Olympikus, prevê repasse anual mínimo de 10% sobre vendas líquidas. Calcula-se que a perda do clube seja de R$ 2,5 milhões por ano
Contra-ataque
Nos bastidores, comenta-se que Patricia Amorim, atual presidente, desistiu de ir à Justiça, como planejava a antiga administração. O Flamengo nega ter aberto mão dos royalties. Diz que negocia com a Fla Boutique e promete solução em dez dias.
Melhorou
A indústria mineira deu salto em janeiro. Faturou 19,98% sobre o 1omês de 2009, revelam os Indicadores Industriais, que a Fiemg divulga hoje. Sobre dezembro de 2009, houve alta de 2,13%.
A confiança do empresariado também cresceu. Robson de Andrade, presidente da Fiemg, festeja: “A indústria terá um grande ano em 2010”.
Ajuda ao Chile
A Endesa Brasil, controladora de Ampla (RJ) e Coelce (CE), enviou 60 eletricistas brasileiros ao Chile. Eles viajaram no fim de semana num avião da FAB.
São todos funcionários de empreiteiras que prestam serviço às distribuidoras. Vão atuar na reconstrução da rede de energia chilena, que foi destruída pelo terremoto
Sinal verde
Quatro empresas fluminenses e quatro cearenses atenderam ao pedido da holding. Do Rio, Compel, Medral, Soter e Gemon enviaram equipes; do Ceará, Cosampa, Creative, Loprese e Lumen.
A Aneel foi avisada e deu sinal verde à operação.
Tudo igual
A Ampla garante que o envio de eletricistas para o Chile não afetará os serviços no Rio. Os profissionais cedidos não estavam trabalhando para a empresa.
A Coelce diz o mesmo
Aliança no Sul
Subsidiárias da espanhola Endesa em Argentina, Colômbia e Peru também enviaram equipes ao Chile. De cada país, saíram 20 técnicos.
Quem vai
Leonam dos Santos Guimarães, assistente da presidência da Eletronuclear, servirá também à Agência Internacional de Energia Nuclear, até 2012. Vai integrar o Sagne, time de especialistas que assessora o diretor-geral da agência, Yukiya Amano.
A REDE de choperias Na Pressão abre mês que vem sua 1afranquia.
Ficará no Shopping Independência, em Juiz de Fora (MG). Com 450 m2, a filial custou R$ 700 mil. A rede tem seis lojas próprias, todas no Rio.
Compensação
O Inea nega que as compensações ambientais da siderúrgica ThyssenKrupp CSA incluam obras em sua sede. O deputado Marcelo Freixo (PSOL) cobrou explicações do órgão, com base em informações apresentadas ao Parlamento alemão. O Inea responderá que todos os recursos da CSA vão para parques e unidades de conservação estaduais.
Calorão
O calor escaldante da primavera-verão fez a Spirit bater recorde na venda de ventiladores de teto. De outubro de 2009 a fevereiro deste ano, a demanda saltou 300%. Somente da linha 202, a mais procurada, foram comercializadas 400 mil unidades. O otimismo persiste este mês. A previsão é vender o dobro de março de 2009.
O GLOBO - 09/03/10
Na AL, Brasil vive o melhor momento em expectativa para o capital fixo, diz FGV
Nem no auge do ciclo de expansão observado em 2007 e 2008 (até a crise), o horizonte do investimento produtivo no país foi tão positivo quanto hoje. Numa comparação com outras dez economias que integram a Sondagem da América Latina, a Fundação Getúlio Vargas descobriu que o Brasil vive seu melhor momento tanto em relação à média histórica de uma década quanto em relação pico do otimismo no biênio 2007-2008. “O Brasil tem o segundo melhor Indicador de Investimento do grupo. Só perde para o Peru, país que ainda está 0,6 ponto percentual abaixo do ponto máximo de 20072008”, diz o economista Aloisio Campelo, responsável pelo estudo. Num índice que combina as notas dadas por especialistas locais às expectativas de investimento em capital fixo no presente e seis meses à frente, o Brasil terminou janeiro com nota 6,8 (veja o gráfico). Qualquer resultado acima de cinco está na linha do otimismo.
A média histórica do país é de 5,4 pontos; no período 2007-2008, o melhor resultado foi 6,5. O levantamento da FGV mostra Chile e Uruguai, além do Peru, na zona favorável. Já a Venezuela de Hugo Chávez vive maus momentos. O indicador de janeiro está dois pontos percentuais abaixo do pico de 2007-2008 e praticamente um ponto abaixo da média histórica.
Guerra logística na mineração
Responsável pela subsidiária de mineração da ArcelorMittal no Brasil, José Francisco Viveiros fala da briga para viabilizar os negócios das mineradoras de Serra Azul, em Minas Gerais. Em 2008, a região foi alvo de aquisições protagonizadas por Usiminas, MMX, Ferrous e a própria ArcelorMittal, que pagou US$ 810 milhões por sua mina. Esbarram até hoje na dificuldade de escoamento do minério de ferro. Reunidas na Associação dos Mineradores de Serra Azul (Amisa), presidida por Viveiros, as empresas brigam junto à ANTT por direito de passagem em ferrovias como a MRS. Já a logística portuária depende da licitação de um terminal em Itaguaí (RJ), aguardada desde 2006. Até lá, a Amisa permanecerá dependente dos portos de Vale e CSN, que Viveiros classifica como oligopólio. A ArcelorMittal desistiu de vez do acordo com a canadense Adriana Resources, para construção de porto próprio no Rio, após o veto da Secretaria estadual de Desenvolvimento.
