Mercado global de IPOs se acelera no segundo trimestre deste ano
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA SP 04/06/11
O mercado global de IPOs (oferta inicial de ações, em inglês) avançou nos últimos meses e teve o segundo melhor trimestre desde 2007.
De abril a junho deste ano, foram feitas 124 aberturas de capital no mundo, segundo a americana Renaissance Capital, especialista em IPOs.
Esse resultado só perde para o quarto trimestre de 2010, que teve 173 operações.
Em receita, foram levantados US$ 56 bilhões com IPOs no segundo trimestre, alta de 44% na comparação com igual período de 2010.
O levantamento da Renaissance considera ofertas acima de US$ 100 milhões.
O Brasil ocupa o quarto lugar no ranking de número de IPOs por países, com dez operações. A China é líder com 89. Em receita, o Brasil ocupa a 6ª colocação no ranking.
A melhora do desempenho global foi puxada pelo mercado norte-americano, que lidera o ranking de receita com US$ 24,1 bilhões.
"Foi um bom semestre. Ocorreu, porém, um momento negativo em junho, por conta da crise na Europa e do risco de alta da inflação, principalmente nos emergentes", diz Daniel Darahem, codiretor do JPMorgan no Brasil.
A expectativa é que o apetite dos investidores continue forte nos próximos meses.
"As ofertas reprimidas de junho devem virar IPOs no segundo semestre", diz.
No Brasil, sete companhias estão com pedidos em análise na CVM, entre elas In- brands, holding do segmento de moda, e Copersucar. Nos Estados Unidos, são esperados IPOs do Groupon para este ano e do Facebook para o início de 2012.
TRANSPORTE DOCUMENTADO
A empresa de certificação TÜV Rheinland investirá R$ 135 milhões por ano no Brasil até 2016.
A companhia alemã terá uma nova divisão e atuará no setor de transportes.
"Faremos a inspeção veicular e verificaremos o material para a produção de aviões, trens e trilhos ", diz o presidente da empresa no Brasil, João Razaboni.
Serão investidos R$ 27 milhões por ano nos demais países sul-americanos. A companhia começará a operar no Peru e na Colômbia.
DECOLAGEM
Em três anos, 85% das companhias aéreas pretendem vender passagens por celular, segundo a Sita (Airline IT Trends Survey). Hoje, em todo o mundo, esse índice é de 33%.
Em 2014, os celulares também serão usados para a realização do check-in por 15% dos passageiros, de acordo com o levantamento.
Para a implementação de projetos de TI (tecnologia da informação), metade das empresas aéreas planeja aumentar os investimentos no setor neste ano, enquanto 18% dizem que irão reduzir.
Foram ouvidos executivos de 2.000 companhias de todo o mundo.
SEM CONCORRÊNCIA
A QGDI (Queiroz Galvão Desenvolvimento Imobiliário) investiu cerca de R$ 70 milhões para lançar um condomínio no centro de SP.
O preço dos 400 apartamentos, de dois ou três dormitórios, varia entre R$ 290 mil e R$ 360 mil.
"Pelo que sabemos, há apenas três apartamentos disponíveis para locação na região, então é um mercado com muita carência", afirma o diretor da companhia Carlos Coimbra.
O VGV (Valor Geral de Vendas) do empreendimento é estimado em R$ 130 milhões.
A QGDI é um dos braços da Queiroz Galvão e deve faturar R$ 1,2 bilhão em 2011.
À FRANCESA
A francesa Lead Media, de marketing na internet, aplicará R$ 19 milhões no Brasil até o final de 2012.
O valor representa 70% do montante obtido pela companhia em seu IPO na Bolsa de Paris na semana passada.
Até o ano que vem, a Lead Media planeja comprar empresas brasileiras da área de pagamentos pela internet.
"O Brasil será o nosso principal mercado em 2012. Pretendemos entrar na bolsa de São Paulo em dois anos", diz o presidente da empresa, Stephané Darracq.
DIREÇÃO DE LUXO
A Mercedes-Benz ultrapassou a BMW em vendas no país de carros de luxo (a partir de R$ 90 mil). É o segundo mês que a montadora assume a liderança. Em junho, a Mercedes vendeu 1.016 carros no país. A BMW vendeu 989 e a Audi, 530.
A Fenabrave divulga hoje os resultados do primeiro semestre de 2011.
TULIPA
A Schincariol vai começar a se expandir por meio de quiosques em shopping.
A companhia vai concorrer com a Brahma, que já atua nesse segmento.
A Sonar, braço de franquias do grupo, criou dois modelos: um para Devassa e outro para Nova Schin.
Cinco contratos da marca Devassa já estão fechados para São Paulo e outros cinco em negociação.
O modelo para a Nova Schin, em desenvolvimento, será voltado para as regiões Nordeste e Sul.
"O quiosque permite a entrada de investidores de menor poder aquisitivo. Na cervejaria, o valor é maior", diz Francisco Duarte, diretor-presidente da Sonar.
A empresa também planeja expansão nas cervejarias. Serão 15 novas unidades até dezembro, fechando este ano com 45.
Os quiosques e as cervejarias receberão investimentos de R$ 24 milhões.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION , LUCIANA DYNIEWICZ e CLAUDIA ROLLI
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