FOLHA DE SP - 15/10
Satélite não precisará ter conteúdo nacional
O primeiro satélite geoestacionário brasileiro não terá exigência de conteúdo nacional. A Visione, uma joint venture controlada pela Embraer (com 51% do capital) e pela Telebras (49%) será a responsável pelo projeto.
"Nesse primeiro, não vai ter [índice de nacionalização]. Não há como impor isso neste momento", diz Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança.
"A gente absorve um pouco de tecnologia, e aí um segundo satélite pode ter maior conteúdo nacional."
Quanto à imposição de transferência de tecnologia, Aguiar também é cético.
"Acreditamos que é difícil alguém transferir tecnologia para outro. Temos de ter capacidade de absorção e, em alguns segmentos escolhidos, aprender vendo fazer."
O satélite geoestacionário (que fica "estacionado" em relação a um ponto da Terra) terá uso dual: comunicações estratégicas de governo e expansão da banda larga, principalmente em regiões carentes.
Aguiar afirma que a empresa já foi criada. "Estamos em fase pré-operacional, ouvindo proponentes para a elaboração de contrato. Há diversos fornecedores interessados da Ásia, dos EUA e da Europa."
A abertura de propostas para fornecedores deverá ser concluída a partir do primeiro trimestre de 2013. Comenta-se que o custo será de cerca de R$ 720 milhões, mas, segundo Aguiar, o valor não está decidido e dependerá do contrato com o Ministério das Comunicações. No projeto estão também os ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Defesa.
A Visione funcionará em um parque tecnológico em São José dos Campos (SP), onde há empresas do setor.
Mais gás...
Um movimento para discutir o custo do gás natural no país será lançado na quarta-feira. Sob o nome de + Gás Brasil, ele reunirá o governo federal e grandes empresas brasileiras.
...no Brasil
Um estudo da UFRJ revela que a participação do gás natural na matriz energética do Brasil no setor industrial é de 11%, enquanto nos países da OCDE é de 31%. A Abrace (associação de grandes consumidores industriais de energia e de consumidores livres) está a frente do projeto.
Cosmético...
A beauty'in, marca de alimentos cosméticos criada pela empresária Cristiana Arcangeli, vai chegar à Europa neste mês, com a comercialização de sua linha de produtos na loja de departamentos Selfridges, na Inglaterra.
...digestivo
A partir de fevereiro, os produtos serão distribuídos em mais de 300 pontos da rede de farmácias Boots, segundo a empresa. A linha tem bebidas vitaminadas, balas de colágeno e barras de cereais antioxidantes.
Financiamento Franqueado
Dia%, Moldura Minuto e Carmen Steffens são as novas franquias parceiras do HSBC, que chega a 75 redes e 11 mil franqueados.
"Fechamos negócio com o franqueador e oferecemos financiamento extensivo aos franqueados", diz Wilmer Carreiro, superintendente-executivo da área. "Em até cinco dias, o dinheiro está na conta do cliente." A linha varia de 1,45% a 1,75% ao mês, com prazo de 42 meses.
"A maior parte das franquias é bem-sucedida e, por isso, o banco vai criar outros produtos."
A carteira de ativos do setor cresceu 75% nos primeiros seis meses deste ano, ante o mesmo período de 2011. Os segmentos que mais se expandem são alimentação e vestuário.
"O setor continua aquecido. Em São Paulo, está difícil encontrar um ponto adequado. Por isso, estão indo mais para o Nordeste."
Casa, escritório e apartamento
O segmento imobiliário de varejo retomou o crescimento nos últimos dois anos, de acordo com um estudo da Jones Lang LaSalle.
Depois de registrar US$ 51 bilhões (aproximadamente R$ 100 bilhões) de investimentos globais no ano de 2008, o volume mundial ultrapassou a marca dos US$ 120 bilhões (R$ 240 bilhões) até o final do ano passado.
Para 2012, a previsão é que o mesmo patamar seja mantido e fique na casa dos US$ 125 bilhões (R$ 250 bilhões).
Até o final da década, cerca de um quarto do volume investido deve estar concentrado no chamado mercado emergente. China, Índia, Indonésia, Turquia e Brasil estão no topo dos 20 países identificados como mais promissores pela empresa.
Venda de imóvel novo residencial reage em São Paulo em agosto
Agosto foi um mês de recuperação para o mercado de imóveis novos residenciais na cidade de São Paulo, segundo relatório do Secovi-SP (sindicato do setor).
Com a venda de 1.860 unidades no mês, o crescimento foi de 10,1% ante julho.
O movimento de R$ 978,8 milhões representou aumento real de 14,9%.
O mês foi também o segundo melhor do ano em lançamentos residenciais, com 2.078 unidades, alta de 19,6% em relação a julho.
"É uma reação em um mercado que tem, neste ano, uma oferta 38% menor na cidade. Estamos lançando muito menos, mas as vendas só caíram 6,6%", diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP.
"A cidade continua com demanda. Só não estamos conseguindo ofertar mais devido à economia fraca, às dificuldades em obter terreno e ao excesso de burocracia."
Dentre os produtos ofertados, a categoria de dois dormitórios foi responsável por 58,3% (1.085 unidades) do volume comercializado no mês.
Em segundo aparece o segmento de três quartos, que registrou 442 imóveis vendidos e contribuiu com 23,8% do total, segundo o levantamento.
1.860 foi o número de novos imóveis residenciais vendidos na cidade de São Paulo em agosto
10,1% foi o crescimento na comparação com o volume negociado em julho
R$ 978,8 milhões foi o valor movimentado no mês
14,9% foi o crescimento real em valores em agosto
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