Protestos aumentam riscos para múltis
MARIA CRISTINA FRIAS
FOLHA DE SÃO PAULO - 07/02/11
A influência de riscos políticos nas operações de multinacionais pelo mundo seguirá intensa em 2011.
Fatores como greves, guerras, insegurança jurídica, interferências de governos e agitações civis devem permanecer como as principais razões de impacto nos negócios de empresas voltadas para o exterior.
A análise é de estudo da Aon Risk Solutions, consultoria de risco corporativo e corretagem de seguro.
Países como o Egito, que já possuía risco médio, e Tunísia, antes considerada estável, devem apresentar agravamento após os violentos confrontos ocorridos, segundo Keith Martin, diretor de comércio e investimento internacional da Aon Brasil.
"O Iêmen já estava na categoria mais alta de risco", diz. A Argélia é um dos países que foram rebaixados no mapa da consultoria. Além de perigos ligados a greve e terrorismo, há alerta para a possibilidade de o país não poder fazer pagamento na moeda contratual por imposição de controles de moeda local.
A análise dos riscos para investidores e exportadores na América Latina mostra que Brasil, Colômbia, Chile e Peru permanecem com baixos índices de ameaça.
Venezuela, Argentina, Equador e Bolívia, por outro lado, são países de alto risco. Na Venezuela, o mais alarmante do continente, o risco de comoção civil cresceu e se somou a riscos de expropriação, quebra de contrato por parte do governo e câmbio.
No México, a análise piorou devido à crise entre narcotráfico e poder público.
INFRAESTRUTURA NA FEIRA
A Reed Exhibitions Alcantara Machado, promotora e organizadora de eventos como Bienal do Livro e Salão do Automóvel, vai lançar uma nova feira, a SP Infra (Feira de Produtos e Serviços para Obras de Infraestrutura).
O evento, que acontecerá em março no Pavilhão de Exposições do Anhembi, deve receber cerca de 150 mil visitantes e gerar negócios de R$ 60 milhões.
"Resolvemos investir neste evento para aproveitar o momento que o Brasil vive, com tantos projetos e demanda por negócios na área. É uma hora oportuna para reunir companhias locais e internacionais e gerar parcerias", diz Juan Pablo De Vera, presidente da Reed Exhibitions Alcantara Machado.
O público alvo são construtoras, redes hoteleiras, instituições financeiras, concessionárias, entre outros.
A feira será dividida em três setores: construção e engenharia, transportes e logística, e veículos e máquinas. A primeira SP Infra vai ocorrer simultaneamente à feira do setor de construção civil Feicon Batimat (Salão Internacional da Construção).
Hospedagem
O representante da Fifa Paul Whelan vai estar em Curitiba (PR) nesta semana e participará de convenção que debaterá a necessidade de investimentos para o segmento de hotelaria no Brasil.
Cadeira
O economista Samuel Pessôa integra, a partir deste mês, o quadro de sócios da Tendências Consultoria. Pessôa atuou como chefe do Centro de Crescimento Econômico do Instituto Brasileiro de Economia, no Rio de Janeiro.
Venda de espumante nacional cresce 12%
Com investimentos das empresas e mudança de hábitos dos brasileiros, as vendas de espumantes nacionais subiram 12% em 2010.
As vinícolas gaúchas, que representam 90% do mercado, comercializaram 12,5 milhões de litros no ano passado -recorde histórico-, segundo o Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho).
"O avanço é reflexo da melhora da qualidade e dos investimentos das vinícolas, tanto em tecnologia como na condução da videira", afirma Júlio Fante, do Ibravin.
A mudança do hábito do consumidor também impulsionou as vendas. "Antes, só se bebia espumante em festas e ocasiões especiais. Agora, é a qualquer hora, em eventos simples."
Os vinhos finos nacionais, entretanto, não tiveram o mesmo resultado. As vendas cresceram apenas 0,8%, para 18,2 milhões de litros.
O principal entrave foi a entrada maior dos importados. "O dólar baixo impulsiona as importações", diz.
Para este ano, o setor espera que o cenário do mercado interno deva melhorar.
"Com a obrigatoriedade do selo de controle fiscal, a entrada de bebida contrabandeada vai diminuir."
BERÇÁRIOA Fanem, indústria brasileira de equipamentos médicos para recém-nascidos, avança na sua internacionalização. A companhia acaba de inaugurar um escritório em Amã, na Jordânia.
A unidade vai servir de base para as operações no Oriente Médio -região que representa cerca de 35% das exportações da empresa.
"Com o escritório, teremos mais facilidade de distribuir para todos os países árabes", afirma Marlene Schmidt, diretora-executiva da empresa, que exporta para mais de 90 países.
Para a região, a brasileira comercializa principalmente a linha de incubadoras.
A companhia também vai inaugurar em março uma fábrica na Índia. "Vamos conseguir reduzir os nossos custos produzindo no mercado indiano, que possui mão de obra mais barata", diz.
No início, a fábrica produzirá apenas para abastecer a demanda indiana, porém, no futuro, vai exportar para os países vizinhos.
Sustentável...
A Afras (Associação Franquia Sustentável) lança, na próxima sexta-feira, um programa para reduzir o consumo de água e energia elétrica em 75 franquias.
...ou quase
O número é pequeno se comparado às cerca de 80 mil lojas franqueadas no país, segundo a Associação Brasileira de Franquias.
Profissional...
O Centro Paula Souza, órgão do governo de SP para o ensino profissional, criou a agência Inova Paula Souza, para desenvolver projetos e obter patentes.
...para o mercado
O objetivo é levar ao mercado criações de alunos de Etecs e Fatecs. Participa da ação o consultor Oswaldo Massambani.
com JOANA CUNHA , ALESSANDRA KIANEK e VITOR SION
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