FOLHA DE SP - 29/05
Redes de escolas de idiomas disputam marca na Justiça
A Justiça do Paraná determinou que a rede de escolas de idiomas Wisdom cumpra a decisão de deixar de usar sua marca, seu método e seu material de ensino. Não cabe recurso.
O motivo é uma acusação feita por outra rede do setor, a Wizard, de que houve plágio na reprodução de livros didáticos, manuais de professores, material de publicidade e propaganda.
A decisão ocorre após o STF não acolher os recursos da Wisdom.
O litígio se arrasta há quase 20 anos, quando um ex-franqueado da Wizard no Paraná deixou a empresa para abrir sua própria marca com modelo muito parecido, segundo o advogado Jonny Paulo Silva, que representa a Wizard no processo.
"Enquanto franqueado ele teve acesso a tudo. Depois aproveitou o modelo. A rede deles chegou a ter mais de 200 unidades", diz Silva.
Será também cobrada uma indenização cujo valor ainda não foi definido.
"Desde que começamos, investimos em metodologias e inovações", diz o fundador, Carlos Wizard Martins.
O réu no processo, Alexandre Pradera, não foi encontrado para dar entrevista. Os telefones das unidades Wisdom indicados em sites na internet não atenderam ou não deram mais informações sobre a rede ou seu fundador. O advogado indicado no processo também não atendeu.
NÚMEROS
1.200 é o número de escolas da Wizard no Brasil
235 tem a rede de idiomas Wisdom no país
Fonte: sites das empresas
Brasil é país com mais empresas que querem se desfazer de ativos
O Brasil é o país que concentra o maior número de ativos de que as empresas querem se desfazer, segundo levantamento da EIU (Economist Intelligence Unit) feito a pedido da Ernst & Young.
Em seguida, aparecem Japão, Reino Unido e Alemanha.
Nos últimos seis meses,a parcela de companhias que pretendem vender algum empreendimento ou ação aumentou em todo o mundo e alcançou 31%.
O conservadorismo e a volatilidade do mercado são apontados como responsáveis pelo incremento no interesse por alienações.
As empresas, segundo a pesquisa, estão procurando se concentrar no que consideram ser seu núcleo estratégico.
Companhias de óleo e gás são as que mais aparecem entre as que pretendem vender seus ativos.
Foram entrevistados cerca de 1.500 executivos.
CUSTO PARANÁ
Curitiba foi a capital que apresentou maior aumento nos preços pedidos para aluguel de escritórios de alto padrão entre o primeiro trimestre de 2011 e o mesmo período deste ano.
A cidade paranaense apresentou alta de 39,9% no custo de locação do segmento, segundo estudo da consultoria Cushman & Wakefield.
"Não houve nenhuma entrega com volume significativo nesse período e a demanda continua aquecida. No final de 2011, a taxa de vacância era 0%", diz Mariana Hanania, gerente da empresa.
O aumento de preços em outras cidades, como Brasília e Vitória, teve motivação distinta. "A entrega de unidades modernizou o mercado."
Em São Paulo, o crescimento dos preços pedidos entre os meses de março de 2011 e 2012 foi de 33,9%, um "recorde de valorização", de acordo com Hanania.
IMOBILIÁRIA NOS EUA
A Lello, de administração imobiliária, passará a atuar em Miami a partir de junho.
A operação será viabilizada por meio de parceria com uma companhia local.
"Cerca de 10% dos imóveis negociados em Miami são comprados por brasileiros. Nem começamos a divulgar o projeto e já estamos recebendo pedidos", diz Roseli Hernandes, diretora da Lello.
Em São Paulo, a empresa abrirá três unidades em 2012.
A Coelho da Fonseca, por sua vez, dobrará o número de unidades na capital paulista, com 16 inaugurações em quatro anos. "Ainda estamos fora de uma parte enorme do mercado, como as zonas norte e leste", diz Fernando Sita, diretor-geral da imobiliária.
Sob medida O governo do Estado de São Paulo assina hoje um termo de cooperação com a Abest (Associação Brasileira de Estilistas). Pelo documento, as grifes associadas à entidade terão acesso às linhas de financiamento da Agência de Fomento Paulista para investir em modernização e expansão.
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