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CORREIO BRAZILIENSE - 19/09
Qual a cara do Brasil? A pergunta procede. Em constante mobilidade, o país apresenta mudanças cujo acompanhamento constitui importante bússola para as políticas públicas. Aplicar os recursos em setores corretos evita desperdícios e otimiza o retorno dos investimentos. É, pois, bem-vinda a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com dados de 2013, o estudo mostra retrato de corpo inteiro das condições de vida dos mais de 201 milhões de brasileiros. Há que comemorar a queda do analfabetismo, a redução do trabalho infantil e o aumento da formalidade nas relações de trabalho. Mas nem tudo são flores. Item preocupante que chama a atenção é a interrupção de ciclo de redução da desigualdade.
Depois de 12 anos de avanços, aumentou o abismo entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres. O Índice de Gini, que mede a concentração de renda, passou de 0,498 para 0,496 (quanto menor o número, maior é o distanciamento). O retrocesso significa que voltamos ao patamar de 2011. Em português claro: os ricos ficaram mais ricos; os pobres, mais pobres.
Não por acaso a Região Nordeste exibiu os piores resultados (0,523). O Piauí ficou no topo do ranking nacional - 0,566. As variações mais substantivas ficaram com os rendimentos mais elevados. A parcela menos favorecida da população recebeu, em média, R$ 235 por mês pelo trabalho - valor 3,5% superior ao do ano anterior. Os mais favorecidos, por seu lado, ganharam, em média, R$ 6.930 - montante 6,4% maior do que em 2012.
Considerados os rendimentos além da renda do trabalho, como patrimônios e investimentos, a Região Sul ficou no polo oposto à Nordeste (0,463). Santa Catarina sobressaiu, com 0,438. O Distrito Federal ostenta a taça da concentração brasileira (0,570). O índice da capital da República contaminou a Região Centro-Oeste, que registra 0,519.
A pesquisa confirma outras desigualdades históricas. É o caso da renda por gênero. A distribuição foi mais desigual entre os homens (0,503) do que entre as mulheres (0,477). O Piauí, também nesse indicador, manteve a dianteira no aumento da distância entre os que ganham mais e os que ganham menos. O Amapá, ao contrário, diminuiu o hiato.
O aumento da desigualdade acende a luz amarela nas conquistas sociais dos últimos anos. O baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), aliado à inflação que corrói a renda dos mais pobres, responde pelo resultado. A redução foi pequena. É importante que não avance.
Com dados de 2013, o estudo mostra retrato de corpo inteiro das condições de vida dos mais de 201 milhões de brasileiros. Há que comemorar a queda do analfabetismo, a redução do trabalho infantil e o aumento da formalidade nas relações de trabalho. Mas nem tudo são flores. Item preocupante que chama a atenção é a interrupção de ciclo de redução da desigualdade.
Depois de 12 anos de avanços, aumentou o abismo entre os 10% mais ricos e os 10% mais pobres. O Índice de Gini, que mede a concentração de renda, passou de 0,498 para 0,496 (quanto menor o número, maior é o distanciamento). O retrocesso significa que voltamos ao patamar de 2011. Em português claro: os ricos ficaram mais ricos; os pobres, mais pobres.
Não por acaso a Região Nordeste exibiu os piores resultados (0,523). O Piauí ficou no topo do ranking nacional - 0,566. As variações mais substantivas ficaram com os rendimentos mais elevados. A parcela menos favorecida da população recebeu, em média, R$ 235 por mês pelo trabalho - valor 3,5% superior ao do ano anterior. Os mais favorecidos, por seu lado, ganharam, em média, R$ 6.930 - montante 6,4% maior do que em 2012.
Considerados os rendimentos além da renda do trabalho, como patrimônios e investimentos, a Região Sul ficou no polo oposto à Nordeste (0,463). Santa Catarina sobressaiu, com 0,438. O Distrito Federal ostenta a taça da concentração brasileira (0,570). O índice da capital da República contaminou a Região Centro-Oeste, que registra 0,519.
A pesquisa confirma outras desigualdades históricas. É o caso da renda por gênero. A distribuição foi mais desigual entre os homens (0,503) do que entre as mulheres (0,477). O Piauí, também nesse indicador, manteve a dianteira no aumento da distância entre os que ganham mais e os que ganham menos. O Amapá, ao contrário, diminuiu o hiato.
O aumento da desigualdade acende a luz amarela nas conquistas sociais dos últimos anos. O baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), aliado à inflação que corrói a renda dos mais pobres, responde pelo resultado. A redução foi pequena. É importante que não avance.
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