É jogo duro
ILIMAR FRANCO
O GLOBO - 15/05/11
O PMDB já escalou o relator do Código Florestal no Senado. Será Luiz Henrique (PMDB-SC). A escolha não favorece os ambientalistas. Quando era governador, Luiz Henrique sancionou lei estadual reduzindo a área de proteção nas margens dos rios de 30 para 5 metros. O PV entrou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no STF, que ainda não foi julgada. Em discussão, a autonomia dos estados para alterar a legislação ambiental.
Tem mais confusão pela frente
Após resolver o impasse do Código Florestal no Congresso, o governo vai enfrentar nova batalha legislativa. Na sequência, o Ministério de Minas e Energia vai enviar o projeto do novo código mineral. Um debate prévio já está sendo feito no governo, no Congresso e entre os governadores. Os estados querem dobrar o valor dos royalties que recebem hoje pela exploração mineral. As empresas alegam que o pedido dos governadores é muito salgado e alguns empresários chegam a ameaçar com demissões. O governo federal está com medo de
pagar a conta, sendo obrigado a reduzir impostos para que os estados recebam mais.
"A Petrobras precisa entender que suas ações afetam a pesca, e, se isso ocorre, tem de haver compensação. Não pode haver a compensação somente quando vaza” — Ideli Salvatti, ministra da Pesca
HERANÇA MALDITA. O senador Jorge Viana (na foto), do PT do Acre, está pagando pelas brigas compradas por seu irmão, o exsenador Tião Viana (PT-AC), que disputou a presidência do Senado com José Sarney (PMDB-AP). Jorge não foi indicado para nenhum posto de destaque. E, agora, o PMDB não aceita nem que ele seja presidente da Comissão Mista sobre Mudanças Climáticas. Quer dar o cargo para o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). “O Jorge está sofrendo bullying”, disse um aliado do petista.
Sinal dos tempos
Depois de anos trabalhando para o PSDB e o DEM, o cientista político Antonio Lavareda está dando consultoria para Netinho de Paula (PCdoB- SP), que se prepara para disputar a prefeitura de São Paulo no ano que vem.
Operação abafa
Alvo de denúncias de fraude na distribuição de direitos autorais, o Ecad está fazendo lobby junto aos deputados para adiar a audiência pública, marcada para a próxima quarta- feira, na Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara.
Mesmos problemas
A presidente Dilma recebe a Contag na quarta-feira, durante o Grito da Terra. Os anos passam e alguns temas não saem da pauta do movimento. Um é a atualização dos índices de produtividade, para fins de reforma agrária, que depende do Executivo. Outro é a PEC do Trabalho Escravo, que determina a expropriação de áreas onde for encontrado trabalho análogo à escravidão. A proposta está parada na Câmara.
Tragédia grega
Como os tucanos Cícero Lucena e Cássio Cunha Lima serão agora colegas de bancada no Senado, o presidente do PSDB, Sérgio
Guerra, tenta fazer as pazes entre eles. Lucena é contra o apoio ao governador Ricardo Coutinho (PSB-PB).
Fora de órbita
Apesar de o Brasil se dizer aberto a novas propostas, o governo está fechado com o avião Rafale francês. Um membro do governo explicou que não dá para formalizar negócio com tantos recursos envolvidos num ano de contenção fiscal.
EM CAMPANHA. A líder do PSB, deputada Ana Arraes(PE), é candidata ao TCU. Ela tem a simpatia do expresidente Lula. A vaga, que cabe à Câmara, vai abrir com a aposentadoria do ministro Ubiratan Aguiar.
AMIGOS do presidente do PDT, o ministro Carlos Lupi (Trabalho), garantem que é impossível, por suas ligações pessoais e políticas com a presidente Dilma Rousseff, que Ciro Gomes entre no partido para concorrer à Presidência da República em 2014.
● O PSB está dividido sobre a saída do deputado Gabriel Chalita (SP) do partido. Uns querem pedir seu mandato ao TSE, outros querem deixar para lá.
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