A economia e a política oferecem muitos exemplos de expedientes oportunistas cujos efeitos não intencionais acabam se revelando trágicos para seus próprios autores. Tornaram-se clássicos de boas intenções anunciadas com péssimos resultados os casos de tabelamento de preços de alimentos. As tentativas de garantir comida barata para as classes mais baixas pelo controle de preços sempre desembocam no desaparecimento de produtos alimentícios das prateleiras dos supermercados, como ocorre hoje na Venezuela dos despreparados socialistas bolivarianos.
Outro exemplo de desastrosos efeitos não intencionais para registro dos futuros manuais de ciência política é a emenda de reeleição presidencial patrocinada pelos tucanos. Preterindo reformas impopulares de modernização para investir seu capital político na emenda de reeleição, os tucanos criaram uma armadilha que se revelou letal para o próprio partido. Reeleita Dilma Rousseff, Lula pode ainda sair do banco de reservas e entrar em campo para mais dois mandatos. A emenda de reeleição teria perpetuado seus arqui-inimigos petistas no poder.
Mais um exemplo é o drama atual da economia europeia. Inconformados com o poderio dos americanos, os franceses atacaram primeiro a paridade do dólar contra o ouro. A força fiduciária da moeda americana à época reduziu o ataque especulativo à irrelevância. Em nova manobra política, apoiados pela formidável massa crítica de uma Alemanha reunificada, renovaram seu desafio ao dólar com o lançamento do euro. Os efeitos não intencionais dessa artimanha têm se revelado excruciantes: da disciplina imposta por uma moeda supranacional ao desnudamento de um conflito entre pais com aposentadorias generosas e filhos desempregados.
Preocupam-me também os riscos de uma escalada inflacionária no Brasil, após o mergulho das classes baixas nos mercados de crédito.
Particularmente pelo rápido aumento do endividamento para a compra de bens duráveis e moradias. A aceleração da alta de preços pode trazer em poucos anos os temíveis efeitos não intencionais da própria expansão excessiva do crédito. Com as prestações em alta e os empregos em risco pela reaceleração inflacionária, o relaxamento do governo com as metas de inflação cria uma enorme ameaça para o futuro.
Outro exemplo de desastrosos efeitos não intencionais para registro dos futuros manuais de ciência política é a emenda de reeleição presidencial patrocinada pelos tucanos. Preterindo reformas impopulares de modernização para investir seu capital político na emenda de reeleição, os tucanos criaram uma armadilha que se revelou letal para o próprio partido. Reeleita Dilma Rousseff, Lula pode ainda sair do banco de reservas e entrar em campo para mais dois mandatos. A emenda de reeleição teria perpetuado seus arqui-inimigos petistas no poder.
Mais um exemplo é o drama atual da economia europeia. Inconformados com o poderio dos americanos, os franceses atacaram primeiro a paridade do dólar contra o ouro. A força fiduciária da moeda americana à época reduziu o ataque especulativo à irrelevância. Em nova manobra política, apoiados pela formidável massa crítica de uma Alemanha reunificada, renovaram seu desafio ao dólar com o lançamento do euro. Os efeitos não intencionais dessa artimanha têm se revelado excruciantes: da disciplina imposta por uma moeda supranacional ao desnudamento de um conflito entre pais com aposentadorias generosas e filhos desempregados.
Preocupam-me também os riscos de uma escalada inflacionária no Brasil, após o mergulho das classes baixas nos mercados de crédito.
Particularmente pelo rápido aumento do endividamento para a compra de bens duráveis e moradias. A aceleração da alta de preços pode trazer em poucos anos os temíveis efeitos não intencionais da própria expansão excessiva do crédito. Com as prestações em alta e os empregos em risco pela reaceleração inflacionária, o relaxamento do governo com as metas de inflação cria uma enorme ameaça para o futuro.
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