CORREIO BRAZILIENSE - 27/12
O ano que antecede a Copa do Mundo no Brasil chega ao fim com o futebol marcado pelo que pode vir a ser o início de uma nova era para esse esporte no país. Para além dos protestos populares de junho, que tiveram no foco das manifestações questionamentos sobre os gastos com a construção das arenas que sediarão os jogos em 2014, a grande novidade é o surgimento do Bom Senso FC. Esse time, com mais de mil jogadores das mais diversas equipes, veste a camisa "por um futebol melhor para quem joga, para quem torce, para quem apita, para quem transmite e para quem patrocina". Parece óbvio, mas está longe de ser consensual.
Inquestionável é o direito, senão o dever, de os principais protagonistas do espetáculo que mais desperta paixões no país entrarem em campo dispostos a interferir nos rumos do esporte. Já passava da hora! Cada vez mais atletas ultrapassam as quatro linhas dos gramados para enfrentar outras regras nos tapetões da política. Mas a bancada da bola no Congresso Nacional ou nas assembleias legislativas sempre foi comandada - e continua a ser - pelos cartolas, os dirigentes dos clubes; diga-se de passagem, nem sempre com as melhores intenções. A nova força surge, pois, para democratizar o debate.
E chega jogando duro, sem radicalizar, embora uma inédita greve no futebol brasileiro não esteja descartada. Aliás, é uma possibilidade real já na abertura dos campeonatos estaduais, em janeiro. Isso se algum time mantiver salários atrasados. Ou seja, a razoabilidade inscrita no nome Bom Senso estaria preservada. Como também é pra lá de razoável o grupo exigir "fair play financeiro" (nome mais apropriado ao caso do que "responsabilidade fiscal") daqueles que assinam seus contratos, de modo a sanear as finanças dos clubes e evitar o atraso de salários. Para quem não se lembra, até loteria o Estado já criou para facilitar a vida de agremiações que nem sequer cumprem suas obrigações com a Receita Federal e a Previdência Social.
Até aqui, o Bom Senso FC tem limitado suas ações a protestos destinados a chamar a atenção do público e a forçar o diálogo com os dirigentes, em especial com a Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. As manifestações, antes do apito inicial de cada partida, são feitas com os jogadores ajoelhando-se, sentando-se em campo, abraçando-se, cruzando os braços e até promovendo trocas de passes que incluem os adversários. A pauta gira em torno de cinco itens: o enxugamento dos campeonatos, para reduzir o número de partidas; a negociação da pré-temporada; férias para os atletas; o tal fair play financeiro e participação nos conselhos técnicos das entidades que regem o futebol. No fundo, nada de ilegítimo.
Inquestionável é o direito, senão o dever, de os principais protagonistas do espetáculo que mais desperta paixões no país entrarem em campo dispostos a interferir nos rumos do esporte. Já passava da hora! Cada vez mais atletas ultrapassam as quatro linhas dos gramados para enfrentar outras regras nos tapetões da política. Mas a bancada da bola no Congresso Nacional ou nas assembleias legislativas sempre foi comandada - e continua a ser - pelos cartolas, os dirigentes dos clubes; diga-se de passagem, nem sempre com as melhores intenções. A nova força surge, pois, para democratizar o debate.
E chega jogando duro, sem radicalizar, embora uma inédita greve no futebol brasileiro não esteja descartada. Aliás, é uma possibilidade real já na abertura dos campeonatos estaduais, em janeiro. Isso se algum time mantiver salários atrasados. Ou seja, a razoabilidade inscrita no nome Bom Senso estaria preservada. Como também é pra lá de razoável o grupo exigir "fair play financeiro" (nome mais apropriado ao caso do que "responsabilidade fiscal") daqueles que assinam seus contratos, de modo a sanear as finanças dos clubes e evitar o atraso de salários. Para quem não se lembra, até loteria o Estado já criou para facilitar a vida de agremiações que nem sequer cumprem suas obrigações com a Receita Federal e a Previdência Social.
Até aqui, o Bom Senso FC tem limitado suas ações a protestos destinados a chamar a atenção do público e a forçar o diálogo com os dirigentes, em especial com a Confederação Brasileira de Futebol, a CBF. As manifestações, antes do apito inicial de cada partida, são feitas com os jogadores ajoelhando-se, sentando-se em campo, abraçando-se, cruzando os braços e até promovendo trocas de passes que incluem os adversários. A pauta gira em torno de cinco itens: o enxugamento dos campeonatos, para reduzir o número de partidas; a negociação da pré-temporada; férias para os atletas; o tal fair play financeiro e participação nos conselhos técnicos das entidades que regem o futebol. No fundo, nada de ilegítimo.
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