quinta-feira, novembro 24, 2011
Ordem na casa - RENATA LO PRETE
FOLHA DE SP - 24/11/11
Contrariada com sinais de desentrosamento na equipe econômica, Dilma Rousseff censurou ontem o secretário-executivo da Fazenda, Nelson Barbosa, por ter admitido publicamente que em 2011 os investimentos do PAC não contribuíram para o crescimento. No entender da presidente, Barbosa enterrou o esforço de Miriam Belchior (Planejamento) em vender a imagem de sucesso de uma das principais vitrines do governo.
No Planalto, há quem defenda que os balanços do programa sejam feitos a intervalos maiores, para acumular avanços mais expressivos. A primeira parcial do PAC 2 foi apresentada em julho. A segunda, na terça.
Tem... O Planalto esperava que, tão logo concluída a votação da DRU na Câmara, na terça, o texto fosse lido no plenário do Senado, abrindo assim a tramitação na Casa.
...mas acabou Porém, cinco minutos antes do término da votação, Romero Jucá (PMDB-RR) permitiu o fim da sessão no Senado, desperdiçando mais um dia do já apertado cronograma. O Planalto desconfia de que seu líder, defensor de um acordo com a oposição que vincule as votações da DRU e da emenda 29, tenha feito corpo mole.
Ah, é? Peemedebistas rebatem: a sessão, àquela hora, era presidida por Marta Suplicy (PT-SP), que nada fez.
Em todas A pressão de Aloizio Mercadante para que as emendas da Comissão de Ciência e Tecnologia sejam dirigidas à sua pasta fez Walter Pinheiro (PT-BA) brincar: "Está corretíssimo, mas, se deixar, ele preside a sessão!"
É festa! A AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros) escolheu a cidade de Puerto Iguazu, do lado argentino da Tríplice Fronteira, para realizar seu congresso, que começou ontem e vai até domingo. Os juízes estão nesse cenário, dotado de comércio vibrante e de um grande hotel-cassino, às vésperas da greve nacional da categoria, marcada para o dia 30.
Síndico Pressionado a colocar alguma ordem no bagunçado condomínio tucano, Geraldo Alckmin chamou os quatro pré-candidatos do PSDB à prefeitura paulistana para uma conversa domingo no Palácio dos Bandeirantes. É esperado que o governador se comprometa com alguma data para a realização de prévias, desde que em março.
Canal aberto Em meio à estridência de alguns correligionários contra a possibilidade de acordo com Gilberto Kassab (PSD) para 2012, Alckmin pediu a emissários que transmitissem ontem ao prefeito, em viagem a Paris, que o propósito de entendimento na capital está mantido.
Tucanocídio José Aníbal, secretário estadual de Energia e um dos postulantes tucanos, é pai e mãe da nota distribuída anteontem pela direção do PSDB paulista para reafirmar as prévias e a candidatura própria.
Colateral 1 A liminar que afastou Sérgio Avelleda da presidência do Metrô deixou em pânico outros dirigentes de estatais paulistas. A ordem é aumentar a blindagem jurídica a qualquer procedimento licitatório ou ordenação de despesa.
Colateral 2 Na avaliação de tucanos, os desdobramentos do episódio decorrente das suspeitas de irregularidades na licitação da linha 5 evidenciam escassa interlocução do governo Alckmin com o Judiciário. Durante a gestão Serra, os então secretários Aloysio Nunes (Casa Civil) e Luiz Antonio Marrey (Justiça) mantinham intensa agenda institucional com representantes do Ministério Público e do TJ.
com LETÍCIA SANDER e FÁBIO ZAMBELI
tiroteio
"Ao colocar um réu do Carandiru à frente da Rota, o governo tucano assume a política de resistência seguida de morte para justificar assassinatos praticados por PMs."
DO DEPUTADO PETISTA ADRIANO DIOGO, presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia de SP, sobre a nomeação de Salvador Madia, um dos acusados pelo massacre de 1992, para comandar a tropa de elite da polícia.
Contraponto
O Líbano é aqui
Durante viagem recém-realizada ao Líbano como representante de Dilma Rousseff, que por dificuldades de agenda não teve condições de prestigiar a chegada, àquele país, de uma força marítima brasileira de paz, Michel Temer conversava com o presidente Michel Suleiman, que resolveu brincar com o xará:
-O senhor na verdade é tão representante do Líbano quanto eu. Isso porque, como vice-presidente do Brasil, o senhor governa dez milhões de libaneses ou seus descendentes. Eu, aqui, tenho só quatro milhões!
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