A prisão, pela Polícia Federal, de 10 pessoas suspeitas de planejar atos terroristas no Brasil durante a Olimpíada acende o alerta máximo das autoridades responsáveis pela segurança das delegações esportivas e dos turistas de todo o mundo que virão ao país para a maior festa do esporte, no Rio de Janeiro. Pouco importa se os detidos não tinham os níveis de organização e sofisticação demonstrados por terroristas internacionais. O que importa é que qualquer movimento suspeito de preparação para ataques durante os Jogos tem de ser extirpado pela raiz.
Certo fez o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, ao declarar que "não vamos esperar um milímetro de ato preparatório para agir, por mais insignificante. Vai ter operação rápida e dura". Esta tem de ser a postura de todos os órgãos envolvidos no esquema de segurança montado pelo governo federal para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Não se pode baixar a guarda quando vidas humanas devem ser protegidas a todo custo. E a colaboração dos setores envolvidos na proteção dos atletas e público em geral é fundamental para que a Olimpíada seja coroada de êxito.
O que está em jogo é a imagem e a reputação do Brasil, já que os olhos do mundo estarão voltados para a competição internacional. O governo acerta quando utiliza, pela primeira vez, a Lei Antiterrorismo, recentemente aprovada, para desmantelar no nascedouro um hipotético atentado. O ministro da Justiça chegou a dizer que o grupo preso tinha um nível muito baixo de organização, que era "amador"". Mas isso não impediu que alguns dos presos tenham feito contato virtual com os terroristas do Estado Islâmico (EI), o chamado batismo, e que o chefe do grupo tenha tentado comprar um fuzil AK-47 em um site clandestino no Paraguai.
A Polícia Federal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Forças Armadas e demais órgãos de segurança, responsáveis pela proteção dos participantes dos Jogos, não podem se furtar em solicitar todo o apoio às agências de informações internacionais, com larga experiência no combate ao terrorismo, para garantir a paz durante a Olimpíada. O bom senso deve prevalecer e a cooperação de outros países será sempre bem-vinda.
O governo não deve medir esforços para aprimorar os protocolos de segurança, principalmente depois dos recentes atentados em Orlando, nos Estados Unidos, e em Nice, na França, com o saldo de mais de uma centena de mortos. A vigilância tem de ser constante. O país não pode ser palco de um espetáculo repugnante e dantesco como os que o terrorismo internacional vem promovendo mundo afora.
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