CORTEJO FÚNEBRE
MÔNICA BERGAMO
FOLHA DE SÃO PAULO - 01/02/11
Em luto pela morte do senador Eliseu Resende (DEM-MG) no início de janeiro, os moradores de Oliveira, cidade natal do ex-ministro da Fazenda no governo Itamar Franco, estão inconformados com a decisão da família de sepultá-lo em Belo Horizonte. "O corpo dele foi enterrado lá contra a vontade de uma cidade inteira e o desejo dele manifesto em vida", afirma Paulo Resende, irmão de Eliseu e ex-prefeito do município. Foi anunciado que o enterro seria em Oliveira, mas a viúva e os filhos optaram por sepultá-lo no cemitério Parque da Colina, na capital.
EM MEMÓRIA
Os irmãos de Eliseu Resende vão tentar erguer um memorial para transferir os restos mortais para Oliveira. "Tá todo mundo nervoso. Vamos esperar a dor passar e a poeira baixar para desenvolver a ideia", afirma José Alexandre Resende, filho do senador. Segundo ele, o Ministério da Cultura e fundações privadas têm interesse pelo projeto.
MUDA TUDO
Três sofás pretos do arquiteto Sergio Rodrigues viraram um problema para a presidente Dilma Rousseff. Eles não combinam com a mesa de seu gabinete, de tom ocre, que foi usada por Getúlio Vargas e está no mesmo espaço. Além disso, ficam sobre um tapete persa escuro. Dilma acha que o ambiente é "muito pesado".
PAÍS DAS BANANAS
E a presidente apelidou de "Bananeira" o quadro "Colhedores de Banana", de Djanira, que decora o gabinete.
OLHOS ABERTOS
São Paulo "exportou" 131 córneas para outros Estados em dezembro. A demanda para transplantes foi considerada zerada, permitindo que as remanescentes fossem enviadas para o Rio Grande do Norte (56), Bahia (36), Goiás (15) e Acre (dez). A fila de espera em SP, atualmente, é de 232 pessoas. Em 2010, foram feitos 5.774 transplantes em SP, 102 a mais do que no ano anterior.
CLÍMAX
O novo disco de Marina Lima, "Clímax", sairá em abril. DVD homônimo, dirigido pelo arquiteto Isay Weinfeld, trará o making of e um show ao vivo e será lançado na sequência. Já o livro "Entre as Coisas", parte do pacote, ficará para o fim do ano.
JEZIEL, O "JEZ", E AS
CELEBRIDADES
"É uma hipocrisia criticar a presença de famosos. Não estamos numa metalúrgica! Celebridades são combustíveis para a moda", diz Jeziel Moraes, estilista da linha masculina da Colcci. A marca foi a responsável pelo maior frisson da São Paulo Fashion Week, a vinda do casal Ashton Kutcher e Demi Moore.
Natural de São Roque (SP), o estilista conta que combinou com o ator americano dele o chamar de "Jez". "É mais fácil, né?". E que Ashton queria saber o que ele deveria fazer na passarela. "Jantamos ontem [sábado] no Skye e eu disse para ele: "Be yourself! It's enough! [Seja você mesmo; é o que basta]", relata Jeziel, há quatro meses na Colcci. "Lá fora as celebridades respeitam os estilistas, querem conversar sobre a coleção. Como eu não falei muito com o Ashton, ele quis saber se tinha acontecido algo. Expliquei que meu inglês é sofrível e ele me deu um abraço. Essa é a linguagem dele", conta "Jez". Horas depois, o estilista teve seus segundos de fama ao entrar no final do desfile na passarela ao lado do ator.
"Ele não iria desfilar, estava no contrato. Só ia assistir. No fim, entrou na passarela.
Uma cortesia."
Quatro horas antes de o desfile começar, três produtores se reúnem no camarim para resolver um dos problemas da noite. Ashton pede uma TV para acompanhar a entrada dos modelos na passarela. Uma tela de LCD é instalada na parede da antessala do camarim do ator.
Guardando a entrada da sala reservada para Gisele Bündchen, Demi Moore e Ashton Kutcher, uma segurança e uma bombeira. "Ah, em todo lugar tem gente que passa mal", diz a bombeira Thalia. Em pé há três horas, ela saca uma lixa e cuida das unhas para passar o tempo.
Um garçom corre com uma bandejinha com seis coxinhas tamanho GG. "E depois esse pessoal vem dizer que não come nada para não engordar. Isso é uma "coxona'", comenta uma segurança.
Chega a hora do desfile. Por ter sido vaiado minutos antes, no tapete vermelho, por fotógrafos que o aguardavam, Ashton se esconde atrás de um painel de onde vê o desfile. Corre para dar sua voltinha na passarela.
Faz, à la Gisele, um "V" de vitória para as câmeras. "Volta Uóxinton, "stop'", pedem os fotógrafos. Nada feito.
Na porta da boate Kiss & Fly, os convidados aguardam em fila enquanto Gisele Bündchen bloqueia o restaurante Buddha Bar para jantar com a família e os donos da Colcci. Demi Moore, Ashton Kutcher e a filha dela, Tallulah, ocupam outra mesa. "Eles são uma simpatia, mas a Demi é mais fechada. A Bia Antony [mulher de Ronaldo e anfitriã de almoço para o casal na sexta] acaba respondendo por ela", diz o maître. Gisele comeu ceviche de robalo duas vezes e tomou quatro caipirinhas de saquê.
Faltava pouco para a 1h quando o casal foi para a pista, em um camarote perto da cabine do DJ, que tocou a versão eletrônica de "Sweet Dreams" [uma das músicas com que Demi tirava a roupa no filme "Striptease"]. A atriz, de vestido justo e com o sutiã aparecendo no decote das costas, o ator (com faixa na cabeça) e Tallulah jogavam os braços para cima. Uma sirene anunciou a entrada de champanhes Dom Pérignon com as garrafas soltando fogo. Demi e Tallulah só na água mineral Schin.
Gisele Bündchen fez uma aparição de três minutos. Pegou o microfone, gritou "Aproveitem a festa!", fez seu indefectível "V" da vitória e foi embora.
CURTO-CIRCUITO
Juliet Warkentin, editora-chefe do portal WGSN, dará hoje, a paritr das 9h20, palestra sobre tendências de moda para as próximas estações, no shopping Iguatemi.
A exposição "Tomás Lorente", em homenagem ao publicitário morto em 2009, será aberta hoje no MuBE e terá trabalhos de Nizan Guanaes, Marcello Serpa, Washington Olivetto e Roberto Justus.
Com ELIANE TRINDADE (interina), DIÓGENES CAMPANHA, LÍGIA MESQUITA e THAIS BILENKY
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