“Se ele for honesto, se disporia a depor na CPI”
Deputado Rubens Bueno (PPS-PR) sobre depoimento de Lula na CPI da Petrobras
PSDB acusa Dirceu e Palocci de chefiar o Petrolão
Figurões ligados ao ex-presidente Lula, o mensaleiro José Dirceu e o ex-ministro Antônio Palocci serão acusados pela oposição de chefiar a quadrilha do Petrolão. O promotor e deputado Carlos Sampaio (SP), líder do PSDB na Câmara, montou “Organograma do Petrolão”, no qual Dirceu e Palocci aparecem no núcleo estratégico do esquema do roubo bilionário à Petrobras. O tesoureiro do PT, João Vaccari, é apontado como o chefe do núcleo operacional do esquema que roubou a estatal.
My way
Membro da CPMI do Petrolão em 2014, Sampaio já suspeitava de Dirceu, que deve ser convocado com Palocci para depor na nova CPI.
Os cabeças
Condenado no mensalão, Dirceu é acusado de receber dinheiro sujo do Petrolão. Já Palocci ligaria executivos da Toyo Setal com o PT.
Núcleo público
O “núcleo público” do Petrolão vai depor na CPI: os ex-presidentes da Petrobras Sergio Gabrielli e Graça Foster e o atual, Aldemir Bendine.
Paredão
Também vão depor o ex-presidente da Transpetro Sergio Machado e os ex-diretores Renato Duque, Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró.
Insulto de Dilma à Indonésia foi factóide
O gesto de hostilidade de Dilma contra o embaixador Toto Riyanto, ontem, recebido como insulto pelo governo da Indonésia, foi elaborado na última hora, pelos marqueteiros do Planalto, para servir de “cortina de fumaça” e desviar as atenções da mídia dos sucessivos escândalos do governo. Na véspera, quinta (19), Dilma definiu para sexta a entrega solene de credenciais de cinco embaixadores, incluindo o indonésio.
Humilhação
O embaixador indonésio foi submetido à humilhação de somente ser avisado que fora excluído da cerimônia quando já estava no Planalto.
Cortina de fumaça
O governo esperava que a desfeita à Indonésia esvaziasse a denúncia de que empreiteiros enrolados na Lava Jato pediram proteção a Lula.
Agora complicou
O insulto à Indonésia complica ainda mais a situação do outro traficante brasileiro, Rodrigo Gularte, que está no corredor da morte.
Nova estratégia
A declaração de Dilma culpando os governos tucanos por não terem investigado a Petrobras, quando a roubalheira foi iniciada no governo Lula, quando ela presidia o conselho de administração da estatal, é outra obra dos seus marqueteiros. Confundir é a nova estratégia do PT.
Data certa
Dilma tentou situar o assalto à Petrobras dez anos antes do seu início. Paulo Roberto Costa chegou em 2004, no governo Lula, ao influente cargo de Diretor de Abastecimento, e montou o esquema do Petrolão.
Só pensa nisso
Os governistas não se aguentam de ansiedade com a distribuição de cargos no segundo escalão. Os partidos entregaram ao Planalto a lista de boquinhas preferidas, e esperam que sejam anunciadas até março.
Aliviar, não
Eleito no PDT para compor a CPI da Petrobras, Felix Mendonça (BA) promete não “aliviar” com envolvidos. O deputado trava queda de braço com PT após ter sido pressionado a romper com o prefeito ACM Neto.
Cotado
José Carlos Araújo (PSD-BA) aguarda manifestação do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, para se decidir sobre a presidência do Conselho de Ética da Casa. O PSDB também avalia apoiar Araújo.
No mínimo estranho
O líder do PSB, João Capiberibe (AP), acusa o Tribunal de Contas da União de atropelar o regimento para aprovar, a toque de caixa, instrução que prevê que acordos de leniência passem pelo tribunal: “Eles nem ouviram Ministério Público”, disse o senador.
Melhor calada
Tucanos se enfureceram com Dilma jogando a bomba do Petrolão no colo de FHC. O deputado Carlos Sampaio (SP) lembrou o silêncio de dois meses de Dilma, e disparou: “Melhor se continuasse calada”.
Dois pesos
A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) acusa o governador do Paraná, de recorrer ao “disco arranhado” da crise que leva ao ajuste fiscal. A ex-ministra vai criticar Dilma pela mesma ladainha?
Ponga, Araponga
Como não impede a espionagem eletrônica dos americanos, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) contratou os Correios por R$ 265 mil para levar suas cartas. O próximo passo será adotar sinais de fumaça.
PODER SEM PUDOR
Questão sagrada
Apertada com doenças na família e dívidas de campanha, em 1990 já fazia um ano e meio que a então vereadora petista Irede Cardoso não pagava o "dízimo" do PT. Sem conseguir parcelar o débito, ela propôs entregar uma máquina de escrever como pagamento. A oferta foi recusada pelo tesoureiro do PT paulistano, Sílvio Pereira:
- A questão financeira é sagrada no PT. É um dos nossos poucos dogmas.
O escândalo de corrupção do mensalão e o assalto à Petrobras, nos governos Lula e Dilma, mostraram que o tesoureiro tinha razão.
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