Serviço extra renderá US$ 32,5 bi às empresas aéreas
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 27/10/11
O pagamento por excesso de bagagem, a compra de assentos diferenciados e a venda de alimentos a bordo estão entre os itens incluídos no cálculo.
O valor representa alta de 43,8% sobre o ano passado.
"A tendência é que esse número continue crescendo, principalmente com a troca de milhas por passagens e a venda de serviços de entretenimento a bordo", diz Gustavo Murad, da Amadeus.
As companhias aéreas da América Latina são as que receberão menos por serviços complementares pelo segundo ano consecutivo.
O valor arrecadado deverá passar de US$ 600 milhões, em 2010, para US$ 800 milhões, neste ano.
O faturamento das principais empresas aéreas norte-americanas com essas vendas será de US$ 12,5 bilhões, alta de 87% ante 2010.
As companhias de baixo custo, por sua vez, receberão US$ 4,8 bilhões, 33% a mais que no ano passado.
"Cobrar por algo que estava incluso na passagem pode ser interpretado como degradação de serviço, mas a ideia já foi incorporada na Europa e nos EUA para a sobrevivência de algumas empresas e deve ser disseminada também na América Latina", diz Murad.
Folha Top of Mind faz 21 anos com novos prêmios
O HSBC Brasil, na zona sul de São Paulo, foi palco, anteontem à noite, da maior premiação de marcas do Brasil: a Folha Top of Mind.
Pelo 21º ano consecutivo, o resultado foi baseado em pesquisa do Datafolha, que foi às ruas para saber quais são as marcas mais lembradas pelos brasileiros.
Comandada pelos atores Daniel Boaventura e Mariana Ximenes, a cerimônia atraiu cerca de mil convidados.
Coca-Cola e Omo venceram o Top do Top, que premia as marcas mais lembradas. A diretora de marketing da Coca-Cola, Luciana Feres, creditou a vitória ao poder de renovação. "Apesar de ter 125 anos, a empresa ainda traz um olhar fresco para o brasileiro sem perder o seu ideal."
Para Paula Lopes, gerente de marketing da Omo, o prêmio mostra "que entendemos e entregamos o que as brasileiras desejam". O desafio, disse, será manter a liderança.
A Pampers, da P&G, foi campeã em três categorias: fralda descartável, Top Feminino e Perfomance. "A campanha com o avião do Faustão foi um diferencial. Pelo tamanho da campanha e pela visibilidade do apresentador", disse Thiago Icassati, diretor de marketing da P&G.
Neste ano, três novas categorias estrearam na premiação. Na de turismo, a CVC saiu vencedora. "É uma honra ser a primeira ganhadora. Esse é o primeiro prêmio de abrangência nacional que conquistamos", disse Valter Patriani, presidente da empresa.
O diretor de marketing da Bradesco Seguros, Alexandre Nogueira, disse que o próprio prêmio Folha Top of Mind se tornou uma marca forte nesses 21 anos. "A sua conquista é um dos grandes objetivos da empresa no ano." A Bradesco Seguros foi a mais lembrada na categoria seguro.
MANUAL CONTRA DESPERDÍCIO
O IFC (International Finance Corporation), braço financeiro do Banco Mundial, com foco no setor privado, prepara um manual de combate às perdas de água e energia no Brasil. O objetivo é ajudar a melhorar a eficiência com a redução do desperdício, otimizar o consumo de eletricidade e aperfeiçoar a cobrança de tarifas, segundo o IFC.
Para fazer o manual com melhores práticas, a instituição fechou um contrato com a consultoria GO Associados.
"Muitas empresas no país perdem muita água. Há locais em que nem hidrômetros funcionam. Em alguns casos, há 70% de perdas", diz Gesner Oliveira, sócio da consultoria e ex-presidente da Sabesp, a maior companhia de água brasileira.
Em 8 de novembro, a consultoria promoverá o primeiro ciclo de discussões. O projeto fica pronto em janeiro.
O maior manancial de água é o que se perde, segundo Oliveira. "Daria outra bacia hidrográfica, é assustador. Com o projeto, abre-se a possibilidade de empresas conseguirem linhas de financiamento mais baratas."
CAPITAL EMPREENDEDOR
Cerca de 74% dos empreendedores no Brasil dizem acreditar que a cultura do país encoraja o segmento, segundo estudo da Ernst & Young que abordou mais de mil empreendedores nos países do G20.
O levantamento também aponta que o acesso a financiamento permanece como dificuldade para criação, sobrevivência e crescimento.
"Houve um avanço com relação ao passado, mas podemos dizer que o financiamento ainda é complicado", afirma Mauro Terepins, vice-presidente de mercados da Ernst & Young Terco.
A maioria dos empresários dos países de rápido crescimento afirmou que, nos últimos cinco anos, houve forte melhoria no investimento de capital de risco.
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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