FOLHA DE SP - 30/03/12
Presença feminina em conselhos está estagnada
A presença de mulheres nos conselhos de administração das maiores empresas brasileiras, que já era considerada tímida, não apresentou avanço nos últimos anos.
A conclusão aparece em dados preliminares de um estudo da Escola de Direito de São Paulo da FGV, que será finalizado em 2013, e cujo resultado pode ser usado no debate sobre o desenvolvimento de legislação de incentivo à maior participação feminina.
"Desde 2007 não houve grandes melhorias. Não só o Brasil tem números baixos, como está estagnado. É preciso pensar ações para inserir", diz Ligia Sica, da Direito GV.
O setor financeiro tem menor propensão a incluir mulheres no grupo, onde o percentual médio de conselheiras é de 2,9%, ante 6,5% nos demais setores. Nenhuma empresa financeira tem alta proporção de mulheres.
Nos conselhos de administração das cem empresas de maior valor de mercado da BM&FBovespa, a presença feminina é de 6%, enquanto o percentual de homens e mulheres em cursos superiores é equivalente.
A Noruega, um dos países mais desenvolvidos na inclusão, tem 44% de mulheres nos conselhos. "O país instituiu por lei uma quota", diz.
No Brasil, a maior participação feminina tem relação com controle familiar. Em 15,9% das empresas de controle familiar há alta proporção de mulheres, segundo dados do pesquisador Alexandre di Miceli, da FEA-USP.
Pacote para indústria do RS atrai empresas de energia eólica
O pacote de incentivo à indústria gaúcha, lançado nesta semana pelo governo do Rio Grande do Sul, deve atrair duas fabricantes de geradores de energia eólica ao Estado.
O diretor da regional Sul da Abeeólica (associação de energia eólica), Afonso Aguilar, não revela quais são as companhias, mas afirma que as políticas de incentivo, que já vinham sendo discutidas, foram fatores atraentes.
Com as novas medidas, o segmento de energia eólica poderá adiar o pagamento de ICMS e contar com maior volume de financiamento.
O setor calçadista, tradicional no RS, sofre com a queda das exportações à Argentina e com os importados chineses e também será beneficiado.
O diretor-executivo da Abicalçados (Associação Brasileiras das Indústrias de Calçados), Heitor Klein, no entanto, diz que os empresários gaúchos consideraram as propostas insuficientes.
"No Nordeste, [os incentivos fiscais] são superiores. Fica difícil ter competitividade."
A região atraiu fábricas com mão de obra barata.
O pacote tenta alavancar o crescimento industrial do Estado, quase nulo nos últimos três anos (em 2011, a expansão foi de 0,6%).
"A intenção do governo é boa para continuarmos a enfrentar as crises internacional e cambial, além daquela em que o Estado se encontra", diz o presidente da Fiergs, Heitor Müller.
A guerra fiscal é outro fator que prejudica o Estado.
EMPRÉSTIMO AO FORNECEDOR
O Rio de Janeiro é responsável pelo valor mais alto de financiamentos do programa Progredir, voltado para fornecedores da Petrobras.
Até o momento, o Estado viabilizou 129 operações, que totalizaram R$ 494,3 milhões.
Minas Gerais e São Paulo aparecem em seguida, com R$ 478,0 milhões e R$ 435,4 milhões, respectivamente.
Fora da região Sudeste, o Estado com maior volume de financiamentos é o Rio Grande do Sul, com cerca de R$ 143,5 milhões.
O programa, lançado em junho de 2011, já concedeu R$ 1,8 bilhão em empréstimos.
POPULAR
Com obras em Diadema e Jundiaí, a GMK Incorporadora investe em Campinas.
O projeto faz parte da Operação Urbana Parque Linear do Capivari, que reúne diversas empresas, entre elas Gafisa e Rossi.
O grupo todo alocou cerca de R$ 12 milhões na infraestrutura comum, como o sistema viário.
A GMK terá lançamentos em aproximadamente 120 mil m2 do terreno. Um dos projetos é um conjunto residencial com cerca de 2.500 unidades e VGV superior a R$ 400 milhões.
No restante, a empresa ainda não decidiu se fará outros empreendimentos residenciais, que podem ter mais 1.500 unidades, ou comerciais, com oferta de serviços, além de escritórios, e VGV de R$ 250 milhões.
A incorporadora participou do Minha Casa Minha Vida, mas, por ora, não pretende repetir a experiência, diz o diretor André Kovari.
"Além da burocracia para aprovação, os valores estão defasados e não vale mais a pena", afirma ele.
Refeição rápida O McDonald's abrirá 14 restaurantes em três meses. Serão cinco unidades no Rio Grande do Sul e duas em Minas Gerais, São Paulo e Bahia. Pará e Paraná também receberão lojas.
Poliglota O Centro Britânico Franquias firmou convênio com a Polícia Militar de São Paulo. A rede de escolas de idiomas desenvolveu um curso específico para policiais atenderem turistas estrangeiros.
Cerâmico A indústria de cerâmica registrou crescimento de 7,5% em 2011, segundo a Anicer (associação do setor). O aumento foi impulsionado por obras de infraestrutura e investimentos em habitação.
União A Câmara Espanhola de Comércio no Brasil assumirá a presidência do Eurocâmaras (conselho das câmaras da Europa no Brasil), órgão que reúne entidades de diversos países, a partir de julho.
LIÇÃO INGLESA PARA PPP
Tim Banfield, diretor do National Audit Office (o "TCU do Reino Unido"), está no Brasil para encontros com organizações do setor público e executivos do setor privado.
Ontem, o executivo revelou que o Reino Unido também discute quando usar as PPPs.
Lá, o debate mais importante é o limite das parcerias, devido à piora da situação fiscal dos governos europeus.
"Uma PPP dura 30 anos. Significa que o governo compromete parte do orçamento por um longo período. Portanto, é importante pensar se uma parceria assim é viável", afirma Banfield.
Por causa disso, o governo local criou a Major Project Authority, órgão que se reporta diretamente ao primeiro-ministro, David Cameron, e que discute quando adotar PPPs.
Ao Brasil sugere: critério ao escolher projetos, detalhamento das cláusulas do contrato, postura de aliança e não de confronto com o parceiro e previsibilidade ao elaborar orçamentos para longos prazos.
Telefone voador Oi e TAM fecharam parceria para reduzir em 50% as tarifas para uso do celular nos voos da companhia. A promoção, que terá duração de quatro meses, começa em 1º de abril.
Imóvel nos EUA A demanda de brasileiros por residências em Miami acima de US$ 1 milhão está em alta. Em 2011, a imobiliária Elite International Realty vendeu 110 imóveis, alta de 45%
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