ANA ESTELA HADDAD
A primeira-dama de São Paulo, Ana Estela Haddad, diz que as manifestações pela redução da tarifa do transporte são positivas porque "é a juventude voltando a se mobilizar". E afirma que a prefeitura deve "aperfeiçoar" sua comunicação. A mulher de Fernando Haddad (PT-SP) deu as declarações anteontem, na exposição "Khalil Gibran 130 Anos", no Memorial da América Latina. Ela chegou a cancelar a visita ao local, mas depois mudou de ideia.
Que leitura você faz das manifestações?
Tem um lado muito positivo, que é a juventude voltando a se mobilizar, a participar. A gente sai de um momento em que as coisas estavam meio... paradas, nesse sentido da participação social. Todo mundo na rua é bom. Participando, se mobilizando. É um aprendizado também. A comunicação nem sempre flui do jeito que a gente gostaria.
Mas houve algo negativo?
Não tenho certeza se ficou bem compreendido, se ficou bem claro, o desenrolar dos acontecimentos. O prefeito tem tido um movimento desde o início do ano muito firme, independentemente de isso estar pautado, de buscar mecanismos, alternativas de financiamento para manter a tarifa do transporte público a menor possível. Mas também isso faz parte, para a gente aperfeiçoar os nossos mecanismos de comunicação.
Houve algum momento em que você temeu pela sua segurança e a do prefeito?
Não. A gente ficou preocupado com a cidade, de maneira geral. Vimos situação de depredação. A gente não quer ver isso, né? Aí teve uma ação... Enfim... Foi difícil.
O clima já está mais tranquilo?
Acho que sim. Vamos ver hoje [quinta]. Acho que ainda vai ter uma movimentação. Vamos ver como as coisas se desdobram. Acho que ainda não dá para saber. Tem que assentar um pouco a poeira.
Qual foi a última vez que você andou de ônibus ou metrô?
Eu ando muito de metrô. Ando bastante de metrô.
Mesmo sendo primeira-dama?
Olha, este ano eu andei menos vezes. Acho que umas duas ou três vezes. É um pouquinho mais difícil, por uma série de situações que não são nem a vontade da gente. Mas eu gosto muito de andar pela cidade, de andar a pé, de estar no meio das pessoas.
UNIVERSO PARTICULAR
Lula fez análise diferente da formulada pela presidente Dilma Rousseff em relação aos protestos no país. Ela acreditava que, assim que o prefeito Fernando Haddad (PT-SP) anunciasse a redução das tarifas, tudo iria se acalmar. O ex-presidente tinha dúvidas. Mas defendia a medida para "tirar o problema da frente". E entender o que realmente as ruas estavam querendo dizer.
PENSE BEM
As manifestações em SP causaram estresse na Faculdade de Direito da USP. Janaina Paschoal, professora de direito penal, enviou carta aos colegas pedindo "reflexão", já que uma das líderes do movimento estuda lá. "É hora de recuar", diz. "A manutenção dos protestos, com a mesma frequência e natureza, implica cavar uma cova para a democracia". Ela disse querer "crer que uma aluna desta casa (...) não objetive ser lembrada como a jovem que trouxe de volta a ditadura" ao Brasil.
NONSENSE
A resposta veio na forma de uma carta assinada por outros professores. "As instituições democráticas não estão em perigo!", disseram, lembrando que a "sociedade brasileira muito esporadicamente consegue se manifestar". Classificando a manifestação de Janaina Paschoal de "lamentável", eles dizem que "a insinuação" em relação à aluna, "sugerindo que ela poderá ser a responsável pela volta da ditadura, é um completo nonsense".
NA PONTA DO LÁPIS
Imóveis em Miami estão entre 40% e 60% mais baratos que em São Paulo e no Rio, segundo pesquisa de uma imobiliária americana. Enquanto o metro quadrado de um apartamento ou casa custa, em média, R$ 12 mil em Moema (SP) e R$ 20 mil em Ipanema (RJ), na cidade americana o valor fica entre R$ 6.000 e R$ 10 mil.
NA PONTA DO LÁPIS 2
Os dados são da empresa Exit Realty Brickell, que mandou representantes às duas cidades brasileiras para tentar atrair compradores recentemente. Dizem que com R$ 300 mil já dá para adquirir um imóvel lá.
SESSÃO ESTENDIDA
Retrospectiva inédita no Brasil da obra do cineasta Howard Hawks vai ocupar de 2 a 31 de julho o Centro Cultural São Paulo.
A mostra, que foi apresentada em Belo Horizonte, reúne 40 longas do americano, diretor de títulos como "À Beira do Abismo", "Levada da Breca" e "Os Homens Preferem as Loiras".
DANÇA, GATINHO
Jesus Luz, ex-namorado da cantora Madonna, foi convidado para participar do programa "Ballando con le Stelle 2013", espécie de "Dança dos Famosos" do canal italiano RAI, que começa em setembro. O modelo e DJ ainda não aceitou.
MAITÊ A MIL
A atriz Maitê Proença apresentou para convidados a peça "À Beira do Abismo me Cresceram Asas", em que adaptou o texto, atua, ao lado de Clarisse Derzié Luz, e divide a direção com Clarice Niskier. A estilista Fernanda Kujawski, o psicanalista Jorge Forbes, a comissária de bordo Emily Sofia e a designer de joias Francisca Botelho estiveram na plateia do teatro Faap, anteontem.
UNIDOS PELO SOCIAL
O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Lafer e sua mulher, Mary, organizaram jantar beneficente em prol da Unibes (União Brasileiro-Israelita do Bem-Estar Social), presidida por Célia Kochen Parnes. O empresário Daniel Feffer, do grupo Suzano, e Marina Lafer compareceram ao evento no Instituto Cultural Ema Gordon Klabin, no Jardim Europa.
CURTO-CIRCUITO
O documentário "Jards", de Eryk Rocha, está em exibição gratuita nas salas Itaú de Cinema de SP, Curitiba, Porto Alegre, Salvador, Rio e BH e seguirá assim nos próximos 30 dias.
O artista plástico americano John Ross Palmer pinta mural na rua Luigi Pirandello, no Morumbi, a partir das 10h de hoje.
A galeria Mendes Wood, nos Jardins, abre hoje exposição com obras de Gerard Hemsworth e outra curada por Ricardo Sardenberg.
A festa Playlist terá clima junino hoje, às 21h, no Club A WTC, no Itaim Bibi.
O grupo Os Leleke's se apresenta amanhã na Disco, no Itaim Bibi, a partir das 22h. 18 anos.
Palmeiras e Santos lançam novas lojas oficiais no segundo semestre.
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