sexta-feira, dezembro 02, 2011
MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP - 02/12/11
Código de barras bloqueará venda de produtos vencidos
A Apas (Associação Paulista de Supermercados) desenvolve um novo modelo de código de barras que impossibilitará a venda de produtos fora do prazo de validade.
A iniciativa, que deve começar a ser utilizada em 2013, prevê a instalação de um software nas balanças e nos caixas dos supermercados.
"Quando o cliente chegar ao caixa, a tecnologia acusará que o produto está vencido", diz o presidente da entidade, João Galassi.
Hoje o controle é manual, o que acarreta em mais produtos vencidos nas prateleiras dos supermercados.
Em pesquisa feita nos últimos 40 dias, 56,2% dos estabelecimentos registraram reclamações sobre mercadorias fora do prazo de validade.
As principais ocorrências são de alimentos perecíveis (35,6%) e produtos de mercearia (24,7%).
"É uma estatística que precisa melhorar. Alguns supermercados dão mais atenção para itens com prazo menor, como pães e carnes, e deixam outros itens de lado", afirma o diretor-executivo do Procon-SP, Paulo Góes.
O novo tipo de código de barras, que é desenvolvido com a empresa de balanças Toledo, também facilitará o controle de vendas dos supermercados do país.
"O sistema mostrará quantos itens foram vendidos de cada lote. Os estabelecimentos saberão o que está dentro da loja, mesmo que o consumidor tenha pegado o produto e deixado em outra prateleira", diz Galassi.
NÚMERO
56,2%
dos supermercados do Estado de São Paulo registraram reclamações de consumidores sobre mercadorias fora do prazo de validade nos últimos 40 dias
RISCO NA INDÚSTRIA
A insuficiência de capital para as empresas de energia renovável é apontada como o risco mais grave do setor.
Problemas com clima, políticas regulatórias e velocidade com que as tecnologias ficam obsoletas também foram apontados como riscos.
A pesquisa mostra ainda que 70% dos entrevistados conseguem identificar os problemas, mas só 61% conseguem reduzi-los.
Um dos principais obstáculos a uma gestão mais eficiente dos riscos é a falta de dados sobre a indústria, segundo o levantamento.
A maioria das empresas opta por adquirir seguros para transferir os riscos a terceiros. O mercado de capitais também é usado, através de "títulos catástrofes".
Para a realização da pesquisa, 284 pessoas foram ouvidas. O levantamento estudou a produção de energia
renovável na Europa ocidental, nos Estados Unidos e na Austrália.
Produção e vendas do setor químico caem em outubro
A indústria de produtos químicos deu os primeiros sinais de desaquecimento em outubro, segundo relatório da Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química).
Após três meses de altas consecutivas, as vendas recuaram 7,9%. No acumulado do ano, a queda é de 4%.
A instabilidade gerada pela crise internacional é apontada como causa da redução na comercialização de produtos químicos.
Além do recuo nas vendas, a fabricação de químicos também diminuiu (0,16% no mês de outubro).
A maioria das empresas que registraram índices de produção menores atribuiu o fato à elevada concorrência com os importados.
O alto custo de matérias-primas diminuiu a competitividade das empresas, de acordo com o relatório.
Apesar do desaquecimento, os preços se mantiveram em alta. O setor, porém, acredita que pode haver uma queda diante do crescimento dos excedentes mundiais e do modo operacional das fábricas.
A indústria química trabalha em processo contínuo e não consegue reduzir a produção no mesmo ritmo que a demanda diminui.
Lanche O McDonald's abrirá 30 unidades no país até o fim deste ano. Haverá inaugurações em todos os Estados da região Sudeste.
ALTERNATIVA BRASIL
O Brasil é um dos dez países mais atraentes do mundo para investimento em energia renovável, segundo estudo da Ernst & Young.
É a melhor posição que o Brasil ocupa desde 2008, quando a companhia começou a produzir o levantamento que analisa o potencial de energias eólica, solar, geotérmica e de biomassa.
"O Brasil deve subir ainda mais no ranking nos próximos anos, principalmente devido ao avanço do segmento eólico", diz Luiz Claudio Campos, sócio da empresa de auditoria e consultoria.
Em 2012, os investimentos em energia alternativa no Brasil crescerão 20% ante este ano, segundo Campos.
"Se incluíssemos no estudo os grandes projetos hidrelétricos, que causam algum impacto ambiental, como Itaipu e Belo Monte, o Brasil estaria em uma posição ainda melhor."
CADE PRÉ-CHEQUE
A lei que cria o "Super-Cade", sancionada ontem, muda a forma de as empresas irem às compras de concorrentes. Agora, antes de assinar o cheque, a compradora terá de comunicar o negócio ao órgão. "Por lei, as empresas vão ter de esperar para concluir a operação e colocá-la em prática", diz Amadeu Ribeiro, sócio do Mattos Filho Advogados. O contrato entre as partes terá cláusula que sujeitará o negócio à sua aprovação. "Caberá à empresa convencer a autoridade, não o contrário, como antes", afirma. "O Apro [acordo que prevê a reversibilidade do negócio] só existirá em casos excepcionais. Na prática, deixa de existir."
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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