quinta-feira, novembro 03, 2011

SONIA RACY - DIRETO DA FONTE


Fim da novela
SONIA RACY
O ESTADÃO - 03/11/11

Os minoritários da Schincariol fecharam acordo com a Kirin na terça-feira, conforme antecipado, anteontem, no blog da coluna. Isto é, os irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol devem deixar de ser sócios da cervejaria nos próximos dias.

Pelo que se apurou, a empresa japonesa acertou pagar pouco mais de R$ 2 bilhões para chamar a Schin de “só sua”. Vale registrar que, pelo controle, a multinacional desembolsou R$ 3,95 bilhões em agosto. Pagos a Adriano e Alexandre Schincariol.

Família feliz, tudo pronto para nova etapa de vida.

Ponto para Sampa
O ministério de Miriam Belchior liberou R$ 16 milhões para a reforma do tradicional Teatro Brasileiro de Comédia, em São Paulo.

Antonio Grassi, da Funarte, se prepara para a licitação.

Pra brasileiro ver
Ainda que os bancários resolvam, voluntariamente e de boa vontade, compensar os dias parados, não é viável cumprir todas as horas até o dia 15 de dezembro. 

Motivo? 
A reposição está limitada a duas horas por dia, de segunda a sexta-feira. E um bancário que trabalha oito horas e, por exemplo, fez 21 dias de greve, estaria devendo 168 horas.

Pra brasileiro 2
Se a compensação tivesse começado na segunda-feira passada, seria possível a compensação de somente 66 horas – 33 dias úteis multiplicados por duas horas.

Isso significa que nem se quiser, o funcionário conseguirá repor os dias parados.

Ganha o cinema
Em parceria com a K&C, Patrick Siaretta inova: montou um “funcine”, fundo de fomento à indústria cinematográfica.
E começou pra lá de bem: já tem R$ 30 milhões de capitalização, por meio de edital do BNDES, e está completando a captação de quantia equivalente.

O projeto replica o sistema americano de mini estúdios.

Abandono
Com quase 2.000 peças tombadas pelo Iphan se deteriorando, o Museu Arqueológico de Taquara, no RS, está fechado desde 2009. Tem um único funcionário, seu diretor.

A revista da Biblioteca Nacional vai denunciar.

Online
Julia Bacha publicou no site Just Vision quatro novos curtas-metragens. Parte da série Home Front – Portrait of Sheik Jarrat, são um retrato do bairro palestino de Jerusalém oriental, que assiste ao crescimento de assentamentos judeus.

SimCity
Durante a Bienal de Arquitetura de SP, que vai até 4 de dezembro na Oca, os visitantes poderão criar a própria cidade. De Lego.

Na frente
Susanna Lemann, Anita Besson Moraes Abreu, Robert Betenson e Martin Frankenberg pilotam festa de 10 anos de sua Matueté. Terça-feira.

Sergio Mindlin, do Conselho do Instituto Ethos, foi eleito Personalidade do Ano, pela revista A Rede.

A exposição 01143 Anual Arte abre segunda. Na Faap.

Luiz Gonzaga Belluzzo, Ricardo Young e Luiz Felipe D’Ávila falam sobre reforma política e voto distrital em evento do Fórum de Líderes. Dia 11, no Gran Estanplaza Hotel, em SP.

Eduardo Fischer oferece jantar, em sua casa, para homenagear o Fórum Global de Sustentabilidade SWU. Entre os convidados, Neil Young e Laís Bodanzky. Dia 11.

O Ibama- SP resolveu abrir processos administrativos contra servidores acusados de passar informações à imprensa. Detalhe: os dados dos processos são públicos e não correm sob sigilo.

Para deixar de fumar
Drauzio Varella está próximo de sua maior conquista. Vem se empenhando em uma grande campanha de mobilização popular para que fumantes deixem o vício. Uma semana antes de Lula ser diagnosticado com tumor na laringe – do qual o tabagismo é fator de risco –, o médico recebeu a coluna para falar sobre seu novo quadro no Fantástico, Brasil sem Cigarro. A estreia, domingo, acompanhará alguns personagens que querem parar.

Sobre o câncer do ex-presidente, nem uma só palavra: “Não comento casos de pacientes tratados por outros médicos. Acho antiético.”

Por que fazer uma campanha dessas agora?

Já conseguimos muito no Brasil. Baixamos o índice de fumantes, que era de 60% dos adultos acima de 15 anos na década de 60, para 16%. Fuma-se menos aqui do que nos EUA e em muitos países da Europa. E até o fumante que jura que não quer parar, na realidade quer, sim. Ele sabe que precisa deixar o vício. Comigo foi assim durante 19 anos.

E como decidiu parar?
Um dia, pensei: “Não tem mais cabimento fumar”. Nunca mais coloquei um cigarro na boca.

E o álcool?
O problema do cigarro é pior. A droga fumada é compulsiva. Não existem 16% de adultos alcoólatras no Brasil. O problema é grave, tem custo social alto, mas quem bebe com controle não é alcoólatra. Na outra mão, todos os fumantes são, necessariamente, dependentes de nicotina.

E os que dizem “não fumo mais, é só um cigarrinho de vez em quando”?
Isso não existe, porque ninguém se cura da dependência química. Quando para de fumar, vira ex-fumante. Mas a vontade sempre existirá.

Como deixar o vício?
É essencial estabelecer uma data, porque todo ex-fumante se lembra de quando parou. Nós escolhemos o dia 13 de novembro. Também é importante ter um pouco de controle sobre o próprio corpo. Comece cortando o número de cigarros pela metade. Depois, atrase, em duas horas, o primeiro cigarro do dia. Assim, o fumante começa a perceber que pode mandar no cigarro. Se consegue ficar duas horas sem fumar de manhã, por que não tentar um dia inteiro?

Quais os medos do fumante que quer abandonar o cigarro? Toda droga destrói o caráter do sujeito. Ele acha que não vai conseguir. Então, um grande medo é lidar com a ansiedade provocada pela crise de abstinência. Existe o medo de engordar, de perder a concentração. Ele quer parar de fumar e continuar feliz. Isso não existe. O organismo vai pedir o cigarro. A nicotina não vem sozinha, mas com quatro mil compostos diferentes. E a uma temperatura altíssima. Vai parar nos brônquios e alvéolos. E toda aquela fuligem não tem por onde sair.

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