terça-feira, fevereiro 17, 2015

COLUNA DE CLAUDIO HUMBERTO

DILMA ESTÁ INDECISA HÁ 7 MESES SOBRE VAGA NO STF

Apesar da reputação de “gestora” ou “gerentona”, que a propaganda política difunde, Dilma Rousseff já pode ser inscrita no anedotário de presidentes indecisos: até hoje, sete meses depois da aposentadoria de Joaquim Barbosa, não consegue escolher o ocupante da vaga no Supremo Tribunal Federal. A corte funciona com dez ministros desde julho de 2014. Será o quinto ministro indicado por Dilma, em onze.


PRESSÕES
A ideia era escolher quem ajudasse o governo e mensaleiros presos. Mas aí surgiu outro escândalo ainda mais repugnante, o “petrolão”.


PROPOSTA INDECENTE
A oposição acha que a “indecisão” de Dilma tem a ver com a recusa de indicados de assumir compromissos com a impunidade, no “petróleo”.


ELEITORES
Lula, Renan, Sarney, Eduardo Cunha, a cúpula do PT, o ministro José Eduardo Cardozo (Justiça), enfim, todos têm candidatos ao STF.


OS QUATRO PRIMEIROS

A primeira escolha de Dilma, em 2011, início do governo, foi Luiz Fux. Seguiram-se Rosa Weber, Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso.


PRESIDENTE RECEBE APEX INEFICIENTE E COM MEDO

O ex-presidente da TAM David Barioni assume a presidência da Apex Brasil, agência de promoção das exportações e investimentos, em meio a fortes sintomas de ineficiência. A gestão de Maurício Borges, que Barioni substitui, além de não favorecer as exportações – como atesta o déficit comercial de US$ 4 bilhões em 2014 – ainda implantou um ambiente de medo: é acusado de perseguir e demitir não aliados.


TCU INVESTIGA

O Tribunal de Contas da União (TCU) apura supostas irregularidades que totalizariam R$ 40 milhões nos últimos dois anos na Apex.


TERRA ARRASADA

Borges fez dupla com o diretor de Negócios, Ricardo Santana, no enfraquecimento da Apex e na perda de confiança dos exportadores.


GESTOR

Em seu blog, Ricardo Santana confessa que faliu como empresário, mas se deu “muito bem na vida” após conseguir a boquinha na Apex. Clique aqui para ler.


MUY AMIGO

Geddel Vieira Lima, ex-ministro de Lula, ex-vice-presidente da Caixa no governo Dilma e filiado ao PMDB, confirmou que no dia 15 de março vai para rua. Engrossará o coro que pede o impeachment de Dilma.


RISCO BAIXO

O ministro Eduardo Braga (Minas e Energia), que ao menos já aprendeu a trocar lâmpadas, desabafou com senadores acusando “consultores que propagam apagão” de prestar serviço ao PSDB e a banqueiros. Diz que o risco de racionamento hoje é de 1,2%.


NO PÁREO

Eleito suplente da Mesa Diretora, Ricardo Izar (PSD-SP) decidiu brigar para se manter no comando do Conselho de Ética. Estão no páreo Sérgio Brito (BA), José Araújo (BA) e Marcos Rogério (PDT-RO).


CABRAL COM MICHEL

Sérgio Cabral garante que não pretende disputar a presidência do PMDB. Acha que está bem entregue a Michel Temer e a Valdir Raupp, presidente interino. O ex-governador diz que o PMDB do Rio os apoia.


JUNTANDO OS CACOS

Leonardo Picciani (RJ) vai procurar Lúcio Vieira Lima (BA) para uma conversa. Após vencê-lo por um voto na briga para pela Liderança do PMDB na Câmara, Picciani quer juntar os cacos da bancada rachada.


BENGALA EM ALTA

Tem apoio da maioria do PMDB na Câmara a PEC da Bengala, que eleva de 70 a 75 anos a idade para aposentadoria de magistrados. A medida impede que Dilma indique quatro ministros para o Supremo Tribunal Federal, nas vagas que seriam abertas durante seu governo.


LADOS DA MOEDA

Enquanto PMDB tenta minar a criação do Partido Liberal, governadores ajudam, na baixa, o projeto de Gilberto Kassab na empreitada. É que o novo partido aumentaria a base aliada de governos estaduais.


JUNTOS NA CAUSA

O vice Michel Temer e o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), aparecerão juntos nas inserções de TV do PMDB, que vão ao ar a partir desta terça (17). O conceito é “PMDB, o Brasil é a nossa escolha”


DESMORALIZOU GERAL

O esquema de propina na Petrobras, implantado no governo Lula, desmoralizou até os padrões de corrupção da britânica Rolls-Royce.

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