Dilma Rousseff passou por esse problema, com o saudosismo de uma parcela expressiva do PT a pregar a volta de Lula. Agora, com a presidente revigorada nas pesquisas, esse movimento arrefece. Aécio e Eduardo, entretanto, ainda têm muito surfe até vencer essa onda. Embora tenham maioria nos respectivos partidos, o fato de Marina e Serra continuarem “na ativa” leva muitos na política a esperar um pouco mais antes de escolher um caminho definitivo para 2014. E, pelo andar da carruagem, assim será até o carnaval.
Prioridade eleitoral
Depois do pronunciamento sobre o leilão do pré-sal, o programa do PT ontem foi dedicado a segurar a parte da pirâmide social que garantiu a vitória do partido, com atenção especial aos mais pobres, beneficiados diretos do Bolsa Família e do Mais Médicos.
Novo fantasma
Em 2006, Lula assombrou o eleitor dizendo que a oposição privatizaria tudo. Em 2010, foi a vez de dizer que só Dilma seguraria os programas governamentais. Agora, caberá a Lula aterrorizar o eleitor ao dizer que os oposicionistas batem no Bolsa Família. Embora todos os adversários tenham dito que o Bolsa Família veio para ficar, está dado o novo mote para tentar segurar o eleitorado.
Contabilidade
Dos 25 deputados do Democratas, 20 fecharam apoio ao lançamento da candidatura do deputado Ronaldo Caiado à Presidência da República. Só falta combinar com a direção do partido e com quem pode financiar a maratona. É aí que mora o perigo.
Dois irmãos, uma vaga
Não está afastada a hipótese de uma guerra fraticida pelo posto de senador no Paraná. Álvaro Dias será candidato pelo PSDB ao lado do governador Beto Richa, candidato à reeleição. Osmar Dias deve concorrer a um mandato na chapa da ministra Gleisi Hoffmann ao governo estadual.
Rede balança
Integrantes do partido virtual da ex-senadora Marina Silva têm dito que ela, ao seguir para o PSB, fez tudo o que não pregou: decidiu praticamente sozinha, não consultou a Rede Solidariedade. Para alguns, foi ainda mais pragmática que o PMDB. Isso estará presente nos bastidores da reunião de segunda-feira, em São Paulo, quando representantes dos socialistas e dos integrantes da Rede vão formatar o programa.
Sexto sentido/ Olhando para trás, muita gente no Planalto entende hoje algumas insistências da presidente Dilma. Quando o governador Eduardo Campos ainda era aliado do Planalto, Gleisi Hoffmann não queria ir ao Congresso falar sobre a lei de portos. Achava que isso deveria ser tarefa do então ministro da área, Leônidas Cristino. Dilma, então, mandou e soltou essa: “Tem que ir. Vai deixar o Galeguinho solto?”
O sono é sagrado/ Exaustos depois de horas de sessão ontem, os deputados combinaram que alguém iria ao microfone reclamar do presidente Henrique Alves (PMDB-RN). Diante da dúvida, Chiquinho Escórcio (foto) se apresentou. “Uma questão de ordem! Isso aqui já deixou de ser Ordem do Dia. Virou Ordem da meia-noite!” Diante da desordem geral, começa hoje uma campanha para retomada das votações às 16h e não às 20h como tem ocorrido.
A pauta é divina/ A correria de Henrique Eduardo Alves com as votações faz sentido. Na semana que vem, o marco civil da internet passa a trancar a pauta da Câmara. O tema é tão polêmico que nada mais deve sair do papel ao longo da última semana de outubro.
Só rezando!/ Ao sair de um encontro com empresários do setor de laticínios na Câmara, o deputado Domingos Sávio (PSDB-MG) ouviu deles a seguinte frase: “Taí o futuro governador de Minas!” E respondeu: “Deus te ouça”. Um outro empresário completou: “Deus e o Aécio!”. “Essa dupla é imbatível”, comentou a excelência. Em tempo: os mineiros andam mais ansiosos por conta da indefinição do candidato a governador.
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