FOLHA DE SP - 08/01/12
Começa 2012, ano de Olimpíada em Londres. Mas, em 2014, será a nossa vez de sediar um grande evento internacional, a Copa, em 12 cidades brasileiras. E, em 2016, teremos a Olimpíada no Rio.
Tais eventos podem significar a oportunidade de melhoria da infraestrutura urbana e de ingresso de expressivas divisas. Assim, o mais importante legado que as duas competições poderão deixar é o da melhoria de nosso capital humano, elevando a competitividade e consolidando o Brasil como destino turístico e mercado atraente aos investidores.
Se, em paralelo às obras de estádios, aeroportos, rodovias e logradouros públicos, prepararmos as pessoas para receber bem os visitantes durante esses grandes eventos esportivos e encantarmos os torcedores que vierem assistir às competições, teremos criado um mercado de milhões de dólares anuais, numa atividade altamente geradora de emprego e renda.
O Brasil será vitrine do mundo. Precisa capitalizar essa exposição para fortalecer sua imagem como nação pujante e socialmente avançada. Devemos, sim, aproveitar alguns de nossos ícones -como praias, Carnaval e futebol-, mas demonstrando que nosso país é muito mais do que isso, na indústria, no comércio, nos serviços, no agronegócio e no turismo receptivo.
Para tanto, cabe a preparação dos profissionais em todas as áreas (nossos atletas já estão entre os melhores do mundo em muitas modalidades) com o mesmo interesse com que estamos realizando as obras de infraestrutura.
Temos grande responsabilidade na construção de uma imagem convidativa não apenas aos turistas, mas também aos investimentos produtivos.
Essa atitude positiva, que inclui a atenção com os visitantes nas ruas, irá mostrar ao mundo, pelas lentes, microfones e páginas da imprensa de todos os cantos, que somos um povo civilizado, ordeiro, educado e culto. Precisamos investir nessa imagem, fazê-la prevalecer num esforço conjunto de quase 200 milhões de brasileiros. Aliás, tal imagem precisa ser bem diferente daquela do lixo deixado nas praias no último Réveillon
Anualmente, o turismo movimenta R$ 30 bilhões no Brasil, o que é pouco para um país com tão rico potencial paisagístico, gastronômico, cultural e hoteleiro. Segundo estudos, somente a Copa de 2014 deverá atrair mais de R$ 100 bilhões em recursos gastos pelos turistas.
É este mercado que podemos tornar perene. Assim, o capital humano deverá ser nosso mais importante diferencial nas duas grandes competições. Vamos trabalhar desde já para ganharmos os jogos em quadras, piscinas, pistas de atletismo, mas também no campo dos negócios. Afinal, o Brasil é a bola da vez!
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