Farmacêutica ganha liminar contra Anvisa
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 13/03/11
A multinacional farmacêutica AstraZeneca obteve, na última semana, uma antecipação de tutela (liminar) contra a Anvisa.
De acordo com a determinação, da Justiça Federal do Distrito Federal, a agência de vigilância sanitária deve retirar a permissão dada a outras farmacêuticas para produzir remédios genéricos e similares com base na molécula rosuvastatina cálcica (contra colesterol). Cabe recurso.
Na semana anterior, a Germed iniciou distribuição nas farmácias de sua versão genérica, cuja produção acabara de inaugurar, após receber o registro da Anvisa. Deve agora ser suspensa.
No ano passado, a AstraZeneca entrou na Justiça contra outra empresa, a Torrent, que também havia recebido liberação da agência para comercializar o produto.
Uma maneira como a molécula da rosuvastatina é formulada para que seja metabolizada no organismo está patenteada pela AstraZeneca. A empresa argumenta que os concorrentes usaram a mesma formulação.
"Com base na bula, a empresa concluiu que a formulação [dos concorrentes] infringe a patente", diz o advogado Gustavo Morais, representante da AstraZeneca.
"Eles não têm prova suficiente do que alegam", diz Arystóbulo Freitas, da PróGenéricos (que reúne o setor). Os produtos devem passar por perícia.
A Germed afirma que, acompanhada da PróGenéricos, prepara manifestação. "O pedido não encontra respaldo na legislação e causa barreira à entrada de concorrente 35% mais barato."
A Anvisa informa que deve recorrer. Até a noite de sexta-feira, os registros de liberação ainda estavam publicados no site da agência.
O QUE ESTOU LENDO
Joaquim Levy, diretor da Bradesco Asset Management e ex-secretário do Tesouro
Joaquim Vieira Levy, diretor de Gestão e Estratégia da Bradesco Asset Management e ex-secretário do Tesouro, lê cinco livros no momento. "The Yacoubian Building: A Novel", de Alaa al Aswany, é um romance sobre o Egito, presente de um irmão dele, meses atrás.
Levy também se dedica à leitura de "A Derrota do Pensamento", de Alain Finkielkraut. "É fininho, mas merece mais de uma leitura, apesar de antigo, e também leio, do Roger Penrose, "The Road to Reality", sobre física e matemática, que é muito interessante e bem escrito."
Levy está no meio da leitura de "The ETF Handbook". "Ganhei do David Abner, que escreveu esse evangelho para o investidor da nova década."
Em sua viagem a Hong Kong comprou "um livrinho bem "light", "Building Wealth in China: 36 True Stories of Chinese Millionaires and How They Made Their Fortunes", de Zhu Ling". Para Levy, o livro sobre a história de milionários chineses "é menos rigoroso que o "The Party", do Richard Mc Gregor, mas é bem informativo e divertido." Ele acabou de ler ainda "Team of Rivals", sobre [o presidente americano] Lincoln. "É sensacional para quem já esteve em governo."
TANQUE
O etanol subiu 14,4% em São Paulo em fevereiro, segundo levantamento da Ticket Car.
A gasolina permaneceu a melhor opção para abastecer na capital para quem tem carro flex.
Os bairros do centro e da zona sul são os locais mais caros para gasolina.
Para o etanol, a região oeste é a mais cara.
Os melhores preços estão em bairros das zonas norte e leste, segundo a pesquisa.
OBJETO DO DESEJO
Depois de uma carreira na Brastemp (Whirpool) e no Itaú, Maria Fernanda La Regina está à frente do marketing do HSBC.
A nova estratégia que Regina começou a implantar visa a aumentar a percepção da marca no país.
"A mudança mais significativa foi alocar menos verba para patrocínio e eventos, que é uma ferramenta de publicidade cara, e investir de forma mais horizontal para estarmos em todos os meios", diz.
A nova campanha, que tem como missão fixar o logo, terá um toque do Brasil. Pela primeira vez, a música é brasileira ("Pela Luz dos Olhos Teus").
Para dois meses de anúncios, foram reservados R$ 18 milhões.
"Depois dessa, virão outras campanhas, para que, praticamente, não fiquemos fora do ar."
Regina partiu de uma pergunta: como fazer do HSBC uma marca desejada no Brasil? Os resultados consolidados a cada três meses de uma pesquisa nas agências indicam que "o nosso cliente é feliz", diz ela. "O desafio é fazer com os que ainda não são clientes conheçam o HSBC e façam dele o seu banco."
BEM NA FOTO
O Banco do Brasil lança hoje serviço que permite ao cliente escolher qualquer foto ou imagem para ilustrar seu cartão.
O lançamento estará à disposição dos titulares de todas as contas do banco e o custo de emissão é de R$ 20.
"Esperamos maior interesse da parte dos mais jovens", diz o diretor de cartões do BB, Denilson Molina.
A bandeira Hipercard, que hoje pertence ao Itaú Unibanco, também oferece serviço semelhante.
Sem gastos de emissão e anuidade, esse cartão é aceito em cerca de 450 mil lojas.
COM QUE ROUPA
SEM MEIA COMBINAÇÃO
Não importa se é azul-marinho, bege, cinza, marrom ou preto. Para não errar no visual, os executivos devem sempre escolher meias da mesma cor da calça e do terno, dizem representantes de grifes de moda.
Essa é a regra ao menos no Brasil, segundo o diretor da Hugo Boss no país, Rafael Castello.
"Os italianos combinam com a camisa, mas o brasileiro não está acostumado com isso."
Outra dica é escolher as meias azul-marinho. "Só não cai bem com calças preta e claras", diz João Camargo, da Camargo Alfaiataria.
Os executivos mais "modernos" também podem usar os costumes sem meias, afirma a presidente do grupo Armani Brasil, Patricia Gaia.
A alternativa, porém, é difícil de cair no gosto dos executivos do país.
"Somos muito conservadores com roupas. Poderíamos inovar mais na parte corporativa", diz Castello.
Além das dicas para não errar, também há combinações proibidas.
"Meia com cinto não pode de jeito nenhum. E as meias brancas têm que ser deletadas do armário", afirma Camargo.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION
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