“Houve conluio para a compra de votos ou apoio no Congresso”
Ministra Rosa Weber (STF) condenando José Dirceu, Genoino e Delúbio por corrupção
DIRCEU SE VÊ CONDENADO, MAS COM PRISÃO CURTA
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu está convencido de que não escapará de condenação, no Supremo Tribunal Federal, pelos crimes a ele atribuídos na denúncia do Ministério Público Federal, que o acusou de “chefiar a quadrilha”. Apesar do pessimismo, o ex-ministro de Lula tem dito a pessoas próximas, amigos e familiares, talvez para consolá-las, que cumprirá pena de prisão, mas acha que será por pouco tempo.
NOVO CABELUDO
Após o início do julgamento, José Dirceu foi aos poucos mergulhando em estado de prostração. Deixou até de cortar os cabelos.
DE COR E SALTEADO
Apesar do abatimento, Dirceu estuda o processo do mensalão como nem mesmo seu advogado, ops, o ministro Ricardo Lewandowski o fez.
INTERRUPTOR
A teoria da conspiração correu na internet: o apagão atrasaria o voto dos demais ministros do STF contra Dirceu e ajudaria o PT na eleição.
ECONOMIA
A piada em Brasília, parcialmente às escuras, foi que faltou luz no Congresso porque o único parlamentar presente apagou a luz ao sair.
SENADOR LINDBERGH é CONDENADO POR IMPROBIDADE
A 10ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Rio deu provimento à apelação do Ministério Público e condenou por unanimidade o atual senador Lindbergh Farias (PT-RJ) por improbidade administrativa quando era prefeito de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Ele alegou “emergência” para manter, sem licitação, os serviços de empresa de manutenção elétrica. Além da suspensão de direitos políticos por cinco anos, o senador terá que pagar R$ 200 mil de multa.
SONHO AMEAÇADO
Lindbergh Farias ainda poderá recorrer, mas se mantida a decisão pelo STF, ele estará impedido de concorrer ao governo do Rio, em 2014.
XÔ
A condenação de Lindbergh Farias se junta à coleção de reveses do PT às vésperas da eleição, como o avião com dinheiro vivo no Pará.
O CHEFE
A crer na lógica do ministro Lewandovski, quanto menor o cargo, mais poder de decisão: o ex-tesoureiro Delúbio mandava mais que Lula.
NOBLESSE OBLIGE
O ritual obrigatório de respeito no Supremo mal disfarçava ontem que o voto do revisor Lewandowski despertou em alguns colegas “os instintos mais primitivos”, como disse Roberto Jefferson sobre José Dirceu.
MILITANTE FALANDO ALTO
Mais enfático que advogado de mensaleiro, o ministro Ricardo Lewandowski citou declarações de petistas, negando a compra de votos de políticos, como “provas” de que o mensalão não existiu.
FALTOU A COLA?
Pela primeira vez, desde o início do julgamento, o relator Joaquim Barbosa não distribuiu previamente cópia aos ministros. Teria sido por isso que Lewandowski ficou meio perdido, na sessão de quarta (3).
TÁ FEIA A COISA
Após a sessão de ontem no Supremo Tribunal Federal, o ministro Ricardo Lewandowski terá mais dificuldades de voltar a dar aulas na Faculdade de Direito da USP, onde um grupo de alunos, dizendo-se envergonhados, exige sua saída.
DINHEIRO INTERNADO
O Banco Central confirmou que o Banco Cruzeiro do Sul adquiriu US$ 182 milhões no mercado de câmbio, para pagar bônus de curto prazo no exterior, mas, liquidado no dia seguinte, não pôde fazer o resgate. O BC garante que o dinheiro está de volta, e no caixa da massa falida.
PM 14%
Na capital do sequestro-relâmpago, a Policia Militar do DF paga (bem) a mais de 15.000 homens, mas sua escala de folgas só permite que 2.126 trabalhem em cada turno. É uma PM com 14% da capacidade.
LIGAÇÕES UMBILICAIS
A foto de Parauapebas (PA), igual à da dinheirama dos aloprados de Aloizio Mercadante, suscita a dúvida: é o PT que persegue montes de dinheiro ou a grana é que não deixa a “cumpanheirada” em paz?
ELE É O OUTRO
O Ministério Público Eleitoral brecou a “genial” ideia do candidato a vereador Léo Rodrigues (PR-RR): um show em Boa Vista com o cantor sertanejo Léo Rodriguez, que cantaria paródia do jingle da campanha.
PENSANDO BEM...
...condenados por corrupção ativa, Delúbio Soares e Marcos Valério já sacaram que vão ficar com o “passivo” do mensalão.
PODER SEM PUDOR
ESTRANHO CONTATO
Era a primeira vez que Leonel Brizola visitava o Congresso após o exílio, quando alguém se aproximou com os braços abertos:
- Que honra encontrá-lo, governador!
- Sinceramente - respondeu Brizola - não sei se o senhor é quem eu estou pensando, por isso não quero dizer um nome que o ofenda...
O homem fingiu não ouvir aquilo e disse que São Paulo estava às ordens de Brizola. Era Paulo Maluf, que foi embora cabisbaixo, por não ter sido reconhecido. Brizola se virou para Pedro Simon e Paulo Brossard:
- Barbaridade, quem é esse cara de pau, tchê?
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