CORREIO BRAZILIENSE - 08/10
A crise que envolve a indústria nacional do etanol vem contaminando os projetos de geração de energia alimentados pelo bagaço de cana, fonte que responde por 9,2% de toda a capacidade instalada no país. A maior parte das usinas de biomassa em construção sobrevive a duras penas e aquelas em situação financeira mais grave já deram início a processos de revogação de contratos com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A geração por biomassa equivale a toda a capacidade produzida por usinas nucleares, movidas a carvão e a óleo diesel, reunindo 1.224 unidades, que entregam 10% ao parque instalado de energia. Há hoje 58 usinas de biomassa outorgadas pela Aneel, com previsão de iniciar operação comercial até 2020, mas, na realidade, apenas 14 estão com cronogramas em curso e 20 prestes a anunciar adiamentos.
Para 24 projetos, o cenário é crítico: oito estão com proposta de revogação de contrato em andamento, 13 estão sem perspectiva de início de obras e três estão parados. "Isso é o reflexo da situação difícil que todo o setor vive - um efeito dominó. As usinas de açúcar e álcool passam por complicações devido ao alto grau de endividamento", observa o presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte.
A origem de todos os problemas está na política de controle de preços da gasolina, que tira a competitividade do etanol nos grandes mercados consumidores do país. "Isso nos levou a estar com 70 empresas em situação financeira periclitante, com paralisação de operações ou em processo de recuperação judicial", ressalta o empresário.
A geração de energia a partir da biomassa é feita atualmente por 486 usinas - capacidade de 12.056 megawatts (MW). A oferta dessas usinas, geração que, a princípio, tinha o propósito de autoconsumo, acabou se convertendo em integrante importante na matriz elétrica nacional, sobretudo em um momento em que o Brasil precisa poupar água em seus reservatórios para garantir o abastecimento das grandes cidades. Especialistas no assunto apostam numa possível retomada dos projetos de geração a biomassa a partir do leilão de energia A-5, em 28 de novembro, quando serão contratadas usinas de todas as fontes para entrada em operação em 2019 - 32 projetos de térmicas a biomassa se cadastraram para o leilão.
Vale observar que a evolução da biomassa na matriz energética depende, essencialmente, da capacidade de inovação técnica das usinas sucroalcooleiras. O setor, que inicialmente só usava a biomassa para o autoconsumo (produção de calor e eletricidade), passou a ser um exportador de energia para a matriz elétrica do país. Estima-se que o negócio de energia com o bagaço pode responder por mais de 10% do faturamento dessas empresas, daí a importância dessa geração. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a bioeletricidade tem potencial superior a 13 mil MW médios, cerca de quase três vezes a energia firme a ser entregue pela hidrelétrica de Belo Monte, no Norte do país.
A geração por biomassa equivale a toda a capacidade produzida por usinas nucleares, movidas a carvão e a óleo diesel, reunindo 1.224 unidades, que entregam 10% ao parque instalado de energia. Há hoje 58 usinas de biomassa outorgadas pela Aneel, com previsão de iniciar operação comercial até 2020, mas, na realidade, apenas 14 estão com cronogramas em curso e 20 prestes a anunciar adiamentos.
Para 24 projetos, o cenário é crítico: oito estão com proposta de revogação de contrato em andamento, 13 estão sem perspectiva de início de obras e três estão parados. "Isso é o reflexo da situação difícil que todo o setor vive - um efeito dominó. As usinas de açúcar e álcool passam por complicações devido ao alto grau de endividamento", observa o presidente da Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen), Newton Duarte.
A origem de todos os problemas está na política de controle de preços da gasolina, que tira a competitividade do etanol nos grandes mercados consumidores do país. "Isso nos levou a estar com 70 empresas em situação financeira periclitante, com paralisação de operações ou em processo de recuperação judicial", ressalta o empresário.
A geração de energia a partir da biomassa é feita atualmente por 486 usinas - capacidade de 12.056 megawatts (MW). A oferta dessas usinas, geração que, a princípio, tinha o propósito de autoconsumo, acabou se convertendo em integrante importante na matriz elétrica nacional, sobretudo em um momento em que o Brasil precisa poupar água em seus reservatórios para garantir o abastecimento das grandes cidades. Especialistas no assunto apostam numa possível retomada dos projetos de geração a biomassa a partir do leilão de energia A-5, em 28 de novembro, quando serão contratadas usinas de todas as fontes para entrada em operação em 2019 - 32 projetos de térmicas a biomassa se cadastraram para o leilão.
Vale observar que a evolução da biomassa na matriz energética depende, essencialmente, da capacidade de inovação técnica das usinas sucroalcooleiras. O setor, que inicialmente só usava a biomassa para o autoconsumo (produção de calor e eletricidade), passou a ser um exportador de energia para a matriz elétrica do país. Estima-se que o negócio de energia com o bagaço pode responder por mais de 10% do faturamento dessas empresas, daí a importância dessa geração. Segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), a bioeletricidade tem potencial superior a 13 mil MW médios, cerca de quase três vezes a energia firme a ser entregue pela hidrelétrica de Belo Monte, no Norte do país.
Nenhum comentário:
Postar um comentário