Salas comerciais crescem em bairros distantes
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 14/02/11
O esgotamento e a valorização dos terrenos nas áreas centrais de São Paulo estão provocando o surgimento de empreendimentos comerciais em municípios vizinhos ou em bairros mais distantes.
Um exemplo está no Sacomã. Até setembro de 2010, foram lançados 180 conjuntos comerciais, segundo levantamento da imobiliária Abyara. Nenhum prédio comercial havia sido erguido na região, pelo menos, desde 2005.
A construtora Cyrela fará 264 escritórios na Mooca, todos vendidos em quatro dias. O último lançamento no bairro, em 2006, foi de apenas 60 unidades.
Um estudo da imobiliária Lopes aponta que houve uma desaceleração na alta de preços do metro quadrado desses empreendimentos em SP, nos últimos anos.
O movimento resulta da construção de um maior número de empreendimentos em regiões onde o custo dos terrenos é menor.
Entre 2009 e 10 de dezembro de 2010, o valor mediano do m2 ficou em R$ 8.780, com alta de 13,9%, abaixo do aumento do período anterior que fora de 14,9%.
O preço mediano significa que metade dos imóveis tem metro quadrado acima desse valor e, metade, abaixo.
Entre as regiões que têm recebido salas comerciais destacam-se Osasco, Vila Guilherme e Vila Maria, segundo a Lopes.
Escritórios em regiões mais distantes dos centros comerciais tradicionais de São Paulo costumam ter metragem menor e atender a profissionais liberais como dentistas, médicos, advogados e contadores, de acordo com as imobiliárias.
B2W foi a empresa com mais queixas em SP em janeiroA B2W passou a Telefônica e foi a empresa que recebeu o maior número de reclamações em São Paulo, durante o mês de janeiro de 2011.
A companhia varejista, que inclui as lojas Submarino e Americanas.com, teve 192 queixas a mais que a Telefônica, que ficou na segunda posição, seguida da NET.
A principal causa de reclamações sobre a B2W foram os atrasos ou a não entrega de produtos, que representaram 484 das 668 queixas.
Até agosto passado, a empresa era responsável por menos de 200 atendimentos mensais no Procon-SP e não figurava entre as dez primeiras no ranking.
Em outubro passado, porém, a companhia já estava na 2ª posição, na qual permaneceu até dezembro.
A B2W relaciona o crescimento das queixas com problemas operacionais e disse que está comprometida em resolver os transtornos.
Apesar de a Telefônica manter a quantidade de reclamações no Procon-SP em torno de 450 ao mês, a companhia afirma considerar que começou bem 2011.
"Estamos muito satisfeitos com a nossa evolução", diz Raphael Duailibi, diretor-executivo de atenção ao cliente da companhia.
A Net disse, por meio de sua assessoria de imprensa, que tem feito investimentos constantes em infraestrutura e atualização tecnológica.
DE MALAS PRONTAS
A alemã Rimowa fabricará no Brasil todas as suas linhas de malas de luxo.
A empresa, que abriu em Indaiatuba a sua primeira fábrica na América Latina, pretende começar a exportar a produção brasileira daqui a três meses.
"É o tempo que precisamos para abastecer o mercado do Brasil, pois iniciaremos produção em alta escala após o Carnaval", afirma o diretor-geral da marca no país, Andre von Ah.
Em janeiro, a fábrica passou por um período de testes com a produção de apenas uma linha da empresa.
Os resultados animaram os executivos alemães, que investirão 6 milhões (cerca de R$ 13,5 milhões) na fábrica até o final do ano, de acordo com von Ah.
A companhia abrirá sua primeira loja no Nordeste no segundo semestre.
"Estamos analisando mercados, mas provavelmente será em Recife."
Já no ano que vem, a intenção da empresa é inaugurar unidade em Curitiba ou Porto Alegre.
O valor médio dos produtos da marca é R$ 2.700 e seu faturamento mundial é cerca de R$ 225 milhões.
MENOS FALÊNCIAS
Foram decretadas 39 falências no Brasil durante o mês de janeiro, uma queda de 34% em relação a dezembro de 2010, de acordo com pesquisa da Equifax.
Na comparação com o mesmo mês do ano passado, a diminuição foi de 26%.
Os pedidos de falência, 103 ao todo, permaneceram praticamente estáveis, com alta de 1% na comparação com ambos os períodos.
Os pedidos de recuperação judicial caíram 28% em relação a dezembro e 32%, se comparados ao volume de janeiro de 2010.
Os requerimentos deferidos diminuíram 5% e 25%, respectivamente.
Segundo a Equifax, a queda desses indicadores é resultado da melhoria do cenário econômico no país.
Verde
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, se reúne em São Paulo, na próxima quarta, com a Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base. Na pauta, licenciamento ambiental e política de resíduos.
Dinheiro...
Para executivos de bancos em São Paulo, o salário não é a maior motivação profissional. Ao avaliar uma proposta de emprego, 60% disseram valorizar mais a chance de crescer na carreira e de atuar internacionalmente.
... para quê?
A remuneração e o pacote de benefícios foram apontados como prioridade por apenas 12,7% dos pesquisados. O levantamento foi feito no final de 2010 pela empresa de recrutamento Hays.
Relatório
A Anefac (associação nacional de executivos) deve lançar, em março, uma avaliação de desempenho dos países do G-8 e do G-20. A análise, com base em indicadores das Nações Unidas, será feita anualmente.
Petróleo
Três grandes companhias do setor de óleo e gás da Índia, Bharat Petroleum, Hindustan Petroleum e Oil India, virão a SP para participar da feira The India Show. O evento, promovido pela Confederação das Indústrias Indianas, ocorrerá em março.
Sustentabilidade...
Mais da metade das empresas brasileiras afirmam que as mudanças climáticas já influem em seus negócios, segundo pesquisa do Instituto Ilos. Apenas 20% dizem não ter criado uma área voltada para o ambiente.
...empresarial
A maior parte das ações sustentáveis estão concentradas no setor das compras e não na produção, o que será discutido no 2º Fórum Global de Sustentabilidade no Suply Chain em São Paulo no mês de abril.
com JOANA CUNHA, ALESSANDRA KIANEK, VITOR SION, ANDRÉA MACIEL, MARIANA SCHREIBER e MARIANA SALLOWICZ
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