As doações de R$ 253 milhões do Grupo JBS/Friboi na campanha de 2014 não seriam toleradas em qualquer país. Nos Estados Unidos, acabariam na polícia. No Brasil, além de candidaturas majoritárias (presidente, governador e senador), o grupo bancou 163 deputados eleitos. E sem que Joesley Batista, o “rei do gado”, presidente do grupo, explique à Justiça Eleitoral seu interesse em financiar políticos.
PARTIDO DO RODÍZIO
Joesley Batista investiu R$ 57,6 milhões para eleger 31,8% da Câmara dos Deputados. Bancada maior que o PT (70) e o PMDB (66) somados.
MÁXIMO DOS MÁXIMOS
O milionário Sheldon Adelson provocou escândalo nos EUA ao doar US$25 milhões à campanha do candidato conservador Newt Gingrich.
TUDO TEM LIMITE
As doações de pessoas físicas, nos EUA, estão limitadas a US$ 2.600. Doações de pessoas jurídicas são limitadas pela ética e o bom senso.
AH, BOM
A explicação do JBS virou motivo de galhofa: seu objetivo com doações eleitorais é “contribuir para o debate e o fortalecimento da democracia”.
ORÇAMENTO DE 2015 TERÁ CORTES DE R$ 100 BILHÕES
Enquanto não é “impositivo”, o orçamento da União continuará à mercê de avaliação do governo federal, mesmo depois de aprovado no Congresso. O orçamento de 2015 deverá sofrer cortes de ao menos R$ 100 bilhões para fechar. E o problema está na origem e não nas alterações parlamentares: os técnicos do governo afirmam que o que consta da peça orçamentária enviada ao Congresso é “irreal”.
TÁ FEIA A COISA
Desde 2013, técnicos da Receita Federal fazem alertas sobre o risco de as contas públicas não fecharem. E não vão fechar mesmo.
NOVO LÍDER
O PSDB deve escolher em dezembro o futuro líder da sua bancada, em substituição ao deputado baiano Antônio Imbassahy.
ENCRUZILHADA
Resta a Marta Suplicy duas opções: reforçar bancada do “volta, Lula”, ou mudar de partido para disputar a prefeitura paulistana, em 2016.
CONSTATAÇÃO
Dilma tomou conhecimento da carta de demissão da ex-ministra Marta Suplicy ao chegar a Doha, ontem. Diante de assessores e diplomatas, suspirou e exclamou, ao pisar em solo do Catar: “O PT quer me f(*)...”
MINISTRO GILLES
Amigo de Dilma e dono de tímpanos complacentes (por isso continua ligado a ela), Gilles Azevedo não sabe a diferença entre energizar e eletrificar, mas deve ser o novo ministro de Minas e Energia. Significa que madame, apaixonada pelo tema, será a ministra outra vez.
BRIGA dE FOICE
Manoel Rangel, agarrado à presidência da Ancine desde 2006, está cotado para o Ministério da Cultura. O ex-ministro Juca Ferreira, atual secretário de Fernando Haddad, trabalha para voltar ao cargo.
GOVERNANÇA
O presidente do TCU, ministro Augusto Nardes, convidou governadores eleitos para discutir gestão pública na próxima segunda-feira (17). O ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, confirmou presença.
AQUI ME TENS DE REGRESSO
O deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) vai mudar uma rotina de 44 anos. Após concluir seu mandato, não quer ser ministro. Vai se dedicar apenas aos negócios da família, no Rio Grande do Norte.
EM DESESPERO
A ex-ministra Ideli Salvatti (PT-SC) faz périplo no Senado em busca de apoio para vaga no Tribunal de Contas da União. Ela está desesperada com as notícias de que o PMDB indicará Vital do Rêgo (PB).
VASSALAGEM
Com o papelão de ontem na CPMI do Petrolão, não admira que Vital do Rêgo (PMDB) tenha obtido votação tão inexpressiva na disputa pelo governo do da Paraíba. Apequenou-se para se credenciar a um cargo no governo Dilma. Ou a uma vaga no Tribunal de Contas da União.
TERRA DA BOA ESPERANÇA
A polícia e a Interpol caçam no Rio o neozelandês Philip Smith, 40, condenado por assassinato e pedofilia em seu país. Teria entrado pelo Chile. Brasil e Nova Zelândia não têm tratado de extradição.
PENSANDO BEM...
...o problema não é estar por enquanto sem ministro, mas constatar a caríssima inutilidade do Ministério da Cultura.
PODER SEM PUDOR
GAZETEIROS HISTÓRICOS
Não é de hoje a falta de disposição dos deputados para o trabalho. Campos Salles, que presidiu o Brasil entre 1898 e 1902, enviou uma carta ao então presidente da Câmara, ex-deputado Xavier da Silveira, em que solicita sua "intervenção" para "obter o comparecimento dos deputados na sessão da Câmara". Campos Salles se queixa em sua carta de 8 de abril de 1901 que "até hoje não temos um Orçamento sequer votado pela Câmara". E adverte: "Nada pode ser mais grave do que isto". Vai mais além: "É preciso não só que (os deputados) compareçam, mas que permaneçam durante a sessão, pois a praga é: entrar por uma porta e sair pela outra".
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