O GLOBO - 27/12
Os tucanos estão empenhados em convencer formadores de opinião e líderes políticos de que a chapa Eduardo Campos/Marina Silva não tem futuro. Mesmo que Campos dobre nas pesquisas quando Marina é a vice, os estrategistas de Aécio Neves afirmam que a chapa não chegará aos 30%. Os aecistas querem evitar a divisão das forças e uma sangria em direção ao candidato socialista.
Quem paga a conta?
Advogados estão se perguntando sobre qual é o objetivo real de transportar para Brasília os condenados no processo do mensalão. As leis brasileiras, em casos de normalidade quanto a prisões, dão direito aos condenados de escolher qual o local de cumprimento de suas penas, os quais têm preferência pela cidade onde eles e seus familiares residem. É o que está ocorrendo agora. Esses advogados citam as consequências de o STF ter levado os condenados até Brasília. A PF pagou diárias e passagens para policiais. A FAB usou aeronave e soldados da tropa. E o poder público federal está gastando com passagens de presos. Todos esses gastos poderiam ter sido evitados.
“A doação compromete a normalidade e a legitimidade do pleito eleitoral, compromete seriamente a independência dos representantes”
Joaquim Barbosa
Presidente do STF, em defesa da proibição de doações pelas pessoas jurídicas para financiar as campanhas eleitorais
Dando de ombros
O Planalto não enxerga peso eleitoral nas críticas à sua intervenção na economia. A assessoria da presidente Dilma diz que o governo intervém na defesa do bem comum, como no caso da redução dos preços da energia e dos combustíveis.
A pão e água
Os socialistas terminaram o ano irados com a ministra Ideli Salvatti. O PSB não criou problemas para votar o Orçamento nem faz oposição sistemática. Mas, na hora de liberar emendas, seus parlamentares só foram atendidos em 50%. O PMDB liberou acima de 80%. “Eles são rancorosos e vingativos”, critica o líder do partido, deputado Beto Albuquerque (RS).
Voo solo
Cortejado, o PSC resiste ao assédio. Seu presidente, Pastor Everaldo, garante que ele será candidato ao Planalto. Diz que, em suas pesquisas, seu nome chega a 4% e que em janeiro vai percorrer o Maranhão, a Bahia e São Paulo.
Em ritmo de eleição
O Planalto vai incrementar seu “Gabinete Digital”. O objetivo é dar visibilidade aos 36 programas prioritários da presidente Dilma e contestar as críticas de má gestão. O governo quer mostrar que as metas estão ao alcance da mão. “Passamos o mandato trabalhando. Tem muita entrega para fazer”, diz a ministra Gleisi Hoffmann (Casa Civil).
Faltam ‘DEPUTADOS’ em São Paulo
A assessoria da Assembleia paulista explica que criar uma CPI não passa pelo presidente da Casa, Samuel Moreira (PSDB). Uma CPI precisa de 32 assinaturas. E não há 32 deputados dispostos a investigar suspeitas de desvios na obra do metrô.
Empurrando com a barriga
A sucessão presidencial está atropelando o calendário eleitoral. Mesmo assim, o governador Renato Casagrande (PSB-ES) só quer tratar da montagem de seu palanque em maio. O seu principal aliado, o PT, transpira impaciência.
NA AGENDA da presidente Dilma para janeiro, está prevista sua participação na inauguração dos estádios para a Copa em Manaus e Natal.
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