Cai venda de imóveis em SP, mas dispara procura por unidades de dois dormitórios
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SP - 14/10/11
A procura por apartamentos de dois dormitórios cresceu muito na cidade de São Paulo em agosto. A participação dos imóveis com este perfil nas vendas totais, que habitualmente fica em torno de 40% a 45%, subiu para quase 70% em agosto, segundo pesquisa do Secovi (sindicato da habitação) que será divulgada hoje. "Isso mostra agilidade do mercado. E ocorre em todas as faixas", diz Celso Petrucci, economista do Secovi-SP. O aumento na demanda, entre outros fatores, está relacionado à alta dos preços. Em alguns bairros, onde antigamente só havia imóveis de quatro quartos, hoje, pelo mesmo preço, são lançados modelos com apenas dois.
"Temos hoje bairros mais caros onde o dois dormitórios cai bem, como Vila Olímpia, Itaim, Vila Mariana." Os preços dos apartamentos de dois quartos variam de R$ 150 mil a R$ 600 mil. "Há desde opções no Minha Casa, Minha Vida, até as de bairros mais caros." Mais da metade do volume vendido corresponde a unidades com área útil média entre 46 m2 e 65 m2. No volume total de imóveis novos residenciais vendidos no mês na cidade de São Paulo, que superou 2.230 unidades, o movimento foi de queda ante as 2.722 de julho. A queda geral em relação às vigorosas vendas de 2010 devem perder força. "No começo do ano, estávamos com 50% a menos do que 2010, mas deve cair para 5% a 10% em dezembro."
WALL STREET
Em meio a crise internacional, 43% dos americanos concordam com a necessidade de haver uma agência (como o Escritório de Proteção Financeira do Consumidor, criado há um ano) para fiscalizar o trabalho das instituições financeiras, segundo a empresa de pesquisa GfK.
A reforma da indústria hipotecária deveria ser a prioridade do órgão regulatório para 47% dos consumidores dos Estados Unidos. Reformas no sistema de cartão de crédito e do cheque especial deveriam vir logo em seguida, com 35% e 12%, respectivamente. O estudo também mostra que 39% dos americanos concordam, de forma moderada, com o aumento das taxas e com a redução do crédito para consumidores, mesmo cientes que essas medidas podem desacelerar a economia. A pesquisa aponta ainda que apenas 36% deles consideram confiáveis as empresas do setor financeiro. Para realizar o estudo, a GfK entrevistou 1.005 americanos.
CARRO ALUGADO
A Arval Brasil, subsidiária do banco BNP Paribas especializada no aluguel de automóveis para empresas, vai investir R$ 270 milhões no país até 2014.
O valor será utilizado para a expansão da frota e o desenvolvimento de novas plataformas de atendimento aos clientes. "Com a crise na Europa, voltamos nossa atenção para outros mercados", diz o presidente da companhia, Arnault Leglaye. A Arval atua em 39 países e espera iniciar suas operações na China em 2012, segundo Leglaye. Nos últimos três anos, a frota da companhia no Brasil aumentou 390%. O número de carros da empresa deve passar dos 10 mil atuais para 20 mil, até o final de 2014. "As pessoas precisam de carro para seus negócios, então somos menos afetados pela crise." A companhia, no Brasil desde 2006, estuda abrir um centro de operações no Nordeste nos próximos anos. As principais concorrentes da Arval são Total Fleet, Locamérica e Unidas.
MERCADO DE ENERGIA
O consumo do mercado livre de energia, que gira em torno de 27%, tem potencial para 41% se consumidores especiais pudessem adquirir energia de qualquer fonte, segundo estudo da comercializadora Ecom Energia. "Uma pequena mudança na legislação traria ao mercado livre muitas empresas", diz o diretor Paulo Toledo. Consumidores com demanda de 3 MW podem estar no mercado livre. "Consumidores especiais", entre 0,5 MW e 3MW, só podem comprar de fontes renováveis como PCHs e eólica, diz Ricardo Lima, da CCEE. Maurício Tolmasquim, presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), porém, diz que não há plano de mudança. "O mercado livre supre uma demanda, mas são os dois terços do mercado, regulados, que assumem compromisso de longo prazo e fazem plantas."
"A expansão da oferta de energia no Brasil tem ocorrido graças ao mercado regulado. Há leilão e, com contratos de longo prazo, empresas podem obter financiamento no BNDES e fazer plantas"
MAURICIO TOLMASQUIM,
presidente da EPE
com JOANA CUNHA, VITOR SION e LUCIANA DYNIEWICZ
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