PORTO PÚBLICO: “O terminal público para granéis sólidos no porto de Itaguaí foi aprovado há muito tempo pelo conselho da autoridade portuária. Temos a promessa do presidente da Cia Docas do Rio, Jorge Mello, que a licitação para construção e operação ocorrerá no 1° semestre de 2010. A formação de um consórcio com operadores logísticos para disputar a concessão desse porto é uma possibilidade. Estamos conversando”.
PLANO B: “É continuar usando os terminais de Vale e CSN. É o ‘mercado’ que existe. Fica evidente que se trata de um oligopólio”.
PORTO PRÓPRIO: “A ArcelorMittal não renovou o contrato de opção para o porto da Brazore (da Adriana Resources), em novembro passado”.
FERROVIAS: “A privatização não dinamizou o transporte ferroviário. No caso do minério do SE, as concessões (FCA, EFVM e MRS) ficaram nas mãos de grupos interesse nas cargas transportadas. E passaram a usar as ferrovias como extensão de seus negócios, inclusive para prejudicar concorrentes.
A ANTT tem buscado soluções. O direito de passagem, em estudo pela agência é prioridade para nós. A distorção das tarifas é tão grande que nosso investimento em composições ferroviárias próprias (de US$ 50 milhões) retornaria em um ano”.
Custou caro
A crise com a noiva Joana doeu também no bolso de Adriano. Uma empresa de combustíveis contratara o craque como garotopropaganda de uma campanha de varejo. A sessão de fotos seria sexta passada, mas Adriano não apareceu. A empresa desistiu da ação, quando soube da confusão na Chatuba. Adriano deixou de ganhar R$ 400 mil.
Fla pirat
O Flamengo está sendo pressionado a agir contra a Fla Boutique. É que a rede de oito lojas, que se intitula loja oficial, não paga royalties ao rubro-negro. Já o contrato da Olympikus, prevê repasse anual mínimo de 10% sobre vendas líquidas. Calcula-se que a perda do clube seja de R$ 2,5 milhões por ano
Contra-ataque
Nos bastidores, comenta-se que Patricia Amorim, atual presidente, desistiu de ir à Justiça, como planejava a antiga administração. O Flamengo nega ter aberto mão dos royalties. Diz que negocia com a Fla Boutique e promete solução em dez dias.
Melhorou
A indústria mineira deu salto em janeiro. Faturou 19,98% sobre o 1omês de 2009, revelam os Indicadores Industriais, que a Fiemg divulga hoje. Sobre dezembro de 2009, houve alta de 2,13%.
A confiança do empresariado também cresceu. Robson de Andrade, presidente da Fiemg, festeja: “A indústria terá um grande ano em 2010”.
Ajuda ao Chile
A Endesa Brasil, controladora de Ampla (RJ) e Coelce (CE), enviou 60 eletricistas brasileiros ao Chile. Eles viajaram no fim de semana num avião da FAB.
São todos funcionários de empreiteiras que prestam serviço às distribuidoras. Vão atuar na reconstrução da rede de energia chilena, que foi destruída pelo terremoto
Sinal verde
Quatro empresas fluminenses e quatro cearenses atenderam ao pedido da holding. Do Rio, Compel, Medral, Soter e Gemon enviaram equipes; do Ceará, Cosampa, Creative, Loprese e Lumen.
A Aneel foi avisada e deu sinal verde à operação.
Tudo igual
A Ampla garante que o envio de eletricistas para o Chile não afetará os serviços no Rio. Os profissionais cedidos não estavam trabalhando para a empresa.
A Coelce diz o mesmo
Aliança no Sul
Subsidiárias da espanhola Endesa em Argentina, Colômbia e Peru também enviaram equipes ao Chile. De cada país, saíram 20 técnicos.
Quem vai
Leonam dos Santos Guimarães, assistente da presidência da Eletronuclear, servirá também à Agência Internacional de Energia Nuclear, até 2012. Vai integrar o Sagne, time de especialistas que assessora o diretor-geral da agência, Yukiya Amano.
A REDE de choperias Na Pressão abre mês que vem sua 1afranquia.
Ficará no Shopping Independência, em Juiz de Fora (MG). Com 450 m2, a filial custou R$ 700 mil. A rede tem seis lojas próprias, todas no Rio.
Compensação
O Inea nega que as compensações ambientais da siderúrgica ThyssenKrupp CSA incluam obras em sua sede. O deputado Marcelo Freixo (PSOL) cobrou explicações do órgão, com base em informações apresentadas ao Parlamento alemão. O Inea responderá que todos os recursos da CSA vão para parques e unidades de conservação estaduais.
Calorão
O calor escaldante da primavera-verão fez a Spirit bater recorde na venda de ventiladores de teto. De outubro de 2009 a fevereiro deste ano, a demanda saltou 300%. Somente da linha 202, a mais procurada, foram comercializadas 400 mil unidades. O otimismo persiste este mês. A previsão é vender o dobro de março de 2009.
